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Posts Tagged ‘medidas económicas’

Depois de Seguro denunciar que Costa não diz nada diferente do que o atual Secretário-geral do PS já dizia, depois de César esclarecer que nas primárias do PS não importa as diferenças entre Seguro e Costa, deixando passar a ideia que na prática os dois são iguais e só há o efeito sebastiânico do segundo para benefícios eleitorais, eis que agora António Costa de uma rajada esclarece que a sua diferença face ao atual Governo é só de dosagem da medicação

Até dou de barato que Passos possa ter aplicado uma sobredosagem de austeridade, talvez pensando que medicamento a mais gerava uma cura mais rápida e esquecendo que isso poderia ser contraproducente, mas o que ficamos mesmo a saber desde de já é que com Costa teremos uma austeridadezinha, não sei se por mais tempo do que queria o atual Primeiro-ministro e não uma mudança de estratégia e só estamos ainda em período de campanha eleitoral, imagine-se depois na prática.

Seguramente uma desilusão para aqueles que apostavam numa mudança de medicação na gestão da crise…

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Agora mais de 70 economistas internacionais vieram mostrar a sua solidariedade pelo manifesto dos 70 (que parece que eram 74 também) sobre a reestruturação da dívida, mas as minhas dúvidas anteriores aqui expostas sobre a correção moral e conveniência económica desta proposta que transfere parte dos encargos do nosso bem-estar atual para sacrificar os netos e bisnetos das presentes gerações e se este prolongamento de pagamento é de facto imprescindível devido à situação em que nos deixámos cair por erros económicos cometidos ao longo de décadas ou esquecendo que tal reestruturação pode não ser aceite pelos credores, mantêm-se.

Todavia, além da manutenção das incertezas mencionadas, tendo em conta que vários dos subscritores da reestruturação da dívida antes eram os grandes defensores do endividamento pois era motor do crescimento económico, questiono:

– esta reestruturação por si só seria suficiente para o crescimento e não seriam precisas outras medidas de reformas do Estado atual cujo modelo sempre levou nas décadas anteriores ao aumento continuado da dívida?

– Se forem necessárias reformas, as mesmas não implicam nenhuma austeridade em nenhum setor? Se implicam, onde e quais?

– Se após a negociação da dívida Portugal a curto prazo necessitar de empréstimos, quais os efeitos desta reestruturação em termos de conseguir esse dinheiro em termos de juros ou outras condições?

É que dizer apenas a parte agradável da proposta e esconder os riscos é tão enganador como dizer que tudo ficará melhor com o fim do resgate a limpo num Portugal que não aceita austeridade e onde grande parte do consumo provém de importações que não seriam cobertas pelas exportações, já que os saldos positivos dos último tempos que obtivemos foi resultado da diminuição de entrada de mercadorias mais significativa do que o crescimento das exportações.

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