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Posts Tagged ‘Violência’

Não acredito na isenção de jornalistas mesmo com todas as éticas profissionais e foi interessante ver como no início em certos noticiários as emoções transmitidas pelas reportagens deixavam transparecer a solidariedade para com os coletes amarelos quando estes protestavam já com violência, agora a saturação desta gente também já contaminou os noticiários e usam a frase oficial do governo francês como reconhecimento e qualificação dos coletes amarelos: “profissionais do distúrbio”.

Quem os ouviu e os ouve agora…

Eu pelo menos nunca nutri simpatia por tais profissionais, por muitas razões que pudessem ter para protestar nada justificava a destruição que provocavam.

Eles falam em povo como se o Presidente não tivesse sido eleito pelo povo e como se não houvesse um período de mandato para validar ou não o eleito.

Há ainda aqueles trabalhadores que viram os seus locais de trabalho serem destruídos por incêndios e pilhagem e nunca tiveram solidariedade dos jornalistas ao longo destes meses tal como tiveram os profissionais do distúrbio ou pelo menos eu nunca vi.

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É bonito e simbólico, mas o importante seriam medidas concretas para enfrentar o problema e disto nada vi.

Seria importante criar legislação adequada que não deixasse facilitada a vida ao criminoso enquanto a vítima continua em estado de perigo permanente e obrigada a esconder-se da sociedade. Algo que competia aos políticos produzirem em vez de atos simbólicos.

Infelizmente hoje, em dia de luto por causa da violência doméstica, mais uma mulher foi morta… e outra foi encontrada decepada sem se saber a razão do crime, manchas que caem neste dia simbólico onde não ouvi nenhuma solução efetivamente proposta para o problema.

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Um milhar de estudantes portugueses foi expulso de um hotel em Torremolinos por atos de vandalismo na sua estadia e viagem de finalistas nesta semana Santa. Os telejornais noticiam o facto de forma chocante, mas a verdade é que há anos o mau exemplo repete-se com muitos destes jovens nacionais que em nome da liberdade, do prazer e do laicismo não se lhes põe travão e não tenho assistido a nada para se corrigir este comportamento.

Isto acontece por muitos pais confundirem o Ensino que o Estado deve assumir com uma delegação na escola do seu dever de educar os seus filhos que deveria ser feita por eles e, mesmo assim, muito esforço escolar esbarra com a indignação dos educadores com impropérios e críticas sempre a desautorizar os professores perante filhos capazes destes exemplos internacionalmente.

Isto acontece também com o beneplácito dos políticos que cobardemente deixam que as escolas sejam espaço para os pais descarregarem os seus filhos e onde lavra a selvajaria e a libertinagem sem se tomarem medidas que possam ser tidas como retrógradas para algumas mentes progressistas no enfrentar a falta de educação e desresponsabilização das famílias e com isso possam perder a simpatia de irresponsáveis que votam e aceitam a progressão desta degradação associada à sua desresponsabilização individual educativa.

Assim, não admira que perante o sucedido ainda haja alguns pais que desculpem os seus filhos e deem a entender que se fosse para ir para um lugar calmo iam para Fátima, mas daqui a uns dias esta mesma gente pode estar a gritar na rua que lhes resolvam os seus problemas e que é a geração mais preparada de sempre, apesar de nunca ter sido educada para merecer tal epíteto, pois entre ensinar e educar vai uma grande diferença, mas até os ministros do ensino preferem chamar-se da educação, como se a educação não fosse um papel da família que só o consegue fazer se também distinguir o bem do mal, a moral e a ética e estiver consciente dos valores que deve incutir nos filhos.

Com tantas responsáveis sem assumir as suas obrigações não admira que se grite tanta vez que as culpas do que corre mal na escola é dos professores.

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A agressão a um árbitro por um jogador de Canelas, um clube distrital, chocou o País. Depois os telejornais informaram que a equipa já era conhecida internacionalmente por fenómenos de violência em jogo, vários outros clubes preferiram perder por falta de comparência em vez de se expor a tal plantel e o próprio treinador dá a entender que os seus jogadores apenas tem mais garra com o adversário, que o futebol não é tão suave como a natação. Com isto o Canelas está impunemente prestes a subir de divisão.

São muitos pormenores que se levantaram com este caso que evidenciam que algo vai mesmo muito mal no mundo do futebol oficialmente organizado.

Todas as semanas dezenas de comentadores e painelistas de futebol dissecam pormenores em câmara lenta e repetições de imagens para dar a entender que o desporto profissional não é uma atividade isenta, mas onde se jogam interesses a favor do clube adversário e assim vão paulatinamente semeando mais ódio entre os simpatizantes e sócios das várias partes em confronto.

O que se passou com o jogador do Canela é fruto deste apodrecimento progressivo que semeia violência em muitos espetadores e amantes de futebol.

