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Archive for the ‘Nacional’ Category

Segundo dados do Público de hoje, só em julho morreram em Portugal mais 2137 pessoas do que no mesmo mês do ano passado e o Covid-19 só justifica 1,5% deste excedente.

O Governo, sem a fiscalização da oposição, limita-se a dizer que foi do calor, a verdade é que o número de mortes anormalmente alto já vinha dos meses mais frios e durante os quais nunca a oposição apertou os calos ao Executivo para perceber porque os Portugueses sem Covid estavam a morrer tanto sem se perceber o porquê.

A verdade é que nos últimos tempos, mesmo se descontarmos as mortes por Covid-19, o número de mortos em Portugal subiu excessivamente, são mais do que as próprias mortes provocadas pelo SARS-Cov2 e ninguém da oposição cumpriu eficazmente o seu papel de fiscalizar o Governo nesta matéria.

Quantas pessoas desta mortandade em Portugal nos últimos meses estariam hoje vivas se Rui Rio tivesse cumprido o seu papel de fiscalizar o Governo como líder da oposição estando atento ao muito que havia para fiscalizar desde o início da da pandemia neste País? Nunca o saberemos penso eu, mas suspeito que muitas.

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Meu artigo de hoje publicado no diário da Horta “Incentivo”:

CELEBRAR ABRIL EM EMERGÊNCIA E TODA VERDADE

Pela primeira vez, desde 1974, Portugal vai celebrar o 25 de Abril com restrições à Liberdade devido à declaração do Estado de Emergência em virtude da pandemia Covid-19. Parece uma contradição celebrar a Liberdade retido pela imposição de ficar em casa e quando é interdito aos Portugueses de circularem como lhes apetece ao ar livre. Mas a vida está cheia de contradições.

Um dos compromissos do Presidente da República quando da declaração do Estado de Emergência foi com a verdade, mas parece que tal não obriga a que se diga toda a verdade. Assim, bastam verdades selecionadas à medida que, sem se mentir, se faz um retrato da realidade aos Portugueses diferente da verdade, mas o meu patriotismo exige que se diga toda a verdade. Ao percorrer-se os dados desta pandemia referente aos vários países europeus descobre-se uma realidade distinta da comunicada pelas autoridades nacionais e telejornais.

No combate à pandemia, até ao momento, Portugal felizmente não atingiu os números negros de mortes por milhão de habitantes como os que se têm verificado em França, Itália, Espanha e, sobretudo, o pior índice de todos e não falado da Bélgica. Assim, os nossos políticos escudam-se nas manchetes destes países para falarem de milagre e ficarem bem na foto. Mas manda a verdade que se diga, Portugal, infelizmente, apresenta números de mortos por milhão de habitantes bem piores que os da Alemanha, Áustria, República Checa e, sobretudo, os da endividada e empobrecida Grécia, esta mesmo com dimensão populacional semelhante, tem cerca de seis vezes menos mortos que nós, e existem muitos mais Estados Europeus perante quem fazemos pior figura, com quem há muito a aprender, pois fizeram bem melhor que Portugal e isto não é dito aos Portugueses.

Um Estado de Emergência comprometido com a verdade não se fica pela meia verdade conveniente ao Presidente e ao Primeiro-Ministro. Tal como é verdade que, apesar da continuidade territorial imposta por estes e de um certo descontrolo em S. Miguel, os Açores apresentam números bem melhores que os do Continente e até excelentes em 8 das 9 ilhas: tão bons como os de Macau!

Os partidos da oposição, e muito bem, assumiram, na generalidade, ser cooperantes com o governo nesta luta e não entrar em conflitos que enfraquecessem o objetivo de vencer o SARS-Cov-2. Mas na verdade isto não pode ser complacente com aproveitamentos políticos do partido no poder e é patriótico exigir pudor nos abusos. Em janeiro viu-se bem o que estava a acontecer na China, mas só em março Portugal tentou comprar mais ventiladores e até recomendou o não uso de máscaras: nem havia o suficiente para todos e a linha da frente de combate! Logo, não é correto agora fazer cartazes de aquisições tarde e a más horas de equipamento já em plena batalha, pois deveriam ter sido adquiridos quando se via o que acontecia em Wuhan, até porque as verbas são pagas pelos Portugueses para serem coladas depois ao símbolo do partido no poder e a fotos de propaganda.

