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Posts Tagged ‘PS-Açores’

Nas europeias virou a sina para os Açores: ouvimos ao longo de cinco anos na Região louvores ao trabalho desenvolvido pelos deputados eleitos nas anteriores eleições para Bruxelas em representação dos Açores, quando começamos a conhecê-los, como no caso de Sofia Ribeiro ou até depois de homenageados pelo seu exercício como em Serrão Santos… chegado ao fim do primeiro mandato os lideres partidários muda-nos de forma inexplicável por outros sem provas dadas no lugar em questão… PORQUÊ?

Alguém percebe?

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Eis uma iniciativa do CDS no parlamento regional para contornar a falta de transparência que permita compreender como as empresas do Governo dos Açores contratam pessoas e porque se endividam tanto. Resta saber se o partido que suporta o executivo quer esclarecer mesmo estas dúvidas, é que mesmo sendo potestativa para forçar o inquérito, não é por se criar a comissão que se chega a aprovar uma conclusão final unânime e transparente.

Acredito ainda que em breve quando uma empresa do setor público regional disser que não vai contratar alguém ou não vai abrir um concurso público terá a tentação de dizer que é a oposição que não quer e é esta que está a pressionar a maioria absoluta… para já espero que tenham boa sorte com esta iniciativa, que resulte numa clarificação do que se passa neste setor e os apoiantes desta saibam defender-se dos contra-ataques do poder regional é que este tem um traquejo invejável face à frequente inépcia da oposição.

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A  denúncia da descoberta ontem casual por um agente de viagens do Faial de que a partir do próximo mês de outubro a SATA ou Azores-Airlines iria deixar de voar preferencialmente entre a Horta e Lisboa de forma direta, optando por voos redondos com escala na Terceira em muitas ligações no próximo inverno é o último ataque da empresa do Governo dos Açores ao Faial. Saliento, feito pela calada e mantida em silêncio pelos seu representantes partidários nesta ilha.

Acredito que devido à data da denúncia antes das eleições ainda seja possível reverter esta situação, mas se não tivesse sido descoberta ontem, portanto ainda a tempo do protesto em voto seguramente seria demasiado tarde.

Também haveria a hipótese de haver uma combinação com o PS-Faial para mostrar que o Governo ainda o ouvia se tivessem protestado a tempo, só que nesta hipótese a descoberta pioneira foi de uma agência de viagens e tal arranjo ficou estragado.

Aliás era mesmo muito sujo e nem quero crer que a Câmara desceria tão baixo e permitisse que esta programação viesse à luz do dia abrindo o cenário em que a Horta era prejudicada, mas ficando a ideia no ar para os voos redondos no futuro colocada em cima da mesa, por muito que critique na sua inoperância e subserviência dos autarcas municipais nem penso que sejam capazes de descer tanto, o Governo do PS dos Açores é que deve mesmo ser muito mau e o protagonista deste ataque ao Faial.

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Meu artigo de ontem no diário Incentivo:

COMPENSAÇÕES QUE SEMPRE PREJUDICAM O FAIAL

Não tenho interesses ligados à realização da Feira Açores, não pertenço ao setor de produção agrícola, nem ao comércio de equipamentos ou de mercadorias ligadas a este ou a outra área de compra e venda, mas este certame no Faial é importante para as pessoas da agropecuária, para os comerciantes e empresários de hotelaria e restauração e, sobretudo, para a valorização do tecido económico desta ilha no contexto regional.

Assim, é lógico que na sequência de um voto de protesto, apresentado pelo PSD na Câmara Municipal, contra a decisão unilateral do Governo dos Açores em não realizar a Feira Açores no Faial este ano, o voto tenha merecido o apoio unânime, incluindo do executivo socialista maioritário naquele órgão, pois, desde outubro último, os autarcas do PS-Faial têm tido uma postura de aceitação e até de propositura de críticas contra ações levadas a cabo pelo Governo dos Açores e empresas públicas regionais, nomeadamente SATA, que tenham implicações negativas na Ilha Azul.

Todavia, logo a seguir a esta unanimidade no protesto, o mesmo Presidente da Câmara esvaziou o seu voto oficial de descontentamento com declarações em que contradiz a sua insatisfação, usando o argumento “podemos ficar a ganhar se fizermos bem o nosso trabalho”, tendo ele em conta a compensação do aumento do apoio do Governo para a organização da Festa do Mundo Rural, um evento sub-regional que conta com a envolvência do Município, subsídio como contrapartida à retirada a esta terra da realização de um evento de âmbito regional: a Feira Açores.

