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Posts Tagged ‘FMI’

O FMI considera a situação da banca portuguesa como um dos fatores que pode gerar problemas económicos à escala global, para além da incógnita da solução para implementar o brexit, a situação da banca italiana e a possibilidade de mudanças estratégicas de ajustamento do crédito pela China.

O que me irrita é todos saberem que a banca portuguesa é um perigo e agora até se reconhecer o impacte global do seu colapso, a União Europeia não seja capaz de se moldar a esta realidade e ande sempre a restringir soluções e a pôr-se de fora nesta questão, atribuindo apenas a Portugal a obrigação de solucionar este problema nacional como se não tivesse nada a ver com toda a eurozona e a coesão da União Europeia.

Estou mesmo farto desta União Europeia que não se envolve na solução, mas condiciona a solução e foi com isso que lixou milhares de Portugueses no caso Banif, pelos vistos com a Itália tenta fazer o mesmo, enquanto isto o sonho europeu vai-se desmoronando por falta destes dirigentes perceberem que união sem solidariedade é um mistura explosiva que tudo destrói.

Portugal cometeu erros, mas a UE foi corresponsável nos problemas daí resultantes, Portugal tem de assumir que as correções podem implicar dores, mas Bruxelas não pode ficar a ver de fora como se nada fosse com ela e a bomba não lhe estourasse nas mãos.

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Faz hoje precisamente 5 anos que Portugal ficava à beira da bancarrota e o Primeiro-ministro José Sócrates pedia ao FMI e à União Europeia uma ajuda financeira de emergência de molde a este Estado super-endividado poder cumprir com os seus compromissos financeiros. Curiosamente neste aniversário português outro País lusófono, rico em petróleo e diamantes, Angola, pede ajuda ao FMI.

Apesar das previsões de novo resgate e das críticas ao Primeiro-ministro Passos Coelho, a verdade é que durante a sua governação em que esteve de arcar com as imposições da troika, Portugal não voltou a pedir um novo resgate. Evidenciando que apesar das críticas, o anterior executivo não foi o insucesso que muitos tentam convencer que foi, embora se tenham cometidos erros e injustiças e sou de opinião que poderiam ter evitado as primeiras e minimizadas e as segundas.

Muitas das decisões do anterior executivo foram revertidas pelo atual Primeiro-ministro António Costa, mantenho-me na expetativa para saber se continuaremos na via de Portugal se libertar do fardo das dívidas ou se também haverá uma reversão nas contas nacionais e não é pelo estado de graça do presente Governo que se pode para já proclamar o sucesso ou não das medidas que estão a entrar em vigor

Em Angola, um País para onde muitos Portugueses emigraram à sombra do dinheiro do ouro negro e dos diamantes sujos de sangue e entrou em força nos negócios em Portugal, passando a ter um peso enorme na economia lusitana, é bom recordar os sinais de novo-riquismo do regime angolano mostrados ao mundo, em detrimento de investir no fortalecimento e na diversidade produtiva do seu Estado, nem faltaram obras públicas enormes, sinal claro que a longo prazo estas não sustentam uma economia… mas vai ser o cidadão médio Angolano quem mais vai sofrer com isto, mas também é verdade que eleitoralmente manteve este regime no poder e os opositores e críticos a este estão a ser presos. Mais uma vez se prova que a má gestão dos dinheiros públicos pode sustentar os do poder, mas nunca beneficia o Povo a longo-prazo.

Comparando estes dois Países, espero que em Portugal a atual via também não seja um exemplo populista de má-gestão cujos benefícios imediatos não se tornem em pesadelos futuros como agora acontece em Angola.

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A ser sincero não tenho opinião sobre quem de facto está a ganhar neste braço de ferro entre o Governo da Grécia liderado pelo Syriza e negociado por Varoufakis e as exigências dos credores consubstanciados na troika constituída pelo BCE, FMI e Comissão Europeia próxima de Merkel.

Sei que os que apoiantes do governo grego se expressam na internet como vitoriosos, pois agora deixaram de negociar com a troica e passaram a discutir com  o BCE, o FMI e a Comissão Europeia e não é esta que lhes impõe a austeridade mas sim o Syriza que assume as medidas de austeridade.

Sei que os apoiante das medidas duras para o combate à crise dizem que ganharam em toda a linha, pois apenas deixou-se de chamar troika para se chamar os nomes das instituições nela contidas e a austeridade continua e tem de ser aprovada pelos credores.

Entretanto ganhou-se mais quatro meses de espera para se ver como estará Grécia estará daqui a até lá e começar negociar novamente para obter crédito..

Se no futebol fosse assim, mesmo a sofrerem autogolos, todos os adeptos diziam que estavam contentes por terem ganho o jogo no intervalo, mesmo sem saber o resultado final…

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Christine Lagarde, diretora do FMI, não disse nada de novo, nem foi a primeira pessoa a defender um aumento de salários na Alemanha para ajudar a economia europeia nomeadamente Portugal.