É verdade que um dos objetivos nesta luta era evitar a rotura do Serviço Nacional (Regional) de Saúde e com o esforço da maioria dos Portugueses e as medidas que estão a ser impostas isto tem sido conseguido sem falhas evidentes. Pelo menos não tão graves de modo a alguém ter sido rejeitado numa Unidade de Cuidados Intensivos por falta de capacidade ou de equipamentos, por isso, mesmo em estado de emergência, festejemos algumas vitórias e celebremos, como possível a cada um, a festa da Democracia, com toda a verdade e sem censura: Viva a Liberdade de Abril!

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Pelas fotos não desgosto da obra de arte “A Linha do Mar” implantada em Leça da Palmeira. O problema não está em esta valer ou não 300 mil euros, ser bonita ou feia para o cidadão comum e entendível ou não por este.

O problema é que foram dinheiros públicos e há um grupo em Portugal que gere este dinheiro do Povo em coisas que não são aceites pelo cidadão comum quando falta para o essencial a este.

O problema é que existe uma mentalidade no meio de certa esquerda e dos artistas lusos que olha para o Estado como este tendo obrigações de mecenato acima do Povo.

Nunca se deve coartar a criatividade artística mas o artista também deve ter consciência que muitos dos génios da arte viveram foi do mecenato privado e, quando da Igreja e dos Nobres, estes geriam dinheiro privado obtido por meios que felizmente deixaram de ser aceites após a revolução francesa em democracia.

Mesmo com o mecenato que suportava artistas em sociedades em que faltava o essencial ao Povo, muitos génios foram incompreendidos e mesmo com sucesso não ganhavam o mínimo. Mozart, Rembrandt, Caravaggio, Pessoa, etc. não cobraram fortunas ao Estado, nem morreram de bolsos cheios.

Em Portugal há quem se sinta génio, até pode ser, e pense que o Estado tem de sustentar a sua genialidade.

Mesmi assim, não é tolerável o vandalismo sobre qualquer património público ou privado.

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Os cortes aos salários e pensões mais elevadas só foi aceite pelo Tribunal Constitucional como medida transitória que até obrigava Passos a repor se continuasse a governar, mas Costa assumiu a reposição como um mérito pessoal seu ao anunciar as reposições, mas isto não era o fim da austeridade era uma imposição legal, mas ninguém soube denunciar a fraude, nem a direita, talvez porque a velocidade da proposta desta era mais lenta.

Depois das reposições Costa manteve os congelamentos salariais praticamente a todos , a não atualização de vencimentos até já vinha de Sócrates, e é uma forma de manter cortes salariais disfarçados, mas ninguém foi capaz de denunciar a fraude.

Agora ao fim de 10 anos e após uma década de congelamentos e de não progressões eis que Costa propõe aumentos muitos menores para a função pública onde considera apenas o último ano de inflação e o crescimento económico. Toda gente grita que é uma vergonha, e é, mas prova, sobretudo, crescimento anémico ao nível nacional e é a evidência de que a austeridade de Centeno sempre usou os salários da função pública, mas poucos em Portugal têm a coragem de chamar a isto a austeridade desta Governação. Além de ser a prova de que Portugal sempre tem vindo a recuar economicamente dentro da União Europeia apesar do propalado sucesso da Geringonça que apenas deu continuidade à perda de competitividade do nosso País.

No contexto Europeu, Portugal tem continuado sempre a perder para os restantes Estados desde que a troika saiu do nosso País.

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Reconheço que parece ilógico que sendo eleita pelo Livre e por Lisboa Joacine não tivesse considerado a importância que a causa palestiniana tem na história do partido. Assim parece-me estranho a opção da deputada e deve haver outras razões que se desconhecem para aquela abstenção. Pessoais? Não sei.

Agora é muito estranho que num partido tão pequeno toda a discussão nesta questiúncula esteja a ser feita na praça pública, é que pela dimensão do Livre bastava reunirem-se numa sala baterem-se (já sei que são contra a violência e de quererem parecer tão justos e sérios são incapazes de perceberem uma ironia) e depois de derramada a fúria virem todos de mãos dadas mostrar que têm um projeto para Portugal.

