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Posts Tagged ‘União Europeia’

Não temo a comparticipação da U. Europeia, preocupa-me é quem assume a outra parte. Agora todos dizem que seja o outro: a Região que seja o Estado; para este é uma questão regional, logo os Açores; a esquerda, como a gestão é privada, que seja a ANA/Vinci; a direita que os custos não compensam a empresa que seja o Estado/Região. Ninguém fala de um contributo nacional de todos, certo é que, no fim, o Faial lixa-se sempre.

Estou convicto que neste diferendo sobre quem paga, a União Europeia, seja no que for em termos de investimentos, é a que ao longo das últimas décadas menos tem fugido a contribuir com fundos para o que é que seja. São sim os políticos nacionais, regionais e locais que, por norma, fogem às suas responsabilidades financeiras nos projetos reivindicados pelas populações.

Na questão do aeroporto da Horta ao longo de décadas apenas assisti ao atirar culpas para a outra parte, tanto seja ideológica, autárquica, regional ou nacional sem nunca uma única ter arregaçado as mangas e avançado com a obra por sua iniciativa, conta e risco.

Assim, não se vai lá!

O problema não está na comparticipação europeia.

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Neste post evidenciara semelhanças entre Centeno e Maria Luís Albuquerque (talvez escândalo para quem não gosta desta verdade e dos sindicatos que engoliram as cativações que são cortes no setor público) O atual apoio de Merkel à candidatura de Centeno ao eurogrupo só reforça o que disse. Se vier a presidir, enquanto por cá as coisas correrem bem, ótimo! Se não: então Costa deixará de poder atirar culpas a eventuais exigências de Bruxelas.

Na Europa, quando Portugal conquistou um posto de maior visibilidade política, a governação por cá entrou em declínio: Durão para Bruxelas permitiu o descalabro de Santana e depois o desastre de Sócrates.

Agora veremos como acontecerá se Centeno tiver de defender o euro enquanto por cá as antipatias monetárias do BE e da CDU são contra a mesma moeda e tiverem de ser solidários com o governo.

Talvez para Centeno não seja uma má aposta, quiçá um seguro em caso de uma crise económica ou uma dificuldade financeira em Portugal, mas suspeito que resulte num risco futuro muito elevado para Costa.

Assumo que desejo boa sorte sobretudo para Portugal…

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O Reino Unido votou no Brexit porque não estava disposto aos sacrifícios que a União Europeia necessita para coexistir, apesar das muitas críticas de falta de solidariedade dentro desta. A Primeira-ministra do RU convoca eleições para reforçar o poder negocial do país no Brexit, ela que fora contra, mas os britânicos curiosamente dão num voto que enfraquece a sua capacidade negocial e pode gerar uma crise económica na ilha. São mesmo estranhos estes ingleses que pensam como se fossem os maiores do mundo e começaram a dar tiros nos seus próprio pés sucessivamente.

Curiosamente, muitos dos que se congratularam com o Brexit do lado lusitano faziam-no porque queriam enfraquecer a UE, numa linguagem onde tanto querem a solidariedade europeia para nos ajudarem como querem colocar os pés fora da União, mas já comecei a ver congratulações nestes por o Reino Unido ficar mais fraco com o resultado eleitoral que as projeções estão a dar.

Não é o mundo que está louco, é apenas a visão eleitoralista dos partidos e das ideologias a curto-prazo que nesta continua contradição para ganhos imediatos envenena também a democracia a longo-prazo. Efetivamente votar no brexit e a seguir votar no enfraquecimento negocial deste é mesmo de uma incoerência a toda a prova.

Portugal, há muito, e o Reino Unido nos últimos tempos têm levado esta incoerência aos píncaros da democracia, as consequências veremos no futuro. Para já penso que esta noite a UE deve estar intrigada, mas a rir-se do comportamento dos lordes ingleses com este tiro no pé.

 

 

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Apesar do candidato mais votado na primeiro volta ser de centro, penso que, tal como eu, mais liberal na economia e mais de esquerda nos costumes, o chocante foi ver que as duas pessoas com discursos extremos, de esquerda ou direita, obterem mais 40% dos votos, partilhando a ideia de desconfiar do euro e da União Europeia. Pelo crescimento desta tendência, por um lado ou outro, num futuro mais ou menos próximos podemos assistir a um “frexit“.

Tristemente os motivos da extrema esquerda ou direita são nacionalistas de não solidariedade, pois tanto um diz que se é contra a UE por não querer submeter-se a diretivas de integração dos estados europeus como o outro porque não quer gastar dinheiro para ajudar povos estrangeiros: o resultado é o mesmo – egoísmo nacionalista.

Se o centro não for capaz de procurar um caminho mais justo para os povos que governa abre-se de facto a porta a alternativas ainda mais sombrias em termos humanitários.

