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Meu artigo de hoje no diário do Faial – Incentivo:
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS, OBRAS LITORAIS E RISCO
Não sei se é um aviso do que pode acontecer ao Faial e aos Açores com as alterações climáticas que se perspetivam devido à subida da temperatura média do ar atribuída ao efeito estufa ou se foi só um outubro meteorologicamente anómalo; a verdade é que ao longo do mês que findou esta Ilha e Região foram afetadas pelo furacão tropical Lorenzo, quase de categoria 2 na escala Saffir-Simpson, estiveram sob a ameaça da tempestade tropical Pablo, e ainda da extratropical Rebekah e nestes fenómenos bateram-se alguns recordes na história dos registos da meteorologia.
Se efetivamente estivermos perante uma tendência, ficou claro que teremos de nos preparar e adaptarmo-nos a maresias cada vez mais altas e galgamentos que penetram mais para o interior de terra (como se viu na Feteira e Porto Pim), a uma maior frequência de inundações de zonas planas de baixa altitude (Largo da República) e ocorrência de ventos mais fortes (Lorenzo).
Sei que existem instituições e departamentos governamentais a estudar e a acompanhar estas tendências, mas também já deu para perceber que as perspetivas que estão a ser determinadas ainda não estão a ser assimiladas por parte da população e talvez até por certas entidades públicas. Se não fosse assim, já se sentia um maior pudor das pessoas em apresentar ou apoiar projetos para ocupar o litoral não urbanizado e a propor construir em zonas expostas a riscos naturais costeiros.
Confesso que também me parece que algo está mal com projetistas e engenheiros associados às nossas obras costeiras, se é certo que já ocorreram tempestades que afetaram obras portuárias com mais de cem anos, os danos estruturais e acidentes em portos têm-se concentrado nos construídos nas últimas décadas, feitos já em condições de maior informação científica e de disponibilidade de soluções técnicas para estas infraestruturas resistirem melhor aos perigos naturais.
Parece que os estudos técnicos para obras costeiras são feitos mais para justificar decisões políticas tomadas antes pelo dono da obra, ao nível das características e local do projeto anunciado, do que para se encontrar a melhor solução que conjugue a maior resistência às intempéries com a máxima operacionalidade e sem comprometer o futuro desenvolvimento da ilha onde seja construído. É que se uma pretensão nasce torta dificilmente se endireitará com estudos justificativos posteriores, estes terão sempre objetivos de remediar erros já cometidos, antes de à partida se maximizar a resiliência às tempestades e a adequação da obra aos objetivos.
Como o litoral das nossas ilhas já estava urbanizado muito antes das atuais preocupações com as alterações climáticas e do levantamento de zonas de risco, tal leva a que em muitos destes casos exista a necessidade de pensar na realização de obras de proteção do património já edificado em zonas costeiras e só em casos mais extremados optar por deslocalizar os aí residentes. Assim, salvo alguma exceção pontual, há que encontrar soluções para proteger os que já habitam entre a baía do Porto Pim e o porto da Feteira, sendo fundamental ter cuidado em não criar atrativos que fomentem futuras ocupações sobre o mar, colocando mais pessoas e projetos expostos a galgamentos marinhos e ao recuo da costa. Aliás, foi o risco desta zona que já antes justificou a primeira fase da variante.
Assim, falar de alterações climáticas tem de ser consequente e conduzir a mudanças de mentalidade com reflexo em futuras ocupações do litoral e na construção de novas infraestuturas costeiras.

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As notícias ao longo da noite não foram sempre boas, no início deste domingo Lorenzo atingiu a categoria máxima na escala Saffir-Simpson: 5, contudo, pela madrugada voltou ao descer a 4 e a rota mais previsível deslocou-se um pouco para oeste afastando-se do Faial mas deixando as Flores mais exposto aos ventos mais fortes do vórtice do seu lado leste.

Lorenzo V2

Mantém-se a previsão de que o furacão irá atravessar os Açores com uma força próxima da transição de categoria entre 1 e 2, pelo que tudo aponta que seremos atingidos e algumas ilhas provavelmente muito intensamente.

Lorenzo T2

O mar continuará alteroso podendo atingir ondas perto de 17m de altura nalgumas ilhas e baías, neste momento perspetiva-se o pior cenário para a ilha das Flores.

Lorenzo2

Este evoluir obriga a seguir com atenção os comunicados oficiais da Proteção Civil dos Açores e tomar as recomendações típicas destas situações.

