Choca, mas choca mesmo, ver que depois de décadas a se falar na Europa do que foi o nazismo, o fascismo e a II Guerra Mundial, se volte a ver um partido de extrema-direita ser o mais votado numa das maiores potências económicas, militares e demográficas do velho continente: a França, um país que esteve envolvido e foi ocupado pela ditadura de Hitler.
É verdade que décadas de ditaduras e genocídios comunistas na Europa oriental não fizeram cair os aliados deste regime em muitos Estados da Europa ocidental, mas é verdade que estes nunca estiveram sujeitos ao regime vivido na União Soviética, mas a França esteve ocupada pelos nazistas.
Também é verdade que o ideal marxista assenta numa revolta pela justiça na economia, que é em princípio um valor positivo atraente, enquanto o ideal da extrema-direita vai contra o cidadão que é diferente em cor, cultura ou religião que leva a uma revolta pela segurança, que é o princípio do medo, algo negativo que pode levar a juízos menos claros.
Contudo, estranho que num Continente onde tanto se fala dos malefícios do neoliberalismo e da injustiça do capitalismo a desilusão ou o medo vá mais no sentido de ir para o extremismo da direita num dos Estados mais ricos da União Europeia, algo vai mal nesta Europa, mesmo muito mal…
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