Costa adiou a notícia da demissão de António Domingues antes das comemorações de um ano do seu Governo, gerir a informação de acordo com os seus interesses políticos é a principal marca do atual Primeiro-ministro, mesmo assim, a morte de um ditador e os elogios fúnebres a este, apesar de ser alguém que não foi capaz de levar os seus ideais para o campo da democracia, voltou abafar a divulgação da efeméride que era destinada à propaganda.
O caso em que se embrulhou o Governo com a nomeação da nova administração da Caixa Geral de Depósitos e os acordos, não escritos, para o não cumprimento da transparência imposta pela Lei e, porque não? a ética democrática e republicana; são situações em que dificilmente António Costa poderá culpar terceiros, sobretudo Passos, uma estratégia que tem usado até à exaustão e lhe tem sido muito útil.
Esta demissão veio ainda no momento onde a sondagem da sua popularidade mostrou a mossa que pode fazer no BE, que assim terá de elevar a sua voz reivindicativa para não se tornar dispensável e perder a sua capacidade de intervenção.
Todavia, António Costa tem-se mostrado genial na forma de comunicar e propagandear-se, mas isto tem acontecido quando ainda está em estado de graça, as atuais dificuldades e os riscos externos podem criar novos desafios e inaugurar uma nova fase para trabalhar a imagem de gestão do governo, que testará de forma diferente a habilidade política do atual Primeiro-ministro, que já provou não ser pequena.
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