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Posts Tagged ‘investigação’

Foi com grande alegria que ouvi a RTP-Açores noticiar que o Hospital de Ponta Delgada desenvolveu um teste rápido de deteção da leptospirose, o que pode salvar muita gente nos Açores onde esta doença é endémica. Quem, como eu, viu familiares queridos saudáveis serem ceifados em poucos dias por falta de diagnóstico a tempo só pode regojizar-se. Acresce que o método pode exportar-se para outros Países que sofrem de igual risco.

Espero agora que o Serviço Regional de Saúde permita estender o método de análise ao máximo de ilhas dos Açores e o mais rapidamente possível. Até porque ficou explícito que além de rápido não era caro, para que assim mais nenhum Açoriano sinta a dor da perda de familiares e amigos saudáveis contaminados por esta bactéria, cuja infeção é facilmente tratável se detetada precocemente, mesmo que por vezes com sequelas duradouras, mas mortal se não tratada a tempo.

Aos que desenvolveram o novo método no Hospital do Divino Espírito Santo os meus parabéns e votos para que esta doença deixe de ser motivo de preocupação de tantos Açorianos.

 

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O Presidente do Governo dos Açores, hoje, em visita às obras da Escola do Mar no Faial, estimou que esta entre em funcionamento em 2019. Espero que a previsão se concretize. Mas, não me esqueço que esta escola nasce por nos terem tirado a Rádio Naval e as obras decorrem quando na Horta o IMAR fechou e despede pessoas e a COFACO do outro lado do canal despediu os seus trabalhadores. O preocupante é que este projeto é acompanhado de desinvestimento na área do mar nesta zona dos Açores.

Não sei de quem é a culpa, mas que há algo de estranho em todas estas coincidências, lá isso há. Sem as conserveiras no canal que fecharam, com redução de investigadores nas ciências do mar, com uma frota de pesca que deixa de ter razões para abastecer a indústria de transformação de pescado agora inexistente e aviões penalizados para exportar a carga da pescada, sem dúvida que os muitos sinais no setor da economia do mar no Faial e Pico são muito maus por agora e exigem uma atenção redobrada para compreender a crise que de facto se está a passar aqui no Canal.

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Os eventuais abusos na Raríssimas e a promiscuidade entre políticos e ação social denunciados pela TVI podem ter gerado uma desconfiança sobre muitos voluntários que em muitas instituições em Portugal e Ilhas, fora dos grandes centros, fazem um trabalho social insubstituível, gente que luta sem os apoios públicos que merecem para acudir quem precisa, que são esmagadas por uma burocracia do Estado mas que precisam da caridade do cidadão e agora podem ter sofrido um rude golpe com este escândalo.

Sim, há instituições que não têm BMW, apenas carros velhos para transportar idosos a cuidados de saúde, levar comida a desfavorecidos, entidades onde as receitas são em grande parte fruto de ações dos seus dirigentes sem obtenção de qualquer rendimento para organizar eventos lúdicos e culturais para assim angariarem fundos cujo Estado muitas vezes quer cobrar impostos.

Sim, há políticos que usam IPSS para mostrar uma faceta de solidariedade com fundos públicos e se forem da cor do poder até este lhes atribui subsídios para brilharem e assim o poder fortalecer-se à custa da solidariedade, mas também há gente anónima que dá o seu melhor, a quem os políticos e o poder até dificulta a sua ação para os retirar do caminho, eliminar a sua sombra e depois de alcançado tais objetivos os mesmos políticos deixam os excluídos mais marginalizados ainda e ainda mais pobres.

É bom que se evitem abusos como aqueles que agora escandalizam tanta gente, mas também seria bom que a TVI e outros jornalistas fizessem um trabalho de investigação que ajudasse quem com tantas dificuldades e sem vergonha da palavra caridade dá o seu melhor em prol dos mais necessitados neste País, incluindo as suas ilhas.