O raciocínio está certíssimo, é uma forma de desvalorização relativa dos salários dos países periféricos, Krugman, prémio Nobel da economia em 2008, já em 2012 referiu algo de semelhante quando veio a Portugal: “Eu preferiria até que esse ajustamento fosse alcançado com os salários alemães a subirem em vez de serem os salários portugueses a caírem.”

O principal problema desta solução é que não depende do Governo de Portugal decidir isto e depois, mal os países ricos da zona euro aumentem os seus salários, logo por cá se começa a exigir aumentos semelhantes, tendo como argumento o aumento dos salários dos outros Estados da zona euro e tudo fica na mesma.

Contudo também é verdade que cortar continuamente salários ou subir sempre os impostos é uma solução já gasta e que comprovadamente não resolve o problema económico e financeiro de Portugal.

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Ao ler este artigo, a primeira conclusão é que em termos de diagnóstico em 10 pontos o FMI faz deduções muito válidas para mostrar que compreende a doença económica que afeta Portugal, o mal é mesmo de medicação, não só em termos do tipo de prescrições, mas também de dosagem, umas a mais outras a menos, mas até há situações de placebo e de ignorância. Contudo, o tratamento foi igualmente vítima de uma mentalidade nacional, explorada politicamente por oposições e detentores de privilégios, para conotar tudo o que era receitado com austeridade.

Compreendo que são referidas receitas que estavam prescritas e foram tomadas em dose insuficiente: a necessidade de redução do défice associado à dívida pública, o FMI parece concordar com os  pré-financiamentos para reduzir o peso das amortizações a curto-prazo coladas à crise, sobre isto penso que é empurrar o problema para a frente em vez de uma solução, mas é uma forma de negociar a dívida que outros não querem ver (pontos 1 e 10); consensos estratégicos sobre o futuro do País, aqui devido à arrogância inicial de Passos e depois o interesse eleitoral de Seguro inviabilizou-se a busca de medidas globais, inclusive se necessário a revisão do quadro constitucional (ponto 6); a redução das rendas na energia e nos portos, onde a EDP é de facto uma sanguessuga dos Portugueses e bem tem resistido a reduzir a sua sucção (ponto 7);  e a falta de reformas estruturais do Estado eficazes financeiramente e não apenas as de fachada sem efeitos económicos como a redução do número de freguesias (ponto 8). Parte disto não era austeridade e a reforma do Estado foi por vezes um exemplo uma colagem oportunista.

Também há constato que concordo no diagnóstico de algumas cuja receita deve ser aplicada com moderação e sem prejuízo da justiça social, sendo aqui o FMI de uma frieza glacial e tendente a sobredosagens: o elevado desemprego em parte resulta da rigidez nos postos de trabalho, sei que nos EUA e Canada é fácil contratar pessoas para serviços ocasionais e pontuais, mas a burocracia em Portugal torna isto num processo demasiado lento que pode prejudicar pessoas de baixa qualificação em formação mas de elevada capacidade para os tradicionais serviços de “biscate” ou de momento, contudo não se pode em contrapartida alargar a flexibilidade profissional de modo ao patrão ter mão livre para gerir pessoas como peças de armazém ou de curto período de amortização quando lhe apetece (ponto 4) e a questão dos salários, existem de facto escândalos de rendimentos pornográficos no setor público e privado, incluindo pensões, mas não se pode cortar naqueles que já não asseguram condições dignas de sobrevivência em nome da competitividade ou dar dinheiros públicos a empresas endividadas com gestores excessivamente bem pagos e já existia antes a lei do lay-off que alguns gostam de abusar (ponto 5 e 9).

Há ainda situações positivas que também são reconhecidas parte devem-se a esforços mistos, internos e conjuntura e medidas externas: a mudança de sentimento de mercado, não só o Governo tem de se sentir como fomentador disso como parte vem do BCE e outros agentes  externos, só que aqui têm sido as oposições quem mais distribui veneno para destruir o efeito placebo ou o das receitas  e isto em prejuízo de Portugal por mero oportunismo partidário ou ideológico (ponto 2).

Deduzo que nem o FMI ignora o que receitar para  o risco de deflação… sobretudo depois do tombo que sofremos.

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O PS ficou agradado com o facto de o FMI considerar no seu último relatório que os sinais de retoma que Portugal tem tido nos últimos tempos são insustentáveis, colocando assim um travão à euforia do Governo, sobretudo Paulo Portas, sobre o sucesso da medidas do executivo e exigindo mais cortes para o ano de 2015 no montante de 2.000 milhões de Euros.