Este comportamento volta a pôr a nu a tática do PS-Açores: comprar o esvaziamento do Faial negociando contrapartidas com os seus eleitos nesta ilha para ações de menor projeção. Até acredito que com mais apoio do Governo dos Açores este evento possa ter maior brilho, mas, na realidade, o somatório dos benefícios para a Horta resultante da realização, em simultâneo, de uma Feira Açores em 2017 e da Festa do Mundo Rural era maior e melhor para esta terra do que só a realização de um único evento de menor projeção e mesmo que ligeiramente ampliado não é de escala Regional.

O discurso do Presidente da Câmara demonstra o que há muito denuncio na política regional: sempre que o Governo dos Açores dá ao Faial tira sempre algo mais importante para que no saldo final esta ilha acabe sempre a perder. Para esta estratégia, o Executivo Regional contou durante muitos anos com a complacência e anuência dos socialistas faialenses. A desculpa agora apresentada pelo líder do Município da Horta sobre o ganho que se poderia vir a ter num evento menor mais não é que a continuação desse vício, evidenciando que o apoio ao protesto apenas foi estratégico, para não se dizer que voltavam a votar contra uma crítica referente a uma decisão que prejudicava esta terra. Mas logo a seguir veio a desculpa e a minimização do ataque ao Faial

O susto de outubro último obrigou a disfarces nos autarcas rosas do Faial, mas parece mesmo que eles têm de desculpar os ataques que o Governo dos Açores faz à nossa ilha ou então é mais forte a sua vontade em agradar ao PS-Açores do que a coragem em assumir com todas as consequências a defesa do Faial. Eles não se curam deste tique de branquear os ataques ao Faial quando há uma negociação cujo saldo final é prejudicial a esta ilha. Tenho pena, mas é assim que agem.

Para termos um novo cais de cruzeiros na Horta (mesmo que encolhido), não concluíram a variante. Para se ter a Escola do Mar, tiveram que tirar a Rádio Naval da Horta. Concluíram o Bloco C do Hospital, mas não foi uma ampliação, apenas tiveram de demolir uma parte antiga devido aos danos do sismo de 1998 e há muito fechada, mas deixaram de negociar a vinda atempada de substitutos a tempo inteiro para vários dos médicos especialistas que, entretanto, se foram reformando. Para se ter a nova escola da Cônsul Dabney negociaram o encerramento de muitas escolas nas freguesias rurais da ilha. Quando compraram os novos aviões à SATA escolheram equipamentos que não operassem na Horta e puseram os seus autarcas do Faial a justificar esta política da empresa que nos prejudica e continuam sem se comprometer com o aumento da pista. Infelizmente havia ainda mais casos para esta lista, mas este artigo tornava-se demasiado longo.

É a sina que estes líderes rosas traçam para o Faial, sempre que se investe em algo por cá ou se aumenta um apoio, há como contrapartida a retirada de algo maior e há sempre uma desculpa para disfarçar esse esvaziamento progressivo da importância da Horta no contexto dos Açores. Agora para se ter um melhor subsídio à Feira do Mundo Rural teve-se que perder a Feira Açores 2017… o costume!

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Nos últimos 4 anos Lúcio Rodrigues foi a voz do Faial para defender no Parlamento as medidas do Governo dos Açores contra a sua ilha: desculpou executivo do fim da variante; calou-se no encolhimento das obras do porto da Horta, fez a defesa da SATA no mau serviço aos Faialenses e não falou do aumento da pista; por este comportamento contra os seus eleitores vai assumir agora o cargo de Diretor Regional da Juventude.

Lizuarte Machado, pelo contrário, foi a voz incómoda no PS nos últimos 4 anos ao assumir o seu papel de deputado no esforço de pôr disciplina à governação para esta corrigir os erros, mas sem deixar de defender a sua ilha do Pico e a Região e sem pôr em causa os instrumentos fundamentais do executivo, mas por esta atitude corajosa deixou de ter condições para continuar no seu papel de intervenção política e regressou à base profissional, como mostrou uma recente reportagem na RTP-Açores, e voltou a trabalhar na marinha mercante como um cidadão honrado de consciência limpa por ter desempenhado dignamente o seu dever de eleito.