E a vida do Livre na AR ainda é uma criança…

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Meu artigo de hoje no diário Incentivo:

QUANDO BOAS CAUSAS DESCAMBAM EM RADICALISMOS

A injustiça de um modelo político que arrumava as pessoas por classes sociais que concentrava os direitos e a riqueza numa minoria privilegiada, enquanto as obrigações e pobreza ia para uma maioria desfavorecida, levou à revolução francesa de que brotou o reconhecimento da qualidade de cidadão a todos os indivíduos com igualdade de direitos e obrigações.

Assim, o reconhecimento de que ao Estado e Instituições Públicas compete assegurar o suficiente o acesso a bens alimentares, aos cuidados de saúde, à formação educacional, à segurança e ao bem-estar condigno para todos é a principal marca da Idade Contemporânea iniciada em 1789 e neste contexto a luta pela justiça social é uma boa causa.

A ciência tem evidenciado que a alteração da composição do ar por emissão excessiva de gases com efeitos estufa na imparável industrialização poluente da humanidade, a extração excessiva de recursos não renováveis e a ocupação selvagem de espaços naturais têm destruído os equilíbrios do ecossistemas e extinto espécies animais e vegetais o que está a levar a uma situação catastrófica à escala planetária. Assim, o apelo à adoção de uma economia limpa e sustentável no consumo dos bens da Terra, colocam os argumentos da defesa do ambiente numa boa causa.

A implantação da democracia em Portugal no 25 de abril de 74 teve como bandeira a conquista da liberdade e como se viera de uma ditadura cheia de proibições uma das ideias que então floresceu é que passara a ser proibido proibir. Assim, sendo a liberdade uma das boas causas da revolução, o proibir proibir tornou-se num dos frutos melhores e mais belos de Abril em Portugal.

Infelizmente uma boa causa suportada em princípios louváveis pode descambar para ideias radicais que destroem o bom-senso e gera novas injustiças e torna essas causas perniciosas. A decisão de proibir a carne de vaca nas cantinas dependentes da Universidade de Coimbra consegue reunir todos os radicalismos maléficos que matam as boas causas, acompanhada da poluição das lutas partidárias e ideológica que deturpam os factos.

É verdade que a agropecuária bovina produz equivalentes de dióxido de carbono, que na Amazónia a sua expansão tem sido feita à custa da destruição da floresta e há uma classe que se serve da atual presidência para acelerar a desmatação deste pulmão do Mundo. Mas no Brasil a guerra ideológica radicalizou-se e as partes em confronto tendem a levar a luta interna a todo o globo para ter aliados externos que contam para vencer o inimigo, não parecem adversários tal o ódio entre eles.

Mas porque é que esta guerra tem de afetar um agricultor Açoriano ou Continental quando a transição para a vaca se fez no País essencialmente com novos usos aos solos que já antes eram cultivados? Como é possível que uma bandeira da justiça, onde a esquerda dizia que o povo também deveria poder pôr carne nas suas mesas e não só as elites ricas, levou a que colocar um bife no prato seja quase um crime para partes da geringonça? Como se transformou o coração da luta estudantil pela liberdade em Portugal numa subserviência a poderes influentes para que se aceite submissamente de novo o proibir, até a carne de vaca dos Açores, em nome da autonomia universitária? Como os políticos e governantes abriram caminho às novas injustiça dos radicais?

Radicalismos que não olham a meios para que as suas crenças sejam impostas a todos com novas injustiças e vítimas cuja ditadura desta irracionalidade silencia muitos. Mas eu protesto!

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Durante décadas em Portugal a luta operária foi controlada por sindicatos que eram braços armados dos principais partidos que compuseram a Assembleia da República a seguir ao 25 de Abril: PCP com a CGTP e o PS e PSD com a UGT.

A CGTP sempre foi a central mais obediente à estratégia do partido de onde saíra e o PCP com décadas de oposição conseguiu que os sindicatos seus filiados tomassem a dianteira na luta na praça pública.

  A UGT não só por ser de origem plural, como por os partidos fundadores terem estado ininterruptamente no poder, ora PS, ora PSD e num momento até os dois em simultâneo, habituou-se mais à negociação de bastidores para as suas conquistas e defesa dos trabalhadores e com menor ruído nas ruas e reivindicações mais ponderadas.

O apoio do PCP ao governo de Costa colocou a CGTP numa situação nova, a de ser menos barulhento, mais negocial e mais ponderado, logicamente esta situação deixou órfãos os grupos, com razão ou não, se mantiveram mais reivindicativos e dispostos à luta, o que deu lugar a novos estilos de greves, como nos enfermeiros, descontentamentos abertos do líder Fernando Nogueira com o seu partido e o surgimento de sindicatos não alinhados como o dos camionistas de mercadorias perigosas.