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Apesar do impacte socioeconómico e político negativo que o Brexit pode ter para a União Europeia e Reino Unido, talvez o maior problema que o Continente enfrentou tenha mesmo sido deixar o euroceticismo inglês minar a confiança do projeto europeu. A UE cometeu erros nas suas relações inter-Estados e nem sempre foi solidária, mas quem mais que a Inglaterra dificultou o comprometimento entre os Estados desta união em construção, quando ainda os valores da solidariedade dominavam sobre os meros interesses económicos?

Saber transformar o Brexit numa oportunidade de reforço da solidariedade entre os Países que optam por ficar na União é sem dúvida o maior desafio que presentemente a UE enfrenta.

Veremos assim se ainda é possível à União aproveitar o momento de saída do eurocético-mor, aquele mais dificultou a integração dos Estados, para reformular-se e ser capaz de levar para primeiro plano os valores políticos que estiveram na sua origem ou se vai deixar que os interesses rapaces de curto-prazo dos maiores detentores capital destruam definitivamente o projeto do tratado de Roma.

Um possível calendário dos próximos passos deste divórcio é exposto aqui no jornal Economia Online. Neste momento começou um jogo  crucial para o futuro da Europa, votos para uma vitória dos valores altruístas sobre o egoísmo separatista.

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Na política a fama muitas vezes é ultrapassada pela realidade, a verdade nua e crua é que enquanto se acusa a Alemanha de egoísmo personificado na gestão de Merkel, é o Reino Unido quem pratica a política mais fortemente nacionalista  e financeiramente egoísta.

O acordo com o governo de Sua Majestade mais não é que a cedência a um País política e economicamente forte como o Reino Unido para que este possa ser menos solidário para com os outros Estados, para que este possa reduzir os direitos dos imigrantes europeus que aquele acolhe deixando estes mais desprotegidos e com maior risco de pobreza, apesar de contribuírem significativamente para a riqueza da Grã-Bretanha e a prestação de serviços básicos aos subditos.

Um suma, o acordo para evitar o brexit mais não é que uma vitória das chantagens dos egoísmos nacionalistas daquele povo ilhéu arrogante perante a solidariedade que esteve no início da construção da União Europeia, por outras palavras, está-se a celebrar a oferta aos europeus de um cavalo de Tróia inglês para uma tréguas de curto prazo e a destruição dos alicerces solidários que começou com a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e ainda o Reino Unido pode levar a referendo a questão da permanência na União Europeia caso considere suficientemente atendidos os seus egoísmos nacionalistas…

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Quem tem acompanhado ao longo dos anos os vários planos e orçamentos municipais da Horta uma coisa já aprendeu: mudam-se os tempos que o essencial no conteúdo e nas obras previstas nos planos da Câmara mantém-se essencialmente os mesmos.

Há anos, nalguns casos mesmo décadas, que estes planos e orçamentos se concentram em repetir como prioridades: o saneamento básico, o mercado municipal, a reabilitação de estradas, a reabilitação da rede de águas, o ordenamento da cidade e freguesias como PDM e PP’s e a frente mar; sem que se veja concluir ou avançar de modo significativo estes aspetos.

Entretanto, como acontece este ano de 2015, que coincide com o início de um novo Quadro Comunitário de Apoios ou, mais corretamente chamado, Programa Operacional, o que se vê é que os objetivos e prioridades dos financiamentos europeus vão evoluindo e o Município lamenta-se que as verbas habituais contidas nos Quadros Comunitários antigos para a tipologia dos seus projetos habituais vão desaparecendo.

Assim, para 2016, o Presidente da Câmara lamenta-se de já não estarem previstos pela Europa fundos para as obras que entretanto por cá se foram arrastando, sem se fazer, nem concluir, enquanto a União Europeia aponta já outros caminhos de investimento.

O problema não está em Bruxelas, infelizmente o problema está cá, foi aqui que nunca se executaram a tempo as obras anunciadas quando a Europa tinha verbas abertas para elas. Foi a Horta que não evoluiu, mas a União Europeia avançou e continua a avançar. Foi o Município da Horta que estagnou no tempo e continua a deixar-se ultrapassar pela propostas de evolução dos objetivos e daí o desfasamento entre as propostas do plano e orçamento para 2016 da Câmara da Horta e o destino dos fundos do Programa Operacional Europeu para se investir até 2020.

O maior problema é que não vejo vontade de a Câmara corrigir este tradicional vício que se tem arrastado no tempo.

 

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A minha perspetiva de mais cedo ou tarde a Europa tentar fechar a porta à emigração de jovens portugueses licenciados começa a dar os primeiros sinais de concretização e a Ministra do Interior do Reino Unido já está a levantar a questão, para já ainda de mansinho… depois, temo que o cerco será ainda pior.

