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Meu artigo de 30 de junho no diário incentivo:

HORTA ABERTA AO MUNDO E PARABÉNS À CIDADE

No tempo que parece o da duração de um relâmpago concluiu-se o mês de junho, não se deu pelo Santo António, o São João não foi à Estrada da Caldeira e nem o São Pedro desceu a vários portinhos do Faial. Só a pandemia é que se eterniza a ameaçar o mundo à nossa volta, insiste em não passar rápido e a humanidade anseia por uma cura efetiva que elimine o seu carácter mortal.

A nossa ilha, felizmente, já tem a sua marina aberta e o nosso aeroporto também retomou as suas ligações diretas ao Continente. Só que, para azar nosso, esta retoma coincidiu precisamente com um novo surto do SARS-Cov2 na região de Lisboa, o qual tristemente já remeteu o nosso País para o segundo pior lugar entre os Estados da União Europeia no que se refere ao aparecimento de novos casos de contágio por milhão de habitantes, mais grave que nós agora só mesmo a Suécia.

Infelizmente, isto aconteceu logo a seguir aos nossos Governantes terem, por interesse político, promovido a ideia de que o pior já passara e éramos dos melhores na Europa. Até foram a espetáculos com milhares pessoas em recinto fechado. Agora, tanto o Primeiro-ministro como o Presidente da República, têm o desplante de acusar de irresponsabilidade simples jovens que depois disso fizeram festas com centenas de participantes. Quem foi que começou por dar o mau exemplo?

Como de costume, os Governantes, quando as coisas correm bem, elogiam-nos enquanto chamam a si louros do sucesso, mas se por erros deles isto dá para o torto começam logo a acusar o Povo.

Embora os Açores tenham implementado uma estratégia de controlo de potenciais contaminados com o SARS-Cov2 para as pessoas que entrem na Região, infelizmente este método não é completamente eficaz, não só pela possibilidade de poderem ocorrer falsos negativos devido a uma contaminação ainda muito recente do infetado, como alguns com teste feito no Continente puderem contaminar-se logo a seguir no aeroporto, situado mesmo junto às freguesias de maior risco de contágio em Portugal, ou no avião. Por isso compreendo os novos alertas lançados há uma semana pela Unidade de Saúde da Ilha do Faial, pois agora o perigo dos Faialenses serem apanhados pelo Covid-19 é bem mais elevado do que desde abril último até ao passado dia de São João.

A demonstrar este risco já houve a situação de apenas numa segunda análise de um visitante a São Miguel este ter dado positivo e quando o alerta saiu o mesmo já nem se encontrava naquela ilha: o que desencadeou uma busca de potenciais contactos suspeitos, felizmente parecem ter escaparam ilesos… mas pode não ser sempre assim e no futuro pode acontecer ao contrário aqui no Faial.

Infelizmente, agora que o risco subiu passei a sentir aqui no Faial um maior relaxamento e vi a maior contestação em Faialenses à tomada de medidas de precaução para evitar o contágio. Certo que eram pessoas de idade com menor risco de desenvolverem sintomas graves da doença, mas não só contactavam com outros que eram próximos de idosos, como com visitantes. Cada vez tenho mais a ideia de que no desconfinamento muitas das medidas foram demasiado transversais e pouco específicas para proteger os mais velhos e os seus contactos próximos. Não é por certos Serviços Públicos terem atendimento exclusivo a idosos entre as 9 e as 11 horas que eles ficam mais protegidos, o vírus não é um noctívago que fica na cama até tarde durante a manhã: contamina a qualquer hora. Neste surto, Lisboa pode exportar contágios e atingir idosos em várias regiões.

Nesta semana a Horta fará 187 anos como cidade, não haverá também a habitual festa do mercado, apesar deste agora estar renovado e ser um espaço convidativo para passar umas horas numa noite de verão, nem haverá outras celebrações oficiais comemorativas que reúnam muita gente, mas ficam aqui os meus Parabéns para esta cidade da Horta onde trabalho e ao seu concelho onde decidi viver por amor a esta Terra das minhas raízes e onde tive a oportunidade de trabalhar. Faço votos para que a Horta tenha um futuro brilhante e os seus filhos possam continuar a ter orgulho nesta Ilha e ainda encontrem a oportunidade de cá se empregar, viver e de serem Felizes.