Este comportamento tão distinto e a promoção social do primeiro evidencia porque se observa tantos faialenses ligados à força no poder nos Açores a não serem vozes de defesa do Faial, a votarem contra o protesto por medidas anti-Faial, a arranjar desculpas pela não realização de investimentos nesta ilha, pois tal forma de agir é um dos modos fáceis de assegurar uma ascensão no poder regional. Infelizmente, ser crítico mesmo que coberto de razão, como muitas vezes foi Lizuarte Machado, é um comportamento arriscado que pode pôr fim à aspiração de muitos ainda novos e com sonhos de terem um papel ativo na politica açoriana.

Penso que ser Diretor Regional da Juventude é ter mais um papel de propaganda política dirigido aos jovens de que um cargo de resolução de problemas fundamentais, pois se as dificuldades da juventude estão, sobretudo, em alcançar emprego, acesso à educação e problemas de dependências, estas competências estão entregues as outras as direções regionais: na Diretora Regional do Emprego e Qualificação Profissional; no Diretor Regional da Educação; e na Diretora Regional de Prevenção e Combate às Dependências. Cabendo assim à Direção da Juventude mais programas de apoio a iniciativas diversas de curto-prazo e estratégias de menos garantias de futuro.

Mesmo assim, penso que neste novo lugar Lúcio Rodrigues poderá desempenhar o seu cargo com menos riscos para o Faial e sem necessidade de ser uma voz contra a sua ilha. Pena é ficar o exemplo que este caso dá: o modo como os jovens devem olhar para se estar e agir na política para assegurar melhor o seu futuro é colocar à frente o partido em detrimento da sua terra, apesar de tudo: Boa Sorte ao novo DRJ.

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O meu artigo de ontem no Incentivo, escrito ainda antes das declarações do Presidente da SATA que puseram a nu a estratégia que temi e alertei no texto de com sorrisos e desculpas esfarrapadas o Governo dos Açores atacasse o Faial naquilo que mais exigimos.

O ESSENCIAL AO FAIAL: LIGAÇÕES AÉREAS E PISTA

Nos dias a seguir às últimas eleições regionais tive a prova do medo de alguns Faialenses com a derrota do PS no Faial e deve ser este receio que explica porque, apesar de esta ilha ter sido tão maltratada ao longo de muitos anos pelo Governo dos Açores socialista, os residentes nesta terra insistissem em não mudar o seu sentido de voto.

Efetivamente, tanto por mensagens pessoais através das novas tecnologias, mas escondidas dos olhares públicos nas redes sociais, como por conversas privadas, diversos conhecidos meus, secretamente, expuseram-me o seu temor de que com a derrota do PS no Faial, precisamente quando a rosa conquistara uma nova maioria absoluta no parlamento regional, esta ilha viesse a ser ainda mais castigada por quem fora inesperadamente derrotado nesta terra.

Não sendo ingénuo, nunca excluí o cenário de retaliação, embora considere preferível que sejam os socialistas a aprender com a lição dada e passarem a atender aos pedidos dos Faialenses, pois mais importante do que os dividendos eleitorais que o partido do Governo dos Açores daí possa tirar, são mesmo os benefícios a esta terra pela concretização dos investimentos necessários à ilha.

Pelo menos nos primeiros tempos o PS-Açores tem gerido a derrota neste círculo eleitoral com uma diplomacia política que tanto pode ser bem-intencionada e o reconhecer que de facto tem de olhar para o Faial com outro cuidado e atender às reivindicações desta terra, como também pode ser uma estratégia para no início acalmar as suspeitas, os Faialenses baixarem a guarda e depois não atender ao essencial das pretensões da ilha, usando a forma que alguns dizem “a vingança serve-se fria”.

Por agora o PS-Açores manteve a proposta da Faialense Ana Luís para Presidente da Assembleia e reelegeu-a de facto, precisamente a cabeça de lista derrotada nesta ilha, e Vasco Cordeiro convidou ainda para um cargo de Secretário Regional um residente no Faial, o que já não acontecia há mais de uma década de governação rosa. Contudo, é preciso ter em conta que as principais reivindicações dos Faialenses nos últimos anos não se centraram na atribuição de cargos políticos a residentes nesta ilha, até porque neste jogo de cadeiras os ocupantes pertencem todos à mesma família partidária, o essencial pedido pelos habitantes deste círculo eleitoral foram as melhorias das ligações aéreas do Faial com o exterior dos Açores, aspeto que não se pode dissociar do aumento das condições de segurança da pista do aeroporto da Horta e é sobre estas reivindicações que não podemos baixar os braços e ficar desatentos.