Efetivamente, nos últimos tempos devido à crise nacional os recém-licenciados têm mais frequentemente rumado para outros Estados da União Europeia em busca de emprego e de melhores condições de vida: a livre circulação de pessoas entre estes Países tem ajudado também e as infelizes palavras de Passos Coelho no início da licenciatura deu outro estímulo a esta sangria nacional.

Contudo, apesar de se tentar culpar quase apenas as políticas do governo nacional por esta fuga de jovens licenciados, a verdade é que os Países mais ricos também a favoreceram com falta de solidariedade financeira e vindo procurar e buscar a Portugal pessoas ainda em formação para cobrir as suas carências. Assim esta Lusitânia sofre uma dupla sangria desta geração por duas vias: uma pelas dificuldades internas ampliada pela falta de solidariedade financeira europeia e a outra pelo aliciamento dos mesmos Estados ricos que nos deixa ainda mais pobres por investirmos em formação que depois é aproveitada por quem nos obriga a seguir a austeridade.

Cedo perspetivei que esta porta começaria a fechar-se, pois mais cedo ou tarde esta migração de sentido único iria não só saturar os mercados de emprego no destino, como os lusitanos (provavelmente outros vindos do leste e do sul do velho continente) entrariam em concorrência com os autóctones dos atuais Estados recetores desta geração.

Assim temo que depois da falta de solidariedade financeira, virá também a falta de solidariedade social da Europa. Os Países do sul que fiquem com a dívida e a austeridade imposta pela UE e também com os desempregados devido ao fecho de portas. É que todos os povos Europeus se consideram solidários, mas só até ao momento em que estão a beneficiar com a solidariedade e quanto mais ricos são mais disponíveis para o egoísmo estão!per

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Disputar a democracia – a política para tempos de crise” de Pablo Eglesias, que acabei de ler para conhecer melhor as ideias desta ala de esquerda radical europeia, é essencialmente um livro de denúncia do sistema politicofinanceiro atual pelo modo como o autor e Secretário-Geral do partido “Podemos” espanhol vê e conta a história do seu País, da Europa e do Ocidente desde o final do século XIX e a exposição da sua estratégia para conquistar o poder aos homens da finança e dos partidos tradicionais designados por ele como  “a casta”.

Apesar de concordar com o autor de que o poder da finança impôs-se internacionalmente e tornou a política numa fonte de injustiças, de desrespeito dos cidadãos como pessoas e dos próprios Estados como Países soberanos, não vejo esta situação como resultado de uma cabala global organizada pelas elites tradicionais do poder contra o povo iniciada no século XIX e que a mudança implica uma disputa em luta de classes que leve à derrota de uma minoria vergada sob o povo como se deduz da obra.

Para mim é claro que esta perspetiva é fruto das injustiças do sistema atual que está a esmagar muitos inocentes e urge mudar. Só que para Pablo Eglesias nesta luta de um lado todos são maus, muito maus mesmo, e do outro só há bons, não há erros, nem vícios, nem oportunistas, apenas vítimas inocentes. Mais chocado fico quando para demonstrar a sua visão por vezes se contradiga, reveja a história, dê como exemplos como se tudo esteja a ser um sucesso na América Latina ideologicamante próxima e branqueie Estaline selecionando exemplos como se este não fosse de facto um ditador.

Conclui que a proposta de Pablo Iglesias pode ser uma utopia e vende devido ao desumanismo e injustiça da política atual. Radica no marximo e estalinismo duro, é estrategicamente inteligente por vestir-se de forma atraente e fazer a guerra sem armas bélicas, mas é uma disputa ao sistema capitalista ocidental e por isto não vejo compatibilidade, que alguns dizem ser viável, que possa ser partilhada democraticamente numa mesma união monetária como a eurozona, pois, de facto, tem por fim a destruição do modelo e não a cooperação para o melhorar por dentro, só eles são democratas. Recomendo a leitura da obra a todos que vão mais no sonho do que no conhecimento das ideias do Podemos, do Syriza e talvez do BE e do Livre.

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Nesta guerra não acredito em bons e maus, ambos os lados são ambiciosos e a vítima até agora foram os ucranianos que se viram vítimas da exaltação nacionalista nos seus territórios de população com maioria de expressão russa e os passageiros do avião da Air Malaysia.

Contudo é evidente que o ocidente se habituou a manipular estados nas últimas décadas a favor dos seus interesses com recurso à influência política e com dinheiro e a Rússia preserva ainda uma tendência muito mais de recurso à força por ser muito maior que quase todos os seus vizinhos exceto China e Índia.

Por enquanto a guerra fora da Ucrânia para controlo deste país tem se feito sobretudo com armas económicas e piropos políticos, agora mais um tiro de sanções foi disparado como retaliação do lado russo… será que ficará por aqui? É que no horizonte já pairam alertas/boatos de movimentações de soldados na fronteira ocidental da Rússia. Entretidos com isto e o Ébola vai se expandindo e a OMS declara emergência mundial pois a humanidade está a perder o controlo desta outra frente.

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