Para acompanhar as atualizações mais centradas neste fenómeno seguir o site National Hurricane Center

Pode ainda obter informações no site e aplicação para smartphones Windguru

 

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Os modelos apontam cada vez mais para que o olho do furacão Lorenzo passe entre as ilhas do Faial e das Flores, embora muito mais perto desta embora com ventos mais fortes na ilha Azul, neste momento a intensidade deste ciclone tropical é de categoria 3 na escala Saffir-Simpson, mas quando atravessar os Açores, na noite e manhã de quarta-feira 2 de outubro deverá ter uma menor força de transição de 2 para 1 ou menos e a enfraquecer.

LorenzoT 1

Neste momento estima-se que o Faial poderá ser atingido com ventos sustentado na ordem de 132km/h e com rajadas máximas até 171km/h de SSW, sendo que o crescimento da velocidade dar-se-á a partir de SSE e o decréscimo já a rodar para o quadrante W. A que se podem associar perturbações locais devido à interferência do vento, direção e o relevo, que podem nalguns casos ampliar os efeitos.

Lorenzo 1

O mar será alteroso, podendo afetar zonas costeiras baixas, uma vezes que as ondas podem atingir a altura de 16,5m vindas de SW, contudo, a exposição aos ventos, contorno do litoral e cota poderão implicar perturbações locais, ora ampliando o efeito, ora diminuindo, a que acresce a sobreelevação do nível do mar devido à baixa pressão no ar e as variações do nível da maré. Isto exige cuidados especiais a quem vive ou se encontra próximo da costa ou no mar.

Face a este cenário e possíveis incertezas, todos os Açorianos dos Grupos Ocidental e Central deverão tomar medidas preventivas e seguir as recomendações da proteção civil dos Açores.

Poderão seguir informações atualizadas nos mesmos sites que eu recolho: National Hurricane Center, Prociv e Windguru. Novas atualizações irão sendo dadas neste espaço.

Eu já comecei a tomar algumas medidas… e você?

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Apesar de ainda faltar muito tempo para se ter alguma segurança sobre a rota do ciclone tropical Lorenzo na região dos Açores, já existem indícios que apontam para uma grande probabilidade de passar perto de algumas das ilhas do Arquipélago, talvez um pouco a oeste de Flores e Corvo, mas a incerteza não permite referir se não será mais perto de outra ilha sobretudo no grupo Central como o Faial.Lorenzo 0Assim, embora sem alaridos, recomenda-se a todos os Faialenses e restantes Açorianos para calmamente tomarem as devidas precauções como evitar objetos e estruturas sensíveis ao vento soltos, terem disponíveis sistemas de proteção da janelas e portas e boa condução de água nas caleiras, algerozes e valetas, bem todas as outras que venham a ser indicadas pelos avisos serviço regional de proteção civil.

Este site irá pontualmente fazer futuras atualizações em função do evoluir da situação de previsão meteorológica referente ao ciclone Lorenzo.

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Vendo a qualidade do serviço da transportadora aérea açoriana nos últimos tempos, recomendo que o Governo dos Açores primeiro resolva a questão da Azores Airlines e só depois arranque com este concurso de promoção turística dos Açores no Canadá, é que com as falhas que tem havido nas rotas para o novo mundo não haverá promoção que resista à despromoção que poderá vir das queixas dos clientes com a qualidade prestada pela SATA.

Não digam depois que eu não avisei a tempo. 😉

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Meu artigo de hoje no diário Incentivo.

SE O RIDÍCULO MATASSE…

Se o ridículo matasse de facto, o atual Governo dos Açores tinha morrido este mês de novembro de 2018 com a descoberta da sua tramoia de enganar os Açorianos no processo de privatização dos 49% da empresa Azores Airlines, também conhecida pelo seu antigo nome de SATA Internacional.

Ridículo, porque o Governo dos Açores pretendeu passar a ideia aos Açorianos de que cancelou um concurso, quando tal afinal apenas aconteceu na sequência de um incidente onde se tornou público que o mesmo tinha ficado deserto de propostas e um concurso sem concorrentes não existe, logo não o anulou, rendeu-se à triste realidade e ao vazio em que ficou com a sua iniciativa.

Ridículo, porque afinal o Governo dos Açores, encostado à parede por falta de concorrentes e perante as dívidas da SATA, se prestou a negociar com a Loftleiðir Icelandic enquanto ia mentindo aos Açorianos, dizendo-nos que estava a analisar uma proposta desta empresa islandesa, quando esta apenas se predispusera a negociar. Assim, o executivo regional fragilizava-se cada vez mais perante os estrangeiros, pior ainda com a contínua saída de notícias que demonstravam o descalabro da gestão financeira na Azores Airlines e provavam o desnorte estratégico dos nossos governantes, o que fortalecia os nórdicos, que seguramente tinham a sua rede de informações implantada no terreno, ao mesmo tempo que os Açores perdia capacidade negocial.