Assim, só se pode considerar que efetivamente o PS-Açores não retaliou e aprendeu a lição das urnas dada pelos Faialenses se de facto desbloquear o essencial, ou seja, os aspetos estruturantes e fundamentais para o desenvolvimento do Faial.

Bem pode a Câmara Municipal da Horta falar de prémios recebidos ou distrair-nos com múltiplas pequenas iniciativas lúdicas, socioculturais e de aproximação política às populações. Bem pode o Governo Regional ter residentes nesta ilha no seu seio (o que já foi norma no passado) ou executar obras encolhidas no maior porto desta terra e até implementar outros projetos de fácil concretização e enchem os olhos das pessoas a curto-prazo; que se o PS-Açores não desbloquear o difícil e essencial ao futuro desenvolvimento socioeconómico do Faial: que é o aumento da segurança de operacionalidade da pista do aeroporto e uma melhor e maior oferta de ligações nesta infraestrutura, no mínimo sem a diminuição de ligações aéreas com o exterior do Arquipélago quando comparado ao que já tivemos há poucos anos atrás, sem isto: nada feito!

Os Faialenses já não são crianças para que os governantes sintam que podem oferecer pequenos rebuçados para os contentar a curto prazo, apaziguando a insatisfação das populações e desviar a atenção do que é o essencial e difícil de levar a cabo, mas possível se de facto houver boa vontade e determinação política.

Este ano o aeroporto, apesar de tantos cancelamentos, voltou bater o seu recorde de circulação de passageiros, mostrando a atratividade desta terra que seria mais potencializada sem as restrições operacionais existentes, que também afastam outras companhias que se possam interessar por ligar o Faial ao exterior e este bloqueio que tem de acabar, por muito trabalho político que tal exija, pois técnica e economicamente sei que é possível se a vontade do Governo dos Açores tiver como prioridade respeitar os Faialenses e sobre esta causa ninguém desta ilha, apesar das palavrinhas mansas e atitudes simpáticas no início do mandato, pode agora baixar os braços e deixar-se enganar por manobras que desviem a atenção do que importa para o futuro da terra dos Faialenses.

A Câmara Municipal que nos últimos tempos passa a ideia que luta pelo concelho em conversações não públicas, aonde falaria com os governantes e exigiria aquilo que não reivindica a bom som e às claras, tem agora um ano para demonstrar que esses contactos são mesmo frutuosos e a questão do aeroporto é desbloqueada de forma irreversível a tempo das próximas eleições autárquicas.

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Ao contrário da ideia que circulou de que com a derrota da lista encabeçada por Ana Luísa Luís não havia condições para a sua recandidatura ao lugar de presidente do Parlamento Açoriano, o PS-Açores manteve a proposta da anterior legislatura, o que pode ser interpretado que o partido pensou que a melhor forma de reconquistar a confiança dos Faialenses era não mais atacar esta ilha, nem retaliar da pesada derrota no Faial.

Resta saber se de facto esta é uma estratégia pontual para silenciar a ideia de retaliação e depois continuar a ignorar as principais reivindicações dos Faialenses, onde o aeroporto e o serviço da Azores Airlines são o cerne das pretensões desta ilha, ou se o PS-Açores vai mesmo  mudar de estratégia e começar a atender aquilo que esta Terra considera essencial para o seu desenvolvimento económico.

Uma coisa é certa, esta situação faz centrar novamente o foco das atenções em Lúcio Rodrigues, aquele que foi o testa-de-ferro faialense do PS-Açores na anterior legislatura para servir de desculpa ao desprezo do Governo dos Açores pelo Faial. Assim teremos novamente a hipótese de ver se este deputado vai agora redimir-se da sua anterior estratégia contra a ilha que o reelegeu por uma margem relativamente escassa e vai ser finalmente um porta-voz da sua terra para a defender perante o executivo e, se isto acontecer, tal será mesmo consequente e ver-se-á então as nossas reivindicações atendidas ou se será, pelo contrário, apenas uma manobra de disfarce, onde ele falará para salvar a face mas o partido fará ouvidos moucos e retaliará dessa forma contra o Faial.

Em qualquer alternativa seguida estarei atento para denunciar qualquer mal que se faça ao Faial e também não terei complexo de reconhecer e elogiar se for seguida uma estratégia com resultados e frutos benéficos a esta ilha… baixar a minha atenção é que está fora de causa.