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Meu artigo publicado a 22 de outubro 2019 no diário Incentivo, que por ausente em férias só agora é transposto para o presente blogue:

SEGURANÇA DAS CRIANÇAS E RESAS NO AEROPORTO

Já não é a primeira vez que denuncio publicamente que no outono e inverno aqui no Faial, precisamente quando os estudantes se dirigem a pé para os autocarros escolares ou diretamente para estabelecimentos de ensino e apesar de ainda estar de noite a iluminação pública se apaga e deixa os nossos caminhos dentro das zonas urbanas, sobretudo das freguesias rurais, mas também citadinas, às escuras.

É muito estranho que ainda de madrugada escura e na hora de maior movimento de peões de pouca idade pelas ruas, nas estações que sobrepõem o ano letivo e as piores condições meteorológicas para a visibilidade dos condutores de viaturas, a que acresce os faróis acesos dos carros que ofuscam e escondem as pessoas que andam pelos caminhos a pé e ficam na sombra ou em contraluz, a iluminação vinda de cima, que tornaria as nossas crianças visíveis, seja apagada.

Até ao momento não tive eco de nenhuma autoridade ou associação de cidadãos do Faial a dar atenção a este assunto, apesar de colocar em risco a segurança física de muitas crianças do concelho da Horta, eu mesmo já vi situações assustadoras com condutores cuidadosos.

Presumo que com a próxima mudança de hora durante uma semana ou duas este problema se esbata, mas para meados de novembro volta em força se não for resolvido por quem de direito, pois o nascer do sol será cada vez mais tardio e a hora da escola e da circulação das crianças para os estabelecimentos de ensino manter-se-á a mesma.

Contudo, quem por volta das 7 horas e meia da manhã olha para o concelho da Madalena a partir do Faial verá por ali todas as ruas urbanas iluminadas, enquanto estranhamente percorrerá um grande número de ruas das freguesias e cidade da nossa ilha sem a iluminação pública acesa por aqui. Paragens de autocarros e envolvente de escolas no escuro é uma desconsideração muito estranha dos Faialenses adultos para com o cuidar de ter as suas crianças bem visíveis quando circulam no seio do trânsito às escuras pela madrugada. Eu não tenho filhos, mas para os pais e responsáveis fica aqui o alerta.

Após toda a luta dos Faialenses para se alcançar uma ampliação adequada das pistas do aeroporto da Horta e de até a Câmara Municipal se ter aliado à reivindicação, encomendando um estudo técnico para um projeto que maximizasse o aumento daquela infraestrutura com um mínimo de custos e a melhor operacionalidade possível, eis que as últimas notícias saídas ainda antes das eleições, pelo que agora ninguém foi enganado, vieram a confirmar o meu receio: a VINCI executará apenas o trabalho mínimo, limitando-se a assegurar a extensão num comprimento imposto por lei para a criação de áreas de segurança nos extremos das pistas, a denominada RESA (Runway End Safety Area).

Assim e com todo o desplante, os Governos da República e dos Açores puseram-se de facto de fora nesta reivindicação e até meteram o projeto da Câmara na gaveta, tudo isto sem qualquer penalização de fundo por parte de muitos Faialenses após se conhecer esta situação. Estes estão no seu direito de se contentarem com isto, eu discordo e respeito, mas manifesto o meu protesto, pois queria mais para a ilha que me viu crescer, onde vivo e considero que merecia uma maior atenção.

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O meu artigo de opinião hoje publicado no diário Incentivo:

NA AMPLIAÇÃO DA PISTA DA HORTA NADA DE NOVO

Agosto está a acabar, o ano já vai em bem mais de metade, o principal período de gozo de férias está a findar e as próximas eleições estão à porta como evidenciam os prospetos de apresentação da lista de candidatos a deputados pelo partido no poder recentemente distribuídos pelas caixas do correio. Mas cá no Faial a principal reivindicação dos Faialenses para 2019: o projeto de ampliação da pista do aeroporto da Horta; continua a não sair da gaveta, nem se assistem a passos efetivos e irreversíveis que assegurem que este vai passar à realidade.

Há quase um ano atrás vendiam-nos um grande sucesso político: finalmente a inclusão num artigo do Orçamento de Estado para 2019 de uma referência, sem qualquer compromisso ou montante definido, sobre a ampliação da pista do aeroporto do Horta. Então alertei que tal não garantia nada, que era cedo para foguetes, pois suspeitava ser mais propaganda do que obra a arrancar até outubro próximo. O tempo está a esgotar-se e desgostosamente os meus receios a concretizarem-se.

