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Posts Tagged ‘Rui Rio’

Segundo dados do Público de hoje, só em julho morreram em Portugal mais 2137 pessoas do que no mesmo mês do ano passado e o Covid-19 só justifica 1,5% deste excedente.

O Governo, sem a fiscalização da oposição, limita-se a dizer que foi do calor, a verdade é que o número de mortes anormalmente alto já vinha dos meses mais frios e durante os quais nunca a oposição apertou os calos ao Executivo para perceber porque os Portugueses sem Covid estavam a morrer tanto sem se perceber o porquê.

A verdade é que nos últimos tempos, mesmo se descontarmos as mortes por Covid-19, o número de mortos em Portugal subiu excessivamente, são mais do que as próprias mortes provocadas pelo SARS-Cov2 e ninguém da oposição cumpriu eficazmente o seu papel de fiscalizar o Governo nesta matéria.

Quantas pessoas desta mortandade em Portugal nos últimos meses estariam hoje vivas se Rui Rio tivesse cumprido o seu papel de fiscalizar o Governo como líder da oposição estando atento ao muito que havia para fiscalizar desde o início da da pandemia neste País? Nunca o saberemos penso eu, mas suspeito que muitas.

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Rui Rio deixou o repto de o PS aprovar a cláusula de salvaguarda que estava na base da sua aprovação da contagem total do tempo congelado da carreira dos professores e que este chumbou para servir ao golpe de teatro de ameaça de demissão de António Costa.

Mário Nogueira apelou que os restantes partidos da geringonça deixassem contra a sua vontade passar esta cláusula para assegurar a aprovação da contagem de tempo nas condições do PSD.

Se o PS votar contra a cláusula mas a CDU não se opuser eis que a mesma passa à revelia de Costa, a dúvida é como o PSD agirá neste cenário.

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Rio não tem sabido ser opositor a António Costa e para o ser não precisava de ter um discurso neoliberal ou longe do centro esquerda ou direita que defendia para o PSD, havia muito a desmontar na bem organizada propaganda do Governo. Também não tem sabido liderar o partido e aqui é sempre difícil, pois as tendências hibernam quando não convém dar a cara, mas acordam quando oportuno aos seus interesses e com Rio nunca pareceu conveniente resguardarem-se.

Para mim, mais que uma discordância ideológica assumidamente vinda da direita do PSD, até porque esta revolta, ao contrário da de Costa em 2015, esta alternativa não se assume como sendo capaz de sair vencedora nas próximas legislativas, assim o que está por detrás da motivação do avanço de Montenegro neste momento são duas coisas:

  • 1. a necessidade de assegurar as recandidaturas dos deputados passistas no Parlamento, pois como adversários internos a Rio correm o verdadeiro risco de não serem recandidatos por opção do líder, perdendo o que popularmente é chamado de tacho;
  • 2. a necessidade de Montenegro manter fieis os seus atuais apoiantes em torno de si, pois depois das próximas legislativas sem palco no Parlamento e sem cargo à custa da política havia o risco de se afastarem ou de se dispersarem para outros potenciais candidatos como Pedro Duarte que estava a fazer um trabalho de fundo e ainda não está pronto, entre outros, até porque os santanistas já foram para a Aliança e são cavaleiros perdidos para o exército de Montenegro que foi chefe-maior quando PSL se candidatou contra Rio.

Temos assim uma luta política pura e dura digna de House of Cards…

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Bancada do PSD, certos militantes de renome, comentadores e articulistas discutem opiniões sobre a estratégia de Rui Rio abrir o partido a negociar  questões de fundo com Costa e seu Governo: uns dizem que beneficia o PS, outros que prejudica o PSD, outros que fortalece o CDS e outros que ajuda a extrema-esquerda. O que toda esta gente não fala é se tal é bom para Portugal ou para os Portugueses, ou seja, desinteressam-se da única coisa que importa em política, servir as Pessoas e o Pais.

A única coisa que de facto me motivou intervir na política foi o serviço às Pessoas, à minha Terra e o futuro do meus País, claro que com as minhas ideias e visões da sociedade. Só que para toda esta máquina que enche a comunicação social parece que apenas importa o confronto politiqueiro, mostrando a todos uma democracia e partidos doentes que assustam pelo grau com que desprezam a defesa dos cidadãos que deveria o cerne dos seus debates e por isso, à exceção das questões locais, a política cada vez me desilude mais

 

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Tenho-me interrogado porque só agora, a um ou a menos de um ano do final do mandato Governo e quando a possibilidade de Passos Coelho vencer as próximas eleições são quase nulas, este começou a ser atacado a sério ao nível da sua honestidade pessoal em termos tais que pode levar de facto ao seu pedido de demissão. Só que quanto mais reflito, chego sempre à dedução que este escândalo interessa mais a gente do PSD do que a qualquer outro partido.

O PS, na sua guerrilha autofágica das primárias, conseguiu juntar à insegurança de Seguro a destruição da crença de um Costa com ideias e salvador da pátria. Este provavelmente será o candidato a Primeiro-ministro, mas assume ainda não ter o seu programa de governo preparado, saiu muito chamuscado do confronto e precisa de tempo para se reabilitar.

À  exceção da CDU que não quer ser bengala de governo liderados por outros, os partidos menores estão numa fase de guerrilha e de criação de novas tendências que precisam de tempo para terem força e organização para se apresentarem a eleições e credibilizarem os seus líderes, o que é incompatível com eleições para já.

Só que o PSD, mesmo no poder, nos últimos anos viu os opositores de Passos organizados e disponíveis a destruir o atual Primeiro-ministro, por isso estão prontos para um congresso extraordinário e até surgiram potenciais messias, o mais forte é Rui Rio, de modo a eleger um novo presidente do partido não comprometido com a era Sócrates, nem com o atual Governo. Provavelmente não teria condições de ganhar eleições antecipadas, mas a demissão do Primeiro-ministro dar-lhes-ia logo duas coisas: a esperança de um resultado melhor que o do castigo de Coelho e a entrada direta em São Bento com maior capacidade negocial.

O CDS ou libertar-se-ia desta coligação pouco querida do povo e arriscar-se-ia a ver Portas trucidado se fosse a votos a só, por ser uma das caras do governo, ou negociaria a enfraquecido com um novo líder do PSD, que se for Rui Rio até foi valorizado pelo PS e pela comunicação social para enfraquecer Passos.

Não sei se de facto se este novo ataque a Passos foi assim tão maquiavélico ou se foi algum jornalista que na sua investigação permitiu ingenuamente que um dos potenciais beneficiados do escândalo neste momento possa ser o próprio PSD, sei que em qualquer hipótese não me parece que Portugal saia fortalecido disto tudo.

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