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O Governo dos Açores há anos que prejudica o Faial: leva demasiado tempo nas obras anunciadas, foram 16 anos para reconstruir o bloco C do hospital; faseia projetos para demorar ainda mais, como no caso do porto da Horta; depois encolhe-os, como na 1.ª e 2.ª fase do porto, cancela investimentos após as eleições como a variante; alicia a marinha a retirar coisas na Horta como fez com a Rádio Naval; desculpa o mau serviço da SATA; recusa ampliar o aeroporto e até se dá ao luxo de falar que vai concluir o que nem começou, como o polivalente da Feteira; de facto há um tratamento diferente aos Faialenses face a outros Açorianos.

Não me admira que haja Açorianos em ilhas onde o Governo dos Açores fez grandes investimentos que estejam satisfeitos com esta forma do PS-Açores governar a Região. Confesso nessas terras pode haver outros motivos de descontentamento, mas não a falta de obras executadas e iniciativas, até se fazem elefantes brancos como marinas vazias e museus caríssimos ou atividades culturais com artistas de renome onde o prejuízo na importa para animar a festa e até se compraram terras para se oferecer a entidades nacionais de modo a se tirarem estruturas existentes no Faial como se esta ilha não pertencesse aos Açores

O que me admira é que ainda haja Faialenses que se deslumbrem com investimentos em outras terras e não vejam o mau tratamento dado à sua terra, que estejam ao lado de políticos locais cuja sua função tem sido apenas de arranjar desculpas para a falta de obra, atrasos, faseamentos e retiradas de estruturas desta ilha azul, que se deixem levar pelo discurso de governantes que só cederam em fazer algo no concelho da Horta depois de muitos anos das populações e das oposições a reivindicar e a falar alto em defesa do Faial e mesmo assim se sintam agradecidos a quem só fez parte do prometido, de forma incompleta, faseada, encolhida e depois de tanto anos de insistência.

Todavia uma das características da democracia é que o eleitor é de tal forma livre que até tem a liberdade de ser masoquista e de gostar de ser maltratado e de votar em quem o não defende. Efetivamente qualquer Faialense tem o direito de agir assim, mesmo que eu não compreenda tal comportamento por não ser masoquista, apenas há que democraticamente respeitar o incompreensível.

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O meu artigo para publicação hoje no diário Incentivo:

A SEGUNDA FASE DO PORTO DA HORTA TAMBÉM ENCOLHE

Após três anos e meio com o Governo dos Açores quase sem fazer obras e sem lançar novos projetos, eis que nos últimos meses antes das eleições legislativas regionais os meios de comunicação social insulares mostram uma avalanche de anúncios com reparações de estradas, novos investimentos e colocação de primeiras pedras pelas várias parcelas do Arquipélago. Só obras portuárias e costeiras já inventariei mais intervenções que ilhas, o que mostra bem a quantidade de promessas que saíram cá para fora nestes tempos eleitorais.

Após tantas obras portuárias noticiadas para outras ilhas chegou a vez do Faial, na semana passada foi anunciado o lançamento do concurso do procedimento para a “Requalificação do Porto da Horta”, ou seja, o que seria a segunda fase do inicialmente chamado “Projeto de Reordenamento do Porto da Horta”, que foi apresentado e discutido publicamente em 2007, mas que depois foi faseado em baía sul e norte, sendo que o novo cais foi encolhido em 2009 e a intervenção passou a ter o nome de “Projeto Integrado de Requalificação e Reordenamento da Frente Marítima da Cidade da Horta – 1.ª Fase”, mas, depois de construída a obra encolhida, os Faialenses tiveram ainda de aguardar meia década para o anúncio do concurso (não da obra) da segunda fase.

Agora, em véspera de eleições, quase 10 anos depois do projeto inicial e já com um terceiro nome, eis o lançamento do concurso para a segunda fase daquilo que fora o “Projeto de Reordenamento do Porto da Horta” e sempre que mudou de nome encolheu face ao que já fora antes prometido. O que presentemente foi tornado público deixou cair as obras para o Clube Naval da Horta e de melhoria das condições das atividades das empresas marítimo-turísticas que movimenta tanta gente na zona portuária sul do nosso porto, mantém o cotovelo da doca cujo desaparecimento serviria para compensar a redução na atracagem resultante do encolhimento da baía norte, eclipsou-se o Centro de Treinos de Alta Competição, não se percebe onde está o pontão de apoio às pescas e muito mais desapareceu silenciosamente e sem deixar rasto ou justificação.