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Eis uma iniciativa do CDS no parlamento regional para contornar a falta de transparência que permita compreender como as empresas do Governo dos Açores contratam pessoas e porque se endividam tanto. Resta saber se o partido que suporta o executivo quer esclarecer mesmo estas dúvidas, é que mesmo sendo potestativa para forçar o inquérito, não é por se criar a comissão que se chega a aprovar uma conclusão final unânime e transparente.

Acredito ainda que em breve quando uma empresa do setor público regional disser que não vai contratar alguém ou não vai abrir um concurso público terá a tentação de dizer que é a oposição que não quer e é esta que está a pressionar a maioria absoluta… para já espero que tenham boa sorte com esta iniciativa, que resulte numa clarificação do que se passa neste setor e os apoiantes desta saibam defender-se dos contra-ataques do poder regional é que este tem um traquejo invejável face à frequente inépcia da oposição.

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O Secretário Regional do Mar Ciência e Tecnologia disse que o Governo dos Açores desconhecia o fecho do Instituto do Mar, é surpreendente: 1.º o Secretário tutela a Investigação e os Assuntos do Mar, as duas áreas de ação do IMAR; 2.º O presidente do IMAR foi há dias candidato pelo partido do seu Governo a líder da Assembleia Municipal da Horta; 3.º a Universidade dos Açores é apoiada pelo Governo Regional. Então ninguém discute com o o Governo o futuro. Para que é então um Secretário Regional com estas tutelas?

Será apenas para distribuir dinheiro sem ver se as instituições beneficiadas garantem a execução desses programas?

O próprio presidente do IMAR foi há pouco mais de um mês o candidato do partido do Governo à Assembleia Municipal da Horta. Já foi Deputado e Secretário Regional também pelo partido do Governo dos Açores e não fala com os membros do governo do seu partido e do seu concelho sobre um assunto tão crucial para o município de que era candidato pelo partido do mesmo governo de onde é também o atual Secretário Regional da área em causa que até é do quadro do DOP com quem o IMAR até partilha as instalações?

Então quem define de facto a política de investigação e do mar nos Açores, não é o Governo da Região?

Uma coisa é certa, esta declaração de desresponsabilização de um Secretário Regional sobre matéria tão importante nas áreas das suas competências cheira mesmo a esturro ou está a atirar areia para os olhos dos Faialenses e estes vão perder mais um setor que fornecia emprego e crédito à Horta como cidade mar, será uma negociata debaixo da mesa em troca da Escola do Mar? Tantas interrogações que tal declaração arrasta consigo.

Confesso, sinto-me indignado com as jogadas de bastidores onde os Faialenses são marginalizados e o governo dos Açores assume estar de fora nas matérias em jogo. Uma vergonha.

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erososO IMAR, instituto de investigação do mar, vive em parceria com o DOP da Universidade dos Açores e ameaça fechar no Faial e a mesma Universidade vai criar o centro de investigação dos oceanos: Okeanus. Não sei que funções os distingue, talvez os sócios públicos. O Presidente da Câmara da Horta não sabe os objetivos do Okeanus e defende que a sede seja na Horta. Não percebo estas mudanças, mas desde que seja para ficar no Faial: concordo.

No romance Leopardo do escritor Lampedusa o protagonista dizia que era preciso mudar para que tudo ficasse na mesma, deduzia-se que os poderosos continuassem a dominar e o povo fosse ludibriado, penso que se está numa situação semelhante de guerra entre instituições públicas que se digladiam para chamar a si fundos europeus e os investigadores são o povo carne para canhão nesta guerra.

Já sei que vivemos num País rico em saber atrair dinheiro de Bruxelas e desperdiçá-lo a seguir de forma a não criarmos um Estado ou uma Região exemplar em boa gestão. Por norma quem está por baixo lixa-se, neste caso investigadores. Resta-me por agora desejar que o Faial também não saia prejudicado com esta guerrilha.

Por isso, mesmo sem perceber bem o que é o Okeanus, algo semelhante ao IMAR, mas se é para atrair fundos comunitários e investigadores sobre o mar, estou ao lado do Presidente da Câmara: que se instale o Okeanus na Horta cidade mar.