Alguém pode pensar que um ano é pouco. Contudo esclareço que a não realização do projeto no terreno, nem de passos burocráticos como o início de um concurso público para execução desta empreitada, não é o saldo de um ano, mas sim o fruto a entregar aos Faialenses do trabalho de um mandato de quatro anos. Resultado: uma mão cheia de nada essencial!

Nestes quatro anos tudo parecia combinar-se a favor da ampliação da pista da Horta, desde o poder local, passando pelo regional até ao nacional todos os órgãos executivos eram liderados por membros de um mesmo partido, inclusive o deputado residente nesta ilha não era novo na política e conhecia bem como autarca a principal reivindicação dos Faialenses há muito tempo.

Infelizmente, apesar do crescimento económico, das contas certas, do anúncio do fim da austeridade, da coincidência da mesma cor política, da propaganda oca entretanto lançada (sinal que a reivindicação era bem do conhecimento dos eleitos) e apesar de há décadas ser notória e pública a necessidade de ampliação da pista do aeroporto da Horta para satisfazer adequadamente as necessidades de crescimento económico do Faial, não houve nenhum resultado novo, nem se deu qualquer passo seguro em frente.

Assim, mais um mandato passou e o projeto de ampliação da pista da Horta nem deu um passo para o terreno, apenas foguetes para o ar que produziram barulho sem qualquer benefício para o Faial.

Podem acenar-nos com outros rebuçados, bijuterias e prendas menores que a joia da coroa das reivindicações dos Faialenses era e continua a ser a ampliação da pista do aeroporto da Horta.

Não faz mal que nos deem outras coisas. Temos faltas de muito mais, mas o que não se pode esquecer é que o acessório não substitui o essencial e o fundamental era a ampliação da pista do aeroporto da Horta de modo a garantir não só condições de segurança, mas também permitir aterragens de aviões com dimensões e características necessárias ao progresso económico do Faial.

Infelizmente este mandato passou e não foi aproveitada a oportunidade de um partido ter todos os cargos nas suas mãos, só faltou a boa-vontade de quem podia decidir pela concretização deste projeto e agora não há argumentos nem poeira para o ar que escondam este triste resultado.

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Apesar de não garantir a execução da obra, é de facto um sinal positivo a inclusão das obras neste aeroporto no OE2019, se não estivesse é que estava mesmo excluída a hipótese de se darem passos para a sua concretização ainda neste mandato. Agora também é possível aos Faialenses fiscalizarem se isto avança alguma coisa até às próximas eleições ou se foi só fogo de vista para alimentar a ideia eleitoral de que da próxima é vai ser.

Também é verdade que se os Faialenses não se tivessem unido em torno desta causa, manifestado fortemente e dado um cartão vermelho nas últimas eleições legislativas regionais e um cartão amarelo nas passadas autárquicas, os homens do poder rosa nesta ilha não teriam passado um susto tão grande e começado a mexer-se como agora estão a dar sinais terem mudado de comportamento e fazer refletir os anseios do Faial ao mais alto nível da política nacional.

Uma coisa é certa, a perda de votos rosas no Faial nos últimos tempos começou a trazer frutos para a ilha. Não há melhor remédio para pôr o político no poder a trabalhar do que ele se sentir inseguro em termos eleitorais.

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Pelo discurso de abertura da Semana do Mar que acabou, vai já iniciar-se a consignação para o arranque de obras da Frente Mar, uma obra há décadas reivindicada pelos Faialenses. A concretizar-se este anúncio por alteração do espaço as futuras Semanas do Mar terão de ser diferentes.

É verdade que esta obra e o plano de urbanização sempre estiveram associados com a necessária conclusão de variante à cidade. Assim deixar-se-ia a frente marítima ao uso preferencial das pessoas e outra estrada por fazer seria o eixo destinado aos carros de passagem sem necessitar de vir ao centro da Horta.

Numa estratégia perfeita era assim que aconteceria: mais gente na meio da Horta e menos carros a passar pois tinham o espaço alternativo – a variante.

Contudo, como já se viu que por vontade do Governo dos Açores a variante não é para se concluir e como no Faial a experiência já ensinou que quando um projeto espera por outro por vezes não se fazem os dois, o melhor é mesmo que arranque a Frente Mar da Horta e que tudo corra pelo melhor.