Tal alegria mostra assim que para o PS é menos importante a retoma de confiança de que Portugal está a sair da crise do que o bota-abaixo do Governo, nem se importando com o facto de que a argumentação do  FMI é sobretudo para fundamentar mais austeridade sobre os Portugueses e que quanto mais críticos forem as organizações económicas sobre o sucesso do nosso País pior será para o nosso Estado se levantar e se os socialistas forem o próximo Governo pior será a herança que recebem e a desilusão que criarão aos eleitores mal começarem a gerir os destinos da nossa Pátria.

Infelizmente, a ambição partidária para conquistar o poder está de tal forma forte no atual líder da oposição como a ganância de alguns neoliberais, o que lhes provoca uma cegueira das consequências dos seus atos no presente que comprometem o futuro. Por isso o PS desvaloriza, de não propõe medidas válidas sustentáveis e recusa consensos para salvar Portugal… é a política no seu pior o que se está assistir na equipa de Seguro… e o seu futuro cada vez mais destinado a ser semelhante ao da desilusão de Hollande…

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Lagarde veio mais uma vez admitir erros na política de austeridade, neste caso na rapidez do programa de ajustamento.

Nunca escondi que discordo que num País super-endividado a alternativa à austeridade para enfrentar a crise seria o investimento público com aumento do défice, mas o bom senso e a justiça foram duas coisas que têm faltado não só ao Governo de Portugal, como também às exigências da troika.

Mas tal como muitos falam de reformismo e quando as medidas de racionalização chegam a eles protestam com todas as forças, também já é costume o FMI falar dos seus erros e persistir nas mesmas políticas que critica. Reconhecer erros sem os corrigir é algo de que estou farto.

Bom-senso e justiça são duas coisas que têm faltado às entidades que impõem políticas para enfrentar a crise que Portugal atravessa e o FMI tem sido uma incoerente fonte de críticas às medidas que insiste perpetuar como se uma mão lavasse o que a outra suja.

 

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O FMI pela boca da sua hierarquia mais elevada, ora assume erros nos programas de resgate aos países europeus com destaque para a Grácia, ora faz um mea culpa por ter subvalorizado os impactes da austeridade na regressão da economia dos programas que aplicou nos estados intervencionados.

Contudo, o mesmo FMI, pelas equipas encarregues de fiscalizar e de acompanhar os países sujeitos à intervenção daquela instituição não recuam nem um pouco, massacram sempre vez mais os países sob “auxílio”, aumentam sempre a medidas de austeridade e exigem maiores cortes nas despesas públicas.

Afinal quem manda no FMI? O topo da hierarquia ou os técnicos que fiscalizam os Estados intervencionados?

Será que as declarações de Christine Lagarde são apenas show off para a comunicação social ou fazem parte de uma estratégia consistente com o que dizem? Temo até que talvez sejam mesmo para desacreditar em tudo para terem cada vez mais força e tomarem de assalto os países sob resgate do FMI.

É que já não há paciência para tanta austeridade inclusive vinda de quem diz que errou de tanto ter exigido e cada vez mais exige…

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O Falso amigo FMI

O FMI hoje diz que não é momento para complacências que é preciso persistência. Amanhã dirá que a austeridade foi um erro, no outro dia que o relatório que propôs as ideias não são suas, para a seguir dizer que a austeridade tem de aumentar.

Ao menos sejam coerentes e responsáveis pelo que dizem e fazem e não assumam o papel do prega-lhe e foge ou que a culpa é do outro e eles até são bons rapazes… é que já irritam.

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Desgostam-me estas medidas propostas pelo FMI para o corte permanente de 4 mil milhões de euros nas despesas do Estado e sempre defendi que tanto as taxas moderadoras como o seu aumento vão contra a letra da atual Constituição, ao contrário de outras medidas como o corte a reformas altíssimas cujos fundamentos de inconstitucionalidade são mais rebuscados e sobretudo injustos.

Contudo, com tantas guerrilhas e aproveitamentos políticos egoístas que pululam nesta crise, cada vez suspeito mais que a solução final será ao nível de despedimentos numerosos na Função Pública… e, pelos vistos, estes não são mesmo inconstitucionais e serão a doer.

Tudo isto por que além de um histórico de gestão do País, pelo qual ninguém é responsabilizado, e de um presente onde os interesses inviabilizam soluções inteligentes, sustentáveis e consensuais que impedem de ser os Portugueses tornarem-se donos do seu futuro.

Paralelamente, enquanto o FMI nos últimos tempos ora vai assumindo que as suas medidas têm mais efeitos negativos do que prospetivavam, ora vai-se desvinculando de algumas durezas impostas para salvar a face. Sempre que propõe alguma coisa em concreto é sempre pior do que propunha antes.

ADENDA

Este artigo aponta cada vez mais que os despedimentos na Função Pública serão a solução que sobrará de tanta guerrilha e desentendimentos oportunistas ao abrigo da crise, em vez da busca de consenso fechada por várias partes ao longo do tempos a que estamos sob a governação da troika.

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