O resto deixo para os entendidos interesseiros e, já agora, tenham em atenção em não deitar fora quem já cá investigava no IMAR, um património de saber a proteger, pois não há proteção da Terra que valha a pena se não tiver também imbuída da precaução de proteger as pessoas.

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Percebo que a sobre-exploração de uma espécie piscícola leve ao risco de extinção dessa e compreendo que a União Europeia (UE) procure introduzir cotas de captura que tentem não só preservar e a renovação da biodiversidade dos recursos que suportam a pesca.

Ao contrário do leite, onde o fim de cotas tem como objetivo facilitar a produção de Estados que tem potencialidades para produzir mais e estão atados por questões de solidariedade dentro da UE para assegurar condições de sobrevivência concorrencial de regiões como os Açores que não são suficientemente fortes para enfrentar esses países num mercado totalmente liberalizado; nas pescas as cotas não são por uma questão de concorrência de países, mas sim de repartição de quantidades de captura que não só assegure o equilíbrio ambiental, como a sustentabilidade económica da atividade nas várias regiões envolvidas.

Tendo os Açores um dos principais institutos de investigação de pescas da Europa, precisamente o DOP, então não é este quem melhor conhece as sustentabilidade das espécies de pescado nos nossos mares e fornece esses dados de investigação à UE para esta em conformidade depois ter suporte científico para fundamentar as suas decisões?

Então se os dados são provenientes da Universidade dos Açores e não tendo o Arquipélago um frota de navios agressiva e sobredimensionada, é estranho como a UE pode definir cotas em quantidades muito abaixo do razoável para a sustentabilidade do goraz e da já pequena capacidade de captura da nossas traineiras.

Contudo, se não é o DOP quem fornece esses dados, quem deu autorização que sejam entidades estranhas à Região a ser paga para fazer precisamente nos nossos mares o trabalho de investigação que compete ao DOP? Quem é esta entidade científica? Será isto mais uma sequela da Universidade já não estar sobre a tutela do Governo dos Açores? Se é outra entidade que está a fornecer dados científicos, como são eles substancialmente diferentes dos que a Região possui?

Todavia, se foi o DOP que forneceu os dados-base que levaram à definição das atuais cotas, porque é que este não disponibilizou logo à partida dados suficientemente fortes para que não fosse necessário o Governo dos Açores encomendar ao mesmo DOP elementos para se apresentar uma contraproposta de cotas com base nos próprios dados do mesmo DOP? Não será tudo isto um jogo político? O arranjar um estratagema para atirar as culpas políticas da quantificação de proteção para a UE? Será uma forma da Região encomendar mais um estudo e assim transferir verbas para o DOP? Tantas perguntas que este imbróglio do goraz me levantam que gostaria de ver devidamente esclarecido, pois sempre olhei o DOP como a instituição que investigava no domínio das pescas para potencializar este setor económico e não para o travar.

Que perguntas de fundo fazem os partidos da oposição nesta matéria, para além de suspeitar da habitual posição fácil de estar solidário com os pescadores afetados por estas cotas tão restritivas?

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Sei que no mundo da investigação científica no ensino superior nem tudo é tão perfeito do lados dos formandos e formadores, existem sinergias que não são aproveitadas por rivalidades e competições sem lógica, existem estudos de difícil compreensão da sua utilidade que não são convenientemente justificados e ocorrem desfasamentos entre as áreas abordadas e as necessidades da sociedade.

Mas a verdade é que apoiar a investigação científica na maioria dos casos não é uma despesa, é um investimento no futuro ao nível do desenvolvimento económico, técnico e social.

Por isso, mesmo compreendendo as dificuldades financeiras do Estado, não posso deixar de estar solidário com os investigadores que estão a ser afastados da sua vocação e sobrevivência nas universidades de Portugal e critico os cortes excessivos que este campo está a ser alvo em detrimento da capacidade e coragem para implementar reformas adequadas e pôr fim a rendas a concessionários privados de projetos injustificados que fazem lóbi à sombra de monopólios de setores fundamentais ou do poderio financeiro ou de influência que possuem.

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