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Posts Tagged ‘marketing’

Quando o ministro da Administração Interna apela aos outros para não haver aproveitamento político no caso do kit de proteção aos fogos, não estava precisamente o Governo a fazer aproveitamento político com essas prendas à custa dos nossos impostos?

Ao mesmo tempo o executivo não estava a favorecer uma empresa “amiga” com a seleção destas golas?

Não estava ao governo a colocar pessoas em risco em possíveis campos de incêndio se não se tivesse denunciado que as golas eram inflamáveis?

Quem fez nisto maior aproveitamento? Quem estava a aumentar a vulnerabilidade das pessoas com golas que não se sabia serem inflamáveis com dinheiros públicos ou quem critica tais comportamentos de governantes oportunistas feitos com o dinheiro dos outros?

Irrita-me profundamente a hipocrisia dos que se aproveitam do dinheiro das populações para fazer propaganda mas acusam quem os denunciam como se não fossem os culpados.

 

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Tanta publicidade do Governo dos Açores ao seu novo regime de pré-reformas publicado esta semana, mas parece-me um bluff total dizer que oferece condições favoráveis… talvez para alguns muito poucos.
Grandes cortes no vencimento, mas sem abatimento nas contribuições obrigatórias a pagar, o que dá um rombo astronómico e sem se suavizar em função dos anos de carreira nem com o avançar da idade entre os 55 e os 65 anos…
Uma coisa o Vice-Presidente parece-me que tinha razão: isto não deve custar nada ao erário regional, pois praticamente ninguém de bom-senso deverá aderir depois de fazer as contas… exceto se tiver já um segundo emprego… e quem são estes? Os do costume.

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Foram muitas as declarações públicas do Governo que encheram muito jornais, rádios e televisões sobre o fim das penalizações para certas reformas antecipadas de pessoas com longas carreiras contributivas, no fim nem deve atingir as duas mil pessoas que beneficiam de tal lei cujo princípio é justo. Numa coisa a governação de António Costa é excelente: propaganda.

Substituir o corte nas despesas públicas por cativações para se dizer que se virou a página da austeridade e não assumir que muito do que agora se consegue deve-se ao facto de António Costa ter recebido um País com as contas em melhor saúde financeira do que aquela que o PS legou ao executivo anterior são outros exemplos onde a estratégia comunicacional do atual executivo foi brilhante.

Tal não quer dizer que tudo é mau, também há méritos da atual governação, mas a propaganda é onde António Costa é mesmo brilhante.

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Meu artigo de hoje no diário Incentivo:

A LIÇÃO DE COSTA A PASSOS

Ao ouvir as propostas para o Orçamento de Estado de 2018 apresentadas pelo Ministro das Finanças vejo que já não há pudor em se dizer que os congelamentos de carreiras na função pública vêm desde o ano de 2010, ou seja do tempo do PS. Percebi que neste mandato se reduziu a sobretaxa aos vencimentos progressivamente como propunha a coligação Portugal à Frente nas últimas legislativas. Compreendi que se vai reduzir o IRS mas em contrapartida aumentam-se outros impostos por razões de saúde (produtos ricos sal ou açúcar e bebidas alcoólicas exceto o vinho) mas também sobe o selo dos carros. Mantém-se a estratégia de chamar rigor à austeridade. Assim até parece que vamos ter mais dinheiro disponível no fim do mês só que na prática não e é esta a conclusão final.

Pode parecer que fiz um crítica de desagrado relativamente ao próximo Orçamento de Estado, mas nada disso. Concordo na generalidade com o acima exposto, pois o Governo apenas está a ser realista na gestão dos dinheiros públicos. Agora o PS já não propõe o crescimento do PIB nacional através do consumo como dizia antes e sorridente até o Ministro das Finanças refere que este aumento é suportado, sobretudo, pelas exportações, isto tal como era defendido pelo anterior executivo.

Igualmente o Ministro assume o corte das despesas intermédias do Estado e impõem cativações nos gastos, algo que os atuais governantes e seus apoiantes eram totalmente contra até 2015 e lembro-me bem quanto a oposição lutava na rua o que agora no suporte ao poder acata e até implementa.