Ridículo, porque perante a descoberta de tais factos o Governo dos Açores, em vez de enfrentar com dignidade a situação e assumir as suas responsabilidades, optou por acusar forças da oposição de “dolo político puro”, quando as mentiras foram da governação e só desmascaradas por um lapso de serviços da Assembleia Legislativa Regional dos Açores também presidida pela mesma força partidária do executivo do Arquipélago. Se o Governo mentiu e foi de um serviço na alçada do partido que o suporta que veio a fuga de informação, então a culpa é só do PS e não dos opositores.

Ridículo, porque um Presidente mentir ao seu povo, ser desmascarado ingloriamente por lapsos de departamentos dirigidos pelo seu partido e ainda deixar-se fragilizar em negociações com empresas estrangeiras devido aos seus erros estratégicos, é motivo, num mundo civilizado e responsável, de renúncia política e de reconhecimento da sua culpa, nunca de ostentação e persistência numa argumentação insustentável, nem de acusação de quem não governa. Foi o Governo dos Açores que se estampou contra o muro construído pelas suas aberrações e erros nesta privatização.

Contudo, nesta situação descobri ainda o ridículo de o Governo e o PS dos Açores considerarem legítimo impor aos seus opositores, com funções de fiscalização, segredo pelas descobertas das mentiras e trapalhadas do Executivo feitas apenas para proteger o interesse dos governantes e do seu partido, um sigilo que tais políticos consideram legítimo e sobrepor-se à salvaguarda do interesse público e do cabal esclarecimento do Povo que os elegeu. Uma vergonha!

Mas o pior foi ter ficado com a ideia de que talvez em casos deste tipo de mal-feitorias do Poder, se perpetradas por Governantes para salvaguardar os seus cargos, a Lei possa proteger os infratores do executivo face aos deputados eleitos no seu papel fiscalizador. Ao menos se o ridículo matasse o sistema ficaria melhor, pois a descoberta acidental desta aberração provocaria a exclusão imediata dos autores de tramoias deste género feitas para autoproteção dos políticos e em prejuízo do Povo.

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Face ao que disse ontem à noite, quase tudo igual: trajetória a definir-se cada vez mais para perto das Flores e Corvo, sobre as ilhas ou um pouco a NW, o que melhora o cenário para o Faial face aos dias anteriores, mas retarda o momento da passagem dos ventos mais fortes no Grupo Central, ou seja o rabo do furacão como o povo lhe chama, que agora poderá ser mais pelo noite dentro ou madrugada fora.

Assim tudo aponta para termos algo típico de um dia de inverno ventoso, embora possam ocorrer chuvas por vezes intensas e risco de trovoada, tudo isto a desenvolver-se entre sábado e a manhã de domingo. Mantenho que devem acompanhar os comunicados da proteção civil ou NHC

Quanto à Joyce, os  modelos apontam agora que deverá passar a sul dos Açores sem afetar os Grupos Central e Ocidental. Menos uma preocupação.

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A partir de agora não se justifica novas atualizações sobre este tema, a não ser que haja mudanças de surpresa de última hora, é esperar, cumprir as medidas de segurança e manter a esperança que de facto nada de grave aconteça.

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Como já não nos bastasse as preocupações com Helene que deverá atravessar os Açores no sábado de manhã, já como tempestade tropical e cada vez a confirmar-se como alvo o Grupo Ocidental, temos agora que olhar também para outra tempestade gerada aqui perto: a Joyce ainda como sub-tropical; a passar por estas ilhas na noite de domingo, também como tempestade tropical e talvez novamente a apontar as Flores e Corvo. Em nenhum dos casos o Faial está fora da rotas de probabilidade de ser afetado e atravessado.

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Área de influência de Helene na região dos Açores

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Previsão de área de influência de Joyce, por estar ainda muito no início a margem de erro da trajetória deverá ser maior

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Continuo a recomendar o site do IPMA com maior atenção para os Açores e em Português ou o do NHC em inglês por norma mais atualizado e mais técnico.

Atualização manhã de 13 de setembro

Apesar do enfraquecimento de Helene como a rota está agora prevista entre o Faial e as Flores a situação para estes grupos pouco mudou, Joyce em teoria deverá atrasar-se para segunda-feira e assim tudo aponta para um avizinhar de dias de vento forte, mas talvez sem atingir a fúria de furacão, dois dias de inverno com muita chuva e vento.

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Atualização dia 13 início da noite

Helene cada vez mais fraco e em direção ao canal Faial-Flores, devendo atravessar perto da ilha azul na madrugada ou manhã de sábado, por agora os ventos rondam os 100 km/h, mas provavelmente deverão ser mais fracos e com rajadas no fim de semana a que se associa chuva que pode ser muito intensa. Joyce continua com um percurso desorganizado mas poderá afetar os Açores com chuva forte e ventos bem abaixo dos 100 km/hora e apenas como depressão tropical.