Mas não me esqueço da variante…

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Pelo anúncio de João Castro a privada Vinci investirá 10 milhões de euros nos 90m das RESA da pista e fiquei muito contente. Após anos de reivindicação para que o poder público ampliasse a pista… e nada! A partir da privatização este poder passou a responsabilizar o privado. O privado já deu um contributo importante, continua a faltar o assumir dos dois governos da suas partes para se atender à reivindicação dos Faialenses.

Não sendo um neoliberal, não sou também um grande defensor de privatizações de empresas públicas, mas também não sou um adversário nato e muito menos uso isso só para desresponsabilizar o poder político que nunca assumiu as suas responsabilidades e não investiu como setor público durante mais de uma década através da pública ANA e governos  do Continente e dos Açores com tutelas na área.

Agora sei, foi mais rápido a privatizada ANA como Vinci investir nesta pista do que os governos da república e regional disponibilizaram dinheiro para atender à maior causa dos Faialenses.

Antes de os políticos tentarem receber louros por investimentos privados, está na hora de conseguirem o desembolso do dinheiro dos governantes do setor público para que uma obra de interesse público não fique a meio novamente por culpa daqueles que se fartaram de culpar a privatização para se desresponsabilizarem do projeto de ampliação da pista da Horta.

Se a privatizada ANA em pouco anos já disponibilizou verbas para obras nesta infraestrutura é porque o aeroporto da Horta tem potencial para crescer ao contrário do que se deduz da pública SATA sobre as rotas para este destino não serem rentáveis e está na hora dos governos também cumprirem a sua parte de contributo público como parece já ter começado a cumprir a privada.

Todos juntos é possível eliminar muitos dos bloqueios ao desenvolvimento do Faial. Espero que nenhuma parte fuja à sua obrigação.

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Não temo a comparticipação da U. Europeia, preocupa-me é quem assume a outra parte. Agora todos dizem que seja o outro: a Região que seja o Estado; para este é uma questão regional, logo os Açores; a esquerda, como a gestão é privada, que seja a ANA/Vinci; a direita que os custos não compensam a empresa que seja o Estado/Região. Ninguém fala de um contributo nacional de todos, certo é que, no fim, o Faial lixa-se sempre.

Estou convicto que neste diferendo sobre quem paga, a União Europeia, seja no que for em termos de investimentos, é a que ao longo das últimas décadas menos tem fugido a contribuir com fundos para o que é que seja. São sim os políticos nacionais, regionais e locais que, por norma, fogem às suas responsabilidades financeiras nos projetos reivindicados pelas populações.

Na questão do aeroporto da Horta ao longo de décadas apenas assisti ao atirar culpas para a outra parte, tanto seja ideológica, autárquica, regional ou nacional sem nunca uma única ter arregaçado as mangas e avançado com a obra por sua iniciativa, conta e risco.

Assim, não se vai lá!

O problema não está na comparticipação europeia.

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Após a desistência do vencedor do anterior concurso às obras de remodelação do Hospital da Horta, diz-se por dificuldades no Tribunal de Contas, estas agora voltam a concurso com um valor mais elevado (5,9 milhões de euros). Esta obra, ao contrário da última inauguração para repor os danos do sismo de 1998 que inutilizou o antigo bloco C, é o primeiro grande investimento em saúde no Faial desde o centro de hemodiálise que não resulta de uma reposição.

Lendo o resumo desta intervenção, verifico que também assistiremos a uma grande remodelação ao nível do modo como os serviços de saúde são prestados na ilha, embora ainda não saiba o que acontecerá às atuais instalações da Vista Alegre do USIF, este migrará para Santa Bárbara e ficará contíguo ao hospital, parece-me bem a possibilidade de sinergias que por aqui se podem criar.

Apesar disso, espero que a obra não seja apenas para encher o olho enquanto as valências e os especialistas vão diminuindo no Faial, quem tem obrigação de fiscalizar tudo isto não pode deixar que o fogo de vista cegue e não deixe ver o que se passa ao nível do serviço global prestado pelo Hospital da Horta.

Pela obra, mérito a quem investe, pela diversidade de serviços de saúde prestados no hospital da Horta, há um silêncio que me assusta, até porque os habituais arautos dos sucessos do governo andam calados nesta matéria… e também os que devem fiscalizar o tema não têm dito nada.

