Todos devem estar lembrados de quando Obama foi eleito a esperança mundial que foi: finalmente uma nova política e o globo iria respirar num mundo melhor… até recebeu um prémio Nobel pelos sonhos que se esperavam concretizar!
Seguiu-se a crise da bolha, o Lehman and Brothers faliu, mas muitos dos consultores de Bush responsáveis pelo estalar da crise ficaram a aconselhar Obama, a Islândia faliu, a Irlanda recorreu a ajuda do FMI, depois a Grécia também e está prestes a implodir na bancarrota, Portugal fez o mesmo pedido e não se sabe o que lhe vai acontecer, os especuladores ameaçam a Espanha e a Itália e a austeridade espalhou-se por todo o velho continente… enquanto isto, Guantanamo continua aberto, no Iraque e no Afeganistão morre-se devido à guerra na presença de soldados americanos e possivelmente estalará um novo confronto no estreito de Ormuz com o Irão, Israel prossegue prepotente com os Palestinianos e nasceu o movimento dos ocupas e indignados com a injustiça. Conclusão: o mundo praticamente não melhorou…
Agora Hollande foi eleito e as laudes de muita esquerda foram praticamente iguais para a Europa, mas logo no primeiro dia da tomada de posse o novo presidente francês decide ir à Alemanha (não ao contrário), a Grécia deverá implodir nas próximas semanas, as bolsas estão cada vez mais nervosas e a cair, o futuro do Euro é ainda mais incerto e, mesmo com uma possível derrota futura de Angela Merkel, nada aponta para que as coisas venham a melhorar no Velho Continente…
Sim, Obama e Hollande podem ser vistos como Dom Sebastiões para o ocidente dos tempos atuais, mas tal como no passado, a civilização europeia parece cada vez mais a encaminhar-se para o seu Alcácer Quibir.
Mente Livre 