Até agora tem funcionado para os líderes não alinhados ataques individuais às caras associadas à luta: Ana Rita Cavaco que até era bastonária embora solidária com a sua classe de enfermeiros e Pedro Pardal Henriques. Onde até as autoridades de inspeção, fiscalização do Estado ou ministério público parecem mesmo estar a fazer fretes ao governo para acalmar o surgir desta nova frente de luta operária, deixando dúvidas se estamos perante problemas criminais ou de instrumentalização de meios contra pessoas  incómodas.

Nogueira escapou a esta situação, mas estava ligado ao PCP, mas a desavença entre ele e o partido foi pública e não se sabe se deixará sequelas.

Agora, estamos ainda no início do surgimento deste novos tipos de luta, libertos das máquinas do poder, o cansaço da austeridade da troika ainda rende a Costa neste período de expansão económica, resta perceber como funcionará esta estratégia quando chegar a momentos de crise e de desgaste governativo… suspeito que o sindicalismo nunca mais será o mesmo em Portugal depois da Geringonça e penso que o PCP tem-se suicidado ao desbaratar a única arma que tinha: a luta operária contra os partidos da governação.

Temo que na próxima legislatura assistiremos ao detonar de muito mais descontentamento  que até agora foi controlado ainda pelas forças sindicais partidarizadas e veremos o surgimento de cada vez mais casos de lutas libertas das tutelas habituais e não sei se a tática até agora seguida por Costa continuará a funcionar e a dominar a opinião pública.

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Quando o ministro da Administração Interna apela aos outros para não haver aproveitamento político no caso do kit de proteção aos fogos, não estava precisamente o Governo a fazer aproveitamento político com essas prendas à custa dos nossos impostos?

Ao mesmo tempo o executivo não estava a favorecer uma empresa “amiga” com a seleção destas golas?

Não estava ao governo a colocar pessoas em risco em possíveis campos de incêndio se não se tivesse denunciado que as golas eram inflamáveis?

Quem fez nisto maior aproveitamento? Quem estava a aumentar a vulnerabilidade das pessoas com golas que não se sabia serem inflamáveis com dinheiros públicos ou quem critica tais comportamentos de governantes oportunistas feitos com o dinheiro dos outros?

Irrita-me profundamente a hipocrisia dos que se aproveitam do dinheiro das populações para fazer propaganda mas acusam quem os denunciam como se não fossem os culpados.

 

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A concretização agora de um acordo à esquerda na proposta de lei de bases da saúde, depois do BE ter rejeitado a versão do PS, que levou este a seguir virar-se para o PSD e terminando de novo em desentendimento e voltando-se segunda vez em segredo para a esquerda que fecha com entendimento, mostra bem a capacidade magistral de titereiro de António Costa em usar os partidos na Assembleia da República como marionetas nas suas mãos.

Não sei se o acordo é bom, pois desconheço o seu conteúdo e os subscritores também têm opiniões distintas sobre o que assinaram.

Mas este desfecho mostra mais uma vez que o líder do PS foi capaz nesta legislatura de reduzir os restantes partidos do parlamento a fantoches ao seu serviço. Não sei se um político sobrevive a longo-prazo como prestidigitador, mas que isto mostra engenho e pragmatismo no espírito de sobrevivência de António Costa, lá isso mostra.

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O Primeiro-ministro está imune às cambalhotas que dá, se no caso dos professores foi evidente à oposição como uma mudança de posição pode ser fatal, a verdade é que o Governo já deu várias cambalhotas e nada afeta a sua popularidade, a cambalhota rápida das taxas moderadoras é um exemplo perfeito.

Falar hoje de aumentos salariais aos funcionários depois da querela dos professores é uma contradição, mas no dia seguinte a aprovar as taxas moderadores dizer que não há dinheiro e passar incólume é de facto uma imunidade doentia dada pela sociedade.

Só que  democracia tem disto mesmo, há momentos que se perdoa tudo, até as grandes coisas, depois ocorre um click, o estado de graça esgota-se e nem o pequeno erro é perdoado, mas a velocidade desta inversão da situação conta muito a eficácia da oposição e nisto Costa está cheio de sorte.

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