Conforme as regras da democracia dos EUA Donald Trump ganhou as últimas eleições presidenciais do seu País e é empossado hoje como Presidente da maior potência económica e militar da Terra. Não sei se Trump será tão perigoso como me aparenta, mas que me parece portador de instabilidade para o seu País e o Planeta, parece-me. Faço votos que me surpreenda pela positiva, para bem dos Americanos e da Humanidade, não piorar a situação atual já seria uma boa surpresa, espero que me engane e ele venha a ser um bom Presidente para os EUA e para o Mundo.
Foram os Americanos quem o escolheu, não o resto do mundo, mas soberania e democracia é isso mesmo, ganha a vontade do Povo conforme as leis do seu Estado e não o que mais agrada ou convém às outras Nações. Não simpatizo, nem sinto afinidade com o discurso e com o modo de agir de Trump, mas tenho de respeitar a sua legitimidade de ocupar o cargo para o qual concorreu e venceu.
Todavia o respeitar não é estar de acordo com as suas ideias, menos ainda deixar de estar preocupado, na política tão grave quanto ter ideias perigosas é ser-se intempestivo quano se enfrentam contrariedades e Trump defende não só propostas perigosas como reage emotivamente a quente e de forma temerária, o que para uma potência global é um risco enorme para a estabilidade e paz do Planeta. Ser democrata também tem uma componente de saber e aceitar a dor.
Também excluo de reconhecer que Obama também cometeu erros que degradaram as relações de paz na humanidade, não teve culpa de lhe terem atribuído o prémio Nobel da Paz antes de provar que as suas decisões o justificava, mas nem sempre foi sensato no modo como enfrentou o problema do mundo árabe, as ambições russas no leste da Europa e, sobretudo, não compreendeu as dores de muitos americanos da denominada América profunda que se confrontaram com o desemprego, as sequelas da crise financeira e as imposições do capitalismo exacerbado no seu próprio País e daí muito do voto de protesto das passadas presidenciais, mas ao menos o Presidente que agora abandona a Casa Branca parecia ser capaz de fazer exames de consciência e de tentar corrigir-se para bem do seu Povo e do Planeta.
Trump pode até nem ser tão mau em consciência quanto a batalha ideológica faz crer, mas o modo impulsivo e radical com que explora as contrariedades e muito dos seus argumentos provocam receios a quem, como eu, considera o bom-senso e o humanismo como algo fundamental na política para evitar injustiçase conflitos sociais, ideológicos ou mesmo bélicos de efeitos imprevisíveis. Que Deus proteja a América e o Mundo.
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