 

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O meu artigo de opinião de hoje no diário local “Incentivo”

AEROPORTO DA HORTA: O MAIS FÁCIL ESTÁ, FALTA O DIFÍCIL

O Faial recebeu uma boa notícia na passada semana, a SATA confirmou que o sistema RISE (RNP Implementation Synchronized in Europe) já se encontra testado, certificado e em condições de ser utilizado pela empresa nas operações de descolagem e de aterragem no Aeroporto da Horta.

A implementação deste sistema de apoio nos aviões da Air-Açores nas aproximações ao aeroporto da Horta foi uma das duas exigências nas manifestações dos Faialenses em Setembro de 2016. Este sistema já estivera previsto nos aviões da TAP quando operavam na nossa ilha e era a reivindicação a mais fácil de satisfazer, não só era a mais barata, como beneficiava não só esta infraestrutura, mas também a própria SATA e, como se ouviu no telejornal regional, as pistas de Ponta Delgada.

Não tem mal nenhum a Horta compartilhar benefícios da implementação do RISE com Ponta Delgada. Só que para esta reivindicação ir em frente requeria a entrada da SATA num projeto que não estivera interessada no início, mas a verdade é que, quando uma reivindicação Faialense também ajuda diretamente os interesses de São Miguel é meio caminho andado para ser atendida.

Assim, estou satisfeito porque o Governo dos Açores não desperdiçou a possibilidade de fazer o grupo SATA entrar no projeto e beneficiar de imediato duas entradas do exterior ao Arquipélago, e, seguindo a ordem do telejornal: o aeroporto de Ponta Delgada já tem RISE e também o da Horta.

Agora falta a outra reivindicação mais difícil: a ampliação das pistas do aeroporto da Horta. É verdade que esta obra beneficia não só os Faialenses, mas também Picoenses e até Jorgenses, mas sejamos francos, não tem igual oportunidade uma reivindicação do Faial que beneficia todo o Triângulo, face a outra que, em simultâneo, é boa diretamente para São Miguel!

Mais dificuldades ainda: a reivindicação da ampliação das pistas da Horta é bem mais cara e passível do jogo do empurra na guerrilha bairrista, oportunista, partidária e ideológica. Pode-se dizer que a obra na minha terra é preferível à do vizinho, sem ter em conta que são complementares e uma não anula outra na ilha ao lado. Pode-se acusar a empresa que explora a infraestrutura de não o fazer como desculpa para os governantes, mesmo sabendo que este investimento beneficia mais os Faialenses que a Vinci. Pode-se acusar o partido A de não a ter feito no seu tempo e dar a entender que era esse o momento certo, enquanto o partido B, no poder, tem a faca e o queijo na mão, só não desbloqueia o financiamento. Pode-se ainda usar a guerra ideológica e dizer que seria um investimento público de que um privado tiraria vantagem, mesmo sabendo que o maior beneficiário seria mesmo povo que dizem defender e não a empresa.

Os Faialenses têm de ultrapassar todas estas divisões e desculpas doentias para inteligentemente não se contentarem com o mais fácil, pois o principal ainda está por fazer: a ampliação das pistas.

Neste objetivo os Faialenses são poucos para pressionar alguns políticos influentes e pobres para deixar a economia agir em favor deste projeto. Assim, há que continuar neste combate sem baixar os braços, sem nos dividirmos como alguns tentam e sem ser contra ninguém para termos a força da razão moral do nosso lado. O RISE foi uma vitória fácil, foi bom, mas pouco face ao que de difícil se precisa que se faça no aeroporto da Horta.

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Será coincidência que desde 1 de outubro já se viu voos que tinha deixado de ser redondos voltarem ser? Será por acaso que desde então já ficaram dezenas de alunos da secundária a dormir no aeroporto de Lisboa? Será coincidência que em setembro o serviço da Azores airlines quase não mereceu reparos e depois a insatisfação voltou? Uma coisa é certa, ninguém pode acusar que as reclamações agora surgem por eleitoralismo, será que se pode dizer o mesmo da acalmia verificada em setembro?

Quem mexia cordelinhos em setembro e não mexeu em defesa do Faial antes de depois do calor do período eleitoral das autárquicas?

Tantas questões que indiciam que quem está no poder desta ilha e Região está mais interessado em defender-se do que em defender os Faialenses, mas a ética e moral desta gente não é coisa que se deva questionar mas novamente estes sinais respondem por si.

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