Comentadores e canais de informação não precisam de apelar diretamente à violência para esta florescer nas mentes perturbadas de muitos, basta semear o ódio, a desconfiança e a sensação de injustiça intencional que a violência florescerá viçosa em muitos adeptos da modalidade e há anos que isto está a ser feito às claras e impunemente por interesse de guerras de audiências e intenção de pressão psicológica para obtenção de  resultados desportivos por métodos que não são de jogo em campo.

Isto não é ético nem moral, mas mantém-se no nosso Portugal e ninguém corrige isto, depois admirem-se que a situação venha ainda piorar e haja mortos.

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Incidentes violentos sempre foram acontecimentos relativamente comuns ao nível global, desde e a redes mediáticas há muito que os noticiam, com cobertura local nos casos em que há alguns poucos feridos ou mortos, regional se esse número for um pouco maior nacional ou internacional se atingir a ordem de dezenas ou centenas de mortos e feridos.

Atos tresloucados são uma das causas comuns destes incidentes violentos, tal como rixas entre gangues, questões passionais pessoais e vinganças entre pessoas pelos motivos mais diversos ou mesmo ações de pressão por grupos de banditismo organizados, qualquer um destes acontecimentos não são considerados terrorismo pois não tem motivações políticas ou de guerrilha ideológica.

Todavia nos últimas semanas praticamente qualquer incidente nas cidades da Europa e dos Estados Unidos é automaticamente noticiado globalmente e acompanhado de suspeitas de serem possíveis atos terroristas, dando uma perceção que o terrorismo está num crescente imparável nos últimos tempos.

É verdade que existem razões de preocupação para os serviços de inteligência e segurança estarem atento e em vigilância permanente, mas não há necessidade de colocar as populações já em estado de pânico e ansiedade antes do tempo e ultimamente a comunicação social está a valorizar em demasia estes casos aumentando psicologicamente a sensação de insegurança na nossa sociedade.

Bom-senso na comunicação social também é preciso no combate ao terrorismo, caso contrário, este pode assenhorar-se de tudo o que é violência para alastrar a ideia de que estão a vencer a sua guerra.

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Não sou ingénuo para não ver que no seio de manifestações, mesmo em Portugal, existam pessoas que  provocam os agentes de segurança e criam situações para gerar desacatos e daí resultarem imagens de desordem pública das quais podem tirar proveitos para fins políticos.

Também não sou ingénuo para ver que as forças policiais em Portugal no esforço de controlar eventuais provocações por vezes agem precipitadamente e fazem o jogo do desordeiros e ainda nestas situações chegam a perder o autocontrolo e atacam culpados e inocentes.

Não sei as causas exatas do aconteceu de facto no Chiado durante a manifestação da CGTP no dia da Greve Geral, sei que politicamente esta greve foi um sucesso: não pela forte adesão dos trabalhadores, que até parece ter sido menor que noutras, mas pelas imagens de carga violenta dos agentes de autoridade sobre os manifestantes, independentemente destes serem jornalistas ou não.

Sei que as dificuldades de autocontrolo dos agentes de autoridade permitiram nesta manifestação que desacatos se tenham transformado num manancial de imagens de violência que prejudicaram em muito a ideia de que Portugal não é um barril de pólvora prestes a explodir com a austeridade que atravessamos. Estas mostraram um País à beira de um ataque de nervos, onde o poder arrisca-se a não conseguir implementar a sua política para corrigir os erros do passado e ultrapassarmos a crise. Situação que implica à polícia der de repensar a sua forma de agir para não prejudicar o Estado, provavelmente sem necessidade.

Lembro-me de há 3 meses ter assistido a uma manifestante do movimento Occupy Vancouver sozinha fechar o trânsito de uma das principais artérias da cidade, os agentes de autoridade durante horas tiveram o problema em mãos sem nunca terem recorrido à violência e com isto, nestes tempos mediáticos, foi a autoridade que ganhou, apesar dos transtornos e tempo gasto para a resolução da situação.

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Talvez por conhecer Oslo e a ter sentido como uma cidade de pessoas frias, isoladas sobre si mesmo e ter assistido a cenas de alcoolismo no fim de semana que mostravam sinais de uma sociedade moralmente decadente;

Tavez por já estar imune a imagens e notícias tão frequentes de atentados, guerras, violações a direitos humanos, extremismos e injustiças sociais;

Talvez por estar a ficar cansado de um discurso social que defende um liberalismo de costumes, onde tudo deve ser permitido em nome de uma tolerância sem referências morais;

A verdade é que embora tenha pena das vítimas dos atentados na Noruega, a situação já não me choca, o que me preocupa, embora me assuste pois desperta em mim, sobretudo, um receio de que eu seja um dia a próxima vítima deste modelo de sociedade que de tão degradada de princípios se tornou fonte de uma violência irracional como reação a estilos de vida humanamente insustentáveis.

Afinal o que eu desejava é que situações desta não se repetissem e permitissem que o mundo refletisse sobre o caminho que está a seguir e aprendesse a ser capaz de construir um futuro melhor… talvez então acabassem os fanatismos, extremismos e outros ismos que destroem a humanidade.

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