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Este livro é uma lição de história porque a Europa se viu mergulhada em frequentes guerras na falta de uma ordem internacional, como se ultrapassou essa fase conflituosa pós 1648 com os acordos de Vestfália, os falhanços no tempo de Napoleão e das 1.ª e 2ª Grande Guerra até à realidade de hoje, reconhecendo as características do mundo islâmico, a cultura asiática e outras áreas que podem desembocar num confronto global se não surgir uma ordem de entendimento adequada aos nosso tempos.

Hoje em dia muitos comentam e opinam sobre questões políticas nacionais e internacionais lendo pