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Posts Tagged ‘Estado da Europa’

Isto de Centeno Presidente do Eurogrupo enviar alertas para o Ministro Centeno das Finanças de Portugal e este pôr um seu Secretário de Estado a desvalorizar as recomendações do primeiro só prova que a política nacional e europeia se tornou numa palhaçada sem credibilidade, quem ganha com isto são os populistas e extremistas que ganham terreno dia após dia nas democracias dos ocidente…

Uma nojice inqualificável!

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Apesar do impacte socioeconómico e político negativo que o Brexit pode ter para a União Europeia e Reino Unido, talvez o maior problema que o Continente enfrentou tenha mesmo sido deixar o euroceticismo inglês minar a confiança do projeto europeu. A UE cometeu erros nas suas relações inter-Estados e nem sempre foi solidária, mas quem mais que a Inglaterra dificultou o comprometimento entre os Estados desta união em construção, quando ainda os valores da solidariedade dominavam sobre os meros interesses económicos?

Saber transformar o Brexit numa oportunidade de reforço da solidariedade entre os Países que optam por ficar na União é sem dúvida o maior desafio que presentemente a UE enfrenta.

Veremos assim se ainda é possível à União aproveitar o momento de saída do eurocético-mor, aquele mais dificultou a integração dos Estados, para reformular-se e ser capaz de levar para primeiro plano os valores políticos que estiveram na sua origem ou se vai deixar que os interesses rapaces de curto-prazo dos maiores detentores capital destruam definitivamente o projeto do tratado de Roma.

Um possível calendário dos próximos passos deste divórcio é exposto aqui no jornal Economia Online. Neste momento começou um jogo  crucial para o futuro da Europa, votos para uma vitória dos valores altruístas sobre o egoísmo separatista.

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O FMI considera a situação da banca portuguesa como um dos fatores que pode gerar problemas económicos à escala global, para além da incógnita da solução para implementar o brexit, a situação da banca italiana e a possibilidade de mudanças estratégicas de ajustamento do crédito pela China.

O que me irrita é todos saberem que a banca portuguesa é um perigo e agora até se reconhecer o impacte global do seu colapso, a União Europeia não seja capaz de se moldar a esta realidade e ande sempre a restringir soluções e a pôr-se de fora nesta questão, atribuindo apenas a Portugal a obrigação de solucionar este problema nacional como se não tivesse nada a ver com toda a eurozona e a coesão da União Europeia.

Estou mesmo farto desta União Europeia que não se envolve na solução, mas condiciona a solução e foi com isso que lixou milhares de Portugueses no caso Banif, pelos vistos com a Itália tenta fazer o mesmo, enquanto isto o sonho europeu vai-se desmoronando por falta destes dirigentes perceberem que união sem solidariedade é um mistura explosiva que tudo destrói.

Portugal cometeu erros, mas a UE foi corresponsável nos problemas daí resultantes, Portugal tem de assumir que as correções podem implicar dores, mas Bruxelas não pode ficar a ver de fora como se nada fosse com ela e a bomba não lhe estourasse nas mãos.

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camepões

Foto: Sapo

Este campeonato mostrou que no mundo do Futebol e no País da Liberdade, Igualdade e Fraternidade uns são mais iguais que outros, desde as arbitragens, até ao comportamento da organização, passando pelo próprio país anfitrião, viram-se discriminações que só não são mais faladas agora em Portugal porque contra muitos somos mesmo CAMPEÕES!

Em primeiro lugar destaco a sobranceria e chauvinismo dos Franceses, depois de criticarem a seleção e de a menosprezarem, entraram em campo já convencidos da vitória e agressivos fisicamente, a forma como lesionaram Cristiano Ronaldo sem ser marcada uma falta fala, não apenas da atitude dos azuis, mas também da arbitragem e o aplauso ao culpado no momento da sua substituição fala muito de ser de certos gauleses.

Três penaltis a favor de Portugal ficaram por marcar em várias partidas anteriores, um lapso é normal, três indicia muito da predisposição de um grupo de juízes face à nossa seleção. A nomeação de um árbitro italiano para arbitrar o jogo França-Alemanha logo a seguir aos germânicos eliminarem a esquadra azzurra e de um britânico para a final, mesmo após os lusitanos derrotarem a última equipa britânica, são indícios preocupantes da transparência e isenção da UEFA depois de todos os escândalos de corrupção em que se tem visto envolvida.

Infelizmente o mau perder, o chauvinismo e a sobranceria da França, também subiu ao nível oficial, pois foi evidente com a insistência da cor azul na torre Eiffel após a derrota dos bleus e do desprezo ao verde e vermelho a iluminar aquele monumento na noite de glória dos Portugueses. Isto não foi um ato inocente de um cidadão gaulês de rua com cabeça quente ou menos formação, faz parte da organização do Estado anfitrião e mostra a baixa atitude de um país que pode ser poderoso, mas é pequeno em humildade e de carácter baixo. Mas estou certo que há Franceses que não são assim.

Portugal não fez jogos brilhantes na maioria dos seus 90 minutos, mas foi unido e apoiado pela maioria dos lusitanos, cá e lá, mesmo contra alguns comentadores e técnicos sempre dispostos a desvalorizar quem está por cima. Uma lição de que um Povo e uma Equipa com humildade, coragem e unidos vale muito mais do que certas invejas, potências mundiais chauvinistas e organizações enviesadas… e se o nosso pequeno e humilde País também se unisse plenamente para enfrentar estes potentados e vencer a crise que vimos a atravessar há uns anos, em vez de apenas reclamar contra a injustiça dos poderosos, suponho que também daríamos outra lição à Europa, pois o Futebol é apenas um dos retratos de outras realidades políticas do mundo em que vivemos.

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Não acompanhei em pormenor a Convenção deste fim de semana do BE, exceto parte do discurso final da sua líder Catarina Martins e foi um pouco assustador ver o tom ameaçador e algo alienado desta, isto num momento em que não se sabe como a União Europeia se vai acomodar à situação do Brexit e sabendo que Portugal apresenta uma fragilidade económica que de um momento para o outro o pode fazer cair em nova bancarrota.

Falar nesta altura em tom ameaçador para a UE, no caso de eventuais sanções a Portugal por défice excessivo que nenhuma força política nacional concorda, dizer que é uma declaração de guerra, só demonstra que o BE é mesmo um partido anti União Europeia. Num momento de crise, em vez de saber apaziguar as hostes e diplomaticamente tirar proveito inteligente para o País, apenas soube atear fogo e animosidade, quando é o nosso Estado a parte mais fraca e débil, neste braço de ferro e conjuntura.

O Reino Unido votou Brexit porque está convicto que não precisa do dinheiro da Europa, pois tem uma economia forte. Portugal é um subsidiodependente dos fundos da União Europeia há mais de 3 décadas, super-endividado e não autossuficiente. Precisamos do dinheiro da Europa não apenas para fazer crescer a nossa economia, como até para financiar muito dos serviços do Estado e da produção nacional. Ameacem que saiem e Bruxelas fica com menos um País que mais do que ser um contribuinte líquido é um encargo de uma nação que depois de tantos subsídios nunca se soube desenvolver.

Por isto, foi evidente que após o discurso, nenhum partido português, nem o próprio PCP, nem o Presidente da República ficaram do lado do BE, este ficou isolado na sua ameaça e dando mais um tiro no pé.

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É demasiado evidente que a Comissão Europeia e o BCE não tratam os seus membros todos por igual, tem uma opção, muito pouco cristã, de proteção especial dos mais poderosos e ricos.

Claude Juncker ao não promover sanções por défice excessivo à França, justificando que esta era a França, quando interrogado sobre a situação, apenas teve um lapso ao fugir-lhe a boca para esta realidade. Portugal, pobre, pequeno e  fraco, tem de se vergar a sanções por não cumprir a carga de exigência descomunal que a UE impõe aos Portugueses.

Agora sendo a França um contribuinte líquido da UE, pois dá à Europa mais dinheiro do que o País recebe daquela pelo que a UE precisa da França, enquanto Portugal com sanções ou não é teoricamente um Estado que tem recebido mais dinheiro do que dado, pelo que somos nós quem precisamos da UE, embora também, indiretamente, através dos juros das dívidas, vivemos num Estado que paga muito mais do que aquilo que oficialmente são os contributos do País para esta União…

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Na política a fama muitas vezes é ultrapassada pela realidade, a verdade nua e crua é que enquanto se acusa a Alemanha de egoísmo personificado na gestão de Merkel, é o Reino Unido quem pratica a política mais fortemente nacionalista  e financeiramente egoísta.

O acordo com o governo de Sua Majestade mais não é que a cedência a um País política e economicamente forte como o Reino Unido para que este possa ser menos solidário para com os outros Estados, para que este possa reduzir os direitos dos imigrantes europeus que aquele acolhe deixando estes mais desprotegidos e com maior risco de pobreza, apesar de contribuírem significativamente para a riqueza da Grã-Bretanha e a prestação de serviços básicos aos subditos.

Um suma, o acordo para evitar o brexit mais não é que uma vitória das chantagens dos egoísmos nacionalistas daquele povo ilhéu arrogante perante a solidariedade que esteve no início da construção da União Europeia, por outras palavras, está-se a celebrar a oferta aos europeus de um cavalo de Tróia inglês para uma tréguas de curto prazo e a destruição dos alicerces solidários que começou com a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e ainda o Reino Unido pode levar a referendo a questão da permanência na União Europeia caso considere suficientemente atendidos os seus egoísmos nacionalistas…

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Após o auge no verão com a solidariedade para com o problema dos refugiados na Europa, grande parte deles da Síria, mesmo com a oposição egoísta da Hungria, chegou a vez dos países do norte do continente começarem a dificultar o acolhimento e mesmo a repatriar a massa humana que lhes vai chegando.

É verdade que a Finlândia há muito que não é um bom exemplo de um Estado solidário com Países mais pobres do sul da Europa, veja-se como tem tratado Portugal e a Grécia. Todavia Dinamarca e Suécia têm sido dado como exemplo de países sociais-democratas, justos, humanistas e solidários… ao contrário da Alemanha.

Todavia tem sido estes Estados usados como exemplo que estão a fartar-se mais rapidamente com o problema dos refugiados, um sinal evidente que aqueles povos falam de barriga cheia e são solidários na terra dos outros, mas quando se chega ao momento de ser hospitaleiro e de receber vítimas de uma guerra…. calma aí que não estão para sacrifícios!

São legislações para retenção de bens que os refugiados possam ter trazido com eles para custear as despesas de acolhimento, são dificuldades de emissão de vistos e são repatriamentos voluntários dos não admitidos… senão saem à força, quer dizer são quase exclusivamente repatriamentos à força para o campo de batalha ou empurrados para outros Estados com a mesma crueza do governo da extrema direita húngara.

Estes comportamentos tenderão a alastrar-se por toda a União Europeia, não é por acaso que já se fala do fim de Schengen e já há mais muros na Europa que durante a guerra fria.

Afinal nada que me surpreenda. A solidariedade de barriga cheia, sem esforço e para fora de portas é um mito urbano, vê-se que ela morre mal se torna necessário acatar dentro de portas ou implique sacrifícios.

Aliás, se a Europa fosse constituída por povos solidários nem teria havido o genocídio da II Grande Guerra do século XX, onde tantas pessoas fecharam os olhos, foram colaboracionistas e até denunciaram judeus; e no século XXI não se teria chegado às crises das dívidas soberanas, nem os Estados super-endividados quereriam sair da sua situação recusando qualquer sacrifício, nem os seus Governos teriam imposto a austeridade de uma forma injusta, onde os de barriga cheia viam o problema fora da sua classe sem serem afetados a doer.

É verdade, cada vez fico mais desiludido com a espécie humana através da amostra dos povos que vou conhecendo…

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Meu artigo da passada terçar-feira no diário Incentivo:

ADVENTO: À ESPERA DO NATAL… OU DO INVERNO?

Estamos no Advento, o tempo que no calendário litúrgico dos cristãos estes se devem preparar para o Natal, ou seja, a festa do nascimento do Menino Jesus.

Não conheço nenhuma outra festa religiosa de qualquer crença que tenha uma projeção global tão forte para fora do mundo dos crentes como o Natal. Isto é mais fruto do laicismo consumista ocidental do que da evangelização cristã: a comprovar isto, certos canais de televisão já prognosticam que o próximo Natal será melhor que o do ano passado, pois medem a qualidade deste, não pelo amor que esta época destila, mas sim pelo volume que se perspetiva em compras.

Assim, enquanto por esse mundo fora, mesmo não cristão, o Natal está em pujança, desde que sejam países onde os cidadãos possam expressar e praticar livremente a sua religião ou o seu ateísmo, eis que no País sede do catolicismo, a Itália, o diretor de uma escola optou por abolir os festejos de Natal no seu estabelecimento e substituí-los por uma festa de Inverno a realizar em janeiro e decidiu ainda rejeitar a proposta de pais para que as crianças do coro aprendessem cânticos de Natal: rejeições em nome da integração das minorias muçulmanas que frequentam aquele local de ensino.

Confesso que quando li esta notícia, pouco divulgada pelos órgãos de comunicação social em Portugal, fiquei estupefacto!

Mesmo sem estar de acordo com a proibição de símbolos religiosos por essa Europa fora, sobretudo cristãos, em muitos espaços públicos, eu até compreendo tal restrição ao abrigo da tão propalada laicidade do Estado. Agora que a tradição do Natal, assimilada pela sociedade laica, defendida pela economia organizada e apoiada por entidades oficiais com incentivos ao consumismo, pudesse ser proibida numa escola pública, é de um extremismo tal contra as religiões maioritárias na Europa que só conduz a novos extremismos e radicalismos religiosos de europeus e merece denúncia em qualquer canto deste continente onde se quer viver livremente no nosso espaço civilizacional.

Infelizmente, no pensar daquele diretor escolar de Rozzano a integração dos imigrantes com crenças e hábitos diferentes dos da maioria dos habitantes da cidade faz-se despojando os locais das suas tradições e referências religiosas no povo que os acolhe e ingenuamente acredita que violentando os usos da terra cria um mundo que se abre a acolher melhor os imigrantes.

Estou mesmo a ver que a felicidade da maioria das crianças daquela escola depende agora de não poderem trocar no espaço educacional entre os seus amigos as tradicionais prendas de Natal: só prendas de inverno! Passarem a enfeitar árvores de inverno e esperar pelo pai inverno. Ridículo!

Estou mesmo a acreditar que com esta mudança forçada os filhos dos cristãos vão amar mais os muçulmanos por em nome deles não poderem expressar livremente na sua terra a sua fé e tradições que tenham algum cunho religioso diferente da do povo acolhido.

Pessoas iguais a este diretor não são menos culpadas que os radicais islâmicos para o crescimento de forças políticas nacionalistas que defendem extremadamente a sua cultura, rejeitam acolher refugiados muçulmanos e são contra a construção na Europa de templos não cristãos para os imigrantes vindos de outras partes do mundo. Na verdade não são os imigrantes honestos que nos violentam, são pessoas como este diretor, pois o abuso do politicamente correto violenta a liberdade.

Infelizmente, os crentes das religiões do mundo que pregam o Amor também praticam o ódio quando sentem que os seus valores maís íntimos, como a sua fé, são espezinhados em nome de um laicismo militante ou de uma integração que não sabe fazer coabitar a diferença de cultos sem ostracizar uma delas, tanto maioritária como minoritária ou as tradições de uma terra.

Não tenho complexo de assumir que sou Cristão e sinto-me feliz por o poder dizer em público, no meu local de trabalho ou de convívio, mesmo sabendo que entre os meus colegas e amigos há gente que assume crenças ou descrenças diferentes e, felizmente, eles também se podem reunir, conviver e afirmar os seus valores sem me violentar. É isto a integração social multicultural.

Nesta quadra desejo a todos os leitores do Incentivo votos de um Bom Natal… mas, se preferirem, aceito votos de um Bom Inverno, desde que mo digam em liberdade e por direito de opção, algo que os estudantes daquela escola não têm e para quem vai este grito de liberdade.

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Choca, mas choca mesmo, ver que depois de décadas a se falar na Europa do que foi o nazismo, o fascismo e a II Guerra Mundial, se volte a ver um partido de extrema-direita ser o mais votado numa das maiores potências económicas, militares e demográficas do velho continente: a França, um país que esteve envolvido e foi ocupado pela ditadura de Hitler.

É verdade que décadas de ditaduras e genocídios comunistas na Europa oriental não fizeram cair os aliados deste regime em muitos Estados da Europa ocidental, mas é verdade que estes nunca estiveram sujeitos ao regime vivido na União Soviética, mas a França esteve ocupada pelos nazistas.

Também é verdade que o ideal marxista assenta numa revolta pela justiça na economia, que é em princípio um valor positivo atraente, enquanto o ideal da extrema-direita vai contra o cidadão que é diferente em cor, cultura ou religião que leva a uma revolta pela segurança, que é o princípio do medo, algo negativo que pode levar a juízos menos claros.

Contudo, estranho que num Continente onde tanto se fala dos malefícios do neoliberalismo e da injustiça do capitalismo a desilusão ou o medo vá mais no sentido de ir para o extremismo da direita num dos Estados mais ricos da União Europeia, algo vai mal nesta Europa, mesmo muito mal…

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