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Joyce

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Atualização 14 setembro meio dia

A pedido de várias pessoas por messenger, telemóvel e outras vias, segue então a atualização desta manhã relativamente ao Helene.
Em termos do que escrevi ontem à noite, a situação é a praticamente mesma e por isso não atualizara, ou seja, cada vez mais fraco logo prevê-se menos vento, mas muita chuva, existe já um alerta vermelho da Proteção Civil devido à chuva (recordo que desde o sismo de 1998 há menos casas junto a ribeiras no Faial e por isso nesta ilha temos tido menos inundações, mas pode sempre ocorrer alguma surpresa). É normal quando uma tempestade enfraquece ela como que se desfaça em chuva.
Relativamente a horas, continua previsto que o pior seja sábado… mas estamos no domínio das previsões.
O Joyce anda a vaguear e neste momento não se sabe quando nos decide visitar, mas deverá ser para mais tarde, para a semana, e talvez bem mais longe do Faial.

Continuo a recomendar que sigam a proteção civil no seguinte endereço: https://www.prociv.azores.gov.pt/noticias/avisos/

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Atualização dia 14 noite

Trajetória a definir-se cada vez mais para NW das Flores e Corvo, o que melhora o cenário para o Faial em termos de vento, que tende a ser algo típico de um dia de inverno ventoso, embora possam ocorrer chuvas por vezes intensas e risco de trovoada, tudo isto a desenvolver-se da tarde de sábado para a manhã de domingo. Mantenho que devem acompanhar os comunicados da proteção cilvil ou NHC
https://www.prociv.azores.gov.pt/noticias/avisos/

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A partir de agora que o furacão Helene se prevê poder atingir o Faial e outras ilhas do grupo Central e Ocidental dos Açores, provavelmente no próximo domingo e já como tempestade tropical, Mente Livre começará a fazer o acompanhamento possível das previsões, sem deixar de recomendar a atenção a ter com as indicações que a Proteção Civil der aos Açorianos. Resta desejar que sejam as piores previsões a falharem e que nada nos aconteça.

Hoje de manhã está assim: Post sujeito a atualizações periódicas.

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1.ª atualização: 21h dos Açores de 11 de setembro

Como se pode ver na imagem abaixo, no início da noite o risco para o Helene atingir o Arquipélago como tempestade tropical no fim de semana mantém-se, a probabilidade desta atravessar o Grupo Central permanece entre os 20 e os 30%, todavia dá-se um acréscimo significativo para Flores e Corvo que salta para o intervalo de 40-50%, indiciando uma tendência de passagem mais a ocidente do Faial do que de manhã, mas estamos sempre no campo das probabilidades.

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Para quem sabe inglês o local que considero mais atualizado é o oficial dos EUA National Hurricane Center e podem seguir o Helene por aqui, para quem não domina esta língua tanto o site do IPMA , como o da Proteção Civil dos Açores poderão ser os locais mais indicados, sendo que este emitirá comunicados oficiais para as nossas ilhas, apesar das páginas serem mais caóticas por sobreporem vários assuntos de interesse para além dos furacões.

2.ª atualização 7h45 de 12 de setembro

Se em termos de Grupo Central nesta manhã nada de novo e até para as Flores e Corvo, só que aqui cada vez mais se torna nítido o alinhamento das previsões de passagem sobre estas duas ilhas, sem aumento de probabilidade.

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Paralelamente outra tempestade está a formar-se junto aos Açores, mas ainda é cedo para saber a sua evolução em relação ao Arquipélago.

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Foi com grande alegria que ouvi a RTP-Açores noticiar que o Hospital de Ponta Delgada desenvolveu um teste rápido de deteção da leptospirose, o que pode salvar muita gente nos Açores onde esta doença é endémica. Quem, como eu, viu familiares queridos saudáveis serem ceifados em poucos dias por falta de diagnóstico a tempo só pode regojizar-se. Acresce que o método pode exportar-se para outros Países que sofrem de igual risco.

Espero agora que o Serviço Regional de Saúde permita estender o método de análise ao máximo de ilhas dos Açores e o mais rapidamente possível. Até porque ficou explícito que além de rápido não era caro, para que assim mais nenhum Açoriano sinta a dor da perda de familiares e amigos saudáveis contaminados por esta bactéria, cuja infeção é facilmente tratável se detetada precocemente, mesmo que por vezes com sequelas duradouras, mas mortal se não tratada a tempo.

Aos que desenvolveram o novo método no Hospital do Divino Espírito Santo os meus parabéns e votos para que esta doença deixe de ser motivo de preocupação de tantos Açorianos.

 

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