Portugal não é a Grécia foi a principal marca do nosso País para mostrar à Europa que por cá a forma de ultrapassar a crise era feita com regras diferentes das implementadas por Atenas.
Certo que Costa mudou a estratégia, mas escolher como parceiro Tsipras na luta contra a austeridade não me parece particularmente vantajoso para a imagem de Portugal, antes pelo contrário: o Primeiro-ministro grego começou com um braço de ferro contra a União Europeia e deixou cair a Grécia num novo resgate, isto tudo após liderar um referendo contra esta e de ter tido perspetivas iniciais de governação que começaram por merecer tantos elogios iniciais como os do atual Governo de Lisboa e desfazendo o que antes fora feito.
Se Portugal quer mostrar que tem uma via própria que não a grega, que não vai cair nos mesmos erros de Atenas o máximo que devia fazer era fugir a uma colagem a Tsipras, mas faz precisamente o contrário e os meus receios de que isto pode não acabar bem avolumaram-se, entretanto as notícias nas últimas semanas, mesmo que sem o alarido habitual devido ao estado de graça de Costa, têm vindo a degradar-se e não estão a reverter-se nos últimos cinco meses.
Se Portugal quer mostra-se diferente do que o acusam não escolha como aliados aqueles que foram mostrados como tendo esses defeitos, mas Costa faz o contrário.
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