Haverá um novo faseamento da segunda fase para fazer o que agora fica de fora? Não sei. Mas, nesta hipótese, talvez venha outra mudança de nome e outro encolher do projeto, pois tendo em conta o historial com que o Faial tem sido tratado pelo Governo dos Açores, o mais provável, como na última fase na variante, é que uma terceira fase para o porto também não se venha a fazer ou fique na gaveta a aguardar um anúncio noutras eleições futuras.

Uma coisa é certa, os deputados do Faial subservientes ao Governo dos Açores nunca protestam quando a nossa ilha é maltratada ou os projetos encolhem e mesmo quando as oposições Faialenses protestam por um mau serviço a esta terra, adiamento de um investimento ou cancelamento de uma obra, aqueles deputados socialistas costumam votar contra e desculpam quem nos maltrata. Mas mais tarde questionam onde estavam as oposições quando os males aconteceram, como se não tivessem sido eles a desculpar o executivo regional e a abafar as vozes de protesto. Por isso pergunto: onde estão agora os protestos dos nossos deputados e candidatos a novo mandato pelo PS-Faial quando se descobre este novo encolhimento das obras no porto da Horta?

Estão, como habitualmente, à espera de um novo voto de protesto por esta redução da obra vindo das oposições para desculparem outra vez o Governo dos Açores, votarem contra o protesto e deixarem isto ficar assim mesmo? Mais tarde, quando os efeitos do mal forem irreversíveis, terão o desplante de perguntar onde estavam os que protestaram, como se eles de facto tivessem feito algo no momento certo. Não foi assim que o PS-Faial agiu nos casos do Varadouro, do Estádio Mário Lino, da Variante, da Rádio Naval, do Aeroporto, da SATA? Agora apenas repetem o método nesta fase das obras do porto da Horta.

Porque será que no Faial as obras anunciadas levam décadas para arrancar, depois são faseadas por décadas e ainda encolhem quando as fases seguintes são anunciadas? Por vezes, até a fase seguinte fica por fazer depois do anúncio, como aconteceu com a última fase da variante há quatro anos, com a promessa então feita precisamente antes das anteriores eleições como agora.

As obras para o porto da Horta já vão no terceiro nome, no segundo encolhimento e tudo aponta para mais um faseamento. Só que este mau tratamento dado ao Faial tem culpados: são quem está no poder e decide, bem como quem suporta esse poder que nos maltrata. Não é justo acusar quem tem levantado a voz em defesa desta terra, tem apresentado protestos, alertas, recomendações e moções nos locais próprios para se alcançar mais e melhor para a nossa ilha mas não governa.

Os Faialenses vão escolher os seus representantes ao nível regional nas próximas legislativas e são livres até de votar em quem os tem maltratado, mas continuarei a ser uma voz em defesa do Faial, independentemente de quem vencer.

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Na presente semana o PS-Faial chumbou uma moção apresentada pelo grupo do PSD-CDS/PP-PPM em novembro de 2015 na Assembleia Municipal da Horta para se apreciar a situação do investimento nas termas do Varadouro. Durante quase um ano a Comissão Permanente andou a interrogar entidades e elaborou um relatório onde se viu o tratamento diferente dado ao Faial pelo Governo dos Açores nesta matéria face ao que ele deu a termas na Graciosa e em São Miguel, o que tornou o caso da nossa ilha num fiasco ainda por resolver, apesar de já se ter gasto meio milhão de euros!

Curiosamente foi um apelo ao exercício da Câmara Municipal da Horta para assumir a defesa do interesse do Faial nesta matéria o único motivo porque o PS-Faial não aprovou a moção, depois de um ano de trabalho, pois não aceitava o seguinte parágrafo:

Lembrar a Câmara Municipal da Horta da sua obrigação legal de defender os interesses do município e deste modo assumir um papel de liderança estratégica e política no sentido de assegurar perante todas as entidades envolvidas no processo de requalificação, aproveitamento e dinamização das Termas dos Varadouro na ilha do Faial que esta pretensão se concretize.”

Se o ridículo matasse um grupo municipal que não aceita que a Assembleia Municipal recorde e apele à Câmara para simplesmente se assumir como líder legal estratégico e político de um projeto do interesse do seu município, não sei onde ficaria aquele grupo de deputados municipais… mas fica acima o texto para os Faialenses saberem ao nível que baixaram aqueles que têm sido eleitos para ocupar os lugares de representação dos munícipes desta ilha.

Por isso não admira que o jornal Incentivo intitule hoje o assunto com “Termas do Varadouro continuam a marcar passo”…

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