Pode-se até dizer que há aumentos extraordinários nas baixíssimas pensões de muitos Portugueses, mas o desbloqueio destas já vinha de trás e, além disto, é preciso não esquecer quanto o Estado tira logo com a outra mão aos pensionistas até nas simples bolachas de água e sal que muitos destes comem como alternativa a não ter tempo nem paciência para cozinhar uma refeição sozinhos com o novo imposto sobre vários alimentos prontos a comer.

Eu já sabia que os juros da dívida pública tinham uma grande importância nas despesas do Estado, estes quando baixam têm um impacte enorme na redução do défice orçamental… mas, curiosamente, foi também através dos esclarecimentos do Ministro das Finanças que me apercebi agora que após o anúncio da retirada da categoria de lixo da dívida pública portuguesa pela Standard & Poor’s que os juros voltaram a ser tão baixos quanto já haviam sido no mandato do anterior Governo quando da saída limpa e do regresso aos mercados. Um sinal que em termos de sucessos houve recuos nestes dois últimos anos e ninguém o denunciara convenientemente.

Assim vários dos elogios à atual governação tem mais de emocional que diferenças face ao proposto pelo anterior executivo após a saída limpa. As emoções são de facto tão importantes para as finanças públicas quanto a empatia da população a um dado político e às suas ideias. Isto é algo que há muito me apercebera e foi reconhecido de tal modo agora que até levou à atribuição do prémio Nobel da economia deste ano. Assim, após uma crise política, medidas semelhantes ditas de modo simpático por um governo em estado de graça podem ser melhor aceites do que medidas semelhantes implementadas por políticos desgastados e a prova está aí. Claro que o modo de defesa das mesmas pela comunicação social também pode ajudar.

Efetivamente, a facilidade de gestão de uma crise e da imagem de um governo depende muitas vezes mais do modo como os políticos dizem e apresentam as medidas de austeridade para estas serem acolhidas e aceites pela população face às implicações dos sacrifícios impostos ou do saber disfarçar a não libertação do efeitos práticos desse rigor na maioria dos cidadãos em si e esta arte de anunciar colocando-os de forma que até parece populista e usando outras palavrar para o bom-senso que antes de se chegar ao poder se recusava é a grande lição de estratégia comunicacional que António Costa deu a Passos Coelho.

Muitas vezes mais vale como se diz do que o aquilo que se disse mesmo.

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Foi com a tentativa de pôr os trabalhadores a pagar mais descendo o contributo da TSU dos empregadores que Passos chocou os Portugueses, agora no tempo de Costa o acordo da Concertação Social tem muito de semelhante: o menor aumento possível do salário mínimo nacional diminuindo o encargo das empresas, ou seja, de novo colocando os cidadãos com os seus impostos a pagar o crescimento do preço do trabalho de quem já ganha tão pouco.

Pode-se contestar que não é bem igual, na forma de facto não é, na essência é o mesmo, mas o marketing agora é melhor. Agora tira-se de uns empregados para dar a outros e quem emprega beneficia disso, antes tirava-se de uns sem se dar a ninguém e o empregador ficava beneficiado, para a grande maioria das pessoas vai dar no mesmo prejuízo e quem ganha são sobretudo os mesmos novamente.

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Ontem considerei uma boa notícia o Governo ter adiantado o pagamento da dívida ao FMI de 2 mil milhões de euros, mas hoje já sou apanhado com a informação que acaba de pedir mais um empréstimo de 700 milhões a juros mais altos que os do passado. Bem sei que os juros ao FMI eram mais elevados que os atuais do mercado, pelo que há alguma uma poupança, mas a festa em torno do anúncio do adiantamento foi maior que a poupança real.

Isto torna cada vez mais evidente que este executivo é muito bom em empolar a propaganda dos resultados positivos, apesar de também reconhecer estar ter alguns sucessos e isto é bom para Portugal, só que também é perito em abafar o abaixamento das perspetivas quando os sucessos bons estão muito aquém do anunciado há um ano atrás.

Igualmente ontem foi evidente a propaganda mal cozinhada, enquanto o Primeiro-ministro em discurso oficial para o grupo parlamentar do seu partido falava de uma poupança na ordem do 40 milhões de euros com o adiantamento, o Secretário de Estado do Tesouro, em pergunta direta dos jornalistas, não ensaiada e para a generalidade dos Portugueses, já falava em 80 milhões.Um novo sinal de que isto de contas em anúncios do Governo para a população são mais fruto do momento do que de contabilidades tecnicamente bem calculadas e em paralelo a isto houve o adiamento da ajuda à Caixa Geral de Depósito e o novo empréstimo.

É verdade que já estive mais preocupado com o futuro do País com esta governação, mas não embarco ainda que estamos a perante um caso de pleno sucesso da atual governação, apesar de esse resultado ser o que todos deveremos desejar para Portugal.

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A entrevista de ontem de Sócrates mostrou que a sua estratégia eleitoral não irá mudar, mesmo após a aprovação dos PEC I, II e III, onde sempre garantia ser o último pois resolvia as necessidades para enfrentar a crise. Agora, após o chumbo do PEC IV e a demonstração de que Portugal está praticamente falido, persiste que os males do País teriam ficado definitivamente resolvidos com a aprovação deste e não haveria mais nenhum de seguida.

Na realidade todas os portugueses conscientes sabem que está a mentir, mas tendo em conta a experiência, a perspicácia e a capacidade de  sobrevivência de Sócrates, este só está a faltar à verdade porque conhece bem o eleitorado nacional e sabe que muita gente prefere ir atrás da mentira que lhe agrada do que seguir a realidade que lhe tortura. É que agarrar-se a uma ilusão também é uma forma de esperança e, nesta hora difícil, o Povo necessita desta como do pão para a boca.

Assim, assistiremos até Junho ao desenrolar de um drama entre a venda de sonhos e a busca da realidade e com um resultado eleitoral imprevisível, pois em crise a força da verdade assusta e fragiliza quem a defende, enquanto a mentira acalma e fortalece quem a usa. Sócrates sabe que mesmo mentido, a esperança que vende rende-lhe politicamente muitos votos de pessoas desesperadas e isso dá-lhe força.

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Será que é coincidência que a notícia de mais um descarrilamento das contas do Estado referentes a 2010 saíram precisamente a meio de um fim-de-semana prolongado, com as maiores festividades do cristianismo e grande parte dos cidadão nacionais em mini-férias?

Apesar da crise, enquanto Sócrates está de férias num hotel de ricos no Algarve, como que para disfarçar a situação nacional, a troika está a trabalhar em Lisboa e o mau tempo permitiu a muitos Portugueses ficarem em casa e verem mais este descalabro das contas do ano passado, cujo défice já vai em 9.1% do PIB.

Ao menos sabemos agora que o INE também trabalha ao sábado, desde que seja para lançar más notícias, porque as boas vêm desenraizadas ao longo da semana e divulgadas pelos membros do governo que pedem para não se exigir a divulgação de toda a realidade financeira para não prejudicar Portugal… quanto mais estará ainda escondido até Junho?

Pois, independentemente do partido que vencer, a verdade vem sempre ao de cima…

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Este incidente mostrou mais aos Portugueses sobre quem é José Sócrates do que todas as críticas ao atual Primeiro-ministro. Vimos o homem sem máscara e sem se saber observado a ensaiar o pesar sobre a situação em Portugal.

No momento mais humilhante do País nos últimos 25 anos, Sócrates ainda tem cabeça fria para pensar no posicionamento do rosto, das mãos e dos olhos para transmitir a mensagem que quer! Um ator que pergunta como representar o pesar é porque não o sente de verdade.
Para Sócrates o marketing está em primeiro lugar, mesmo num momento tão triste. Um líder de um Povo que precisa de ensaiar o pesar no momento tão mau para a sua nação, não é apenas um perigo para o País, é uma ameaça para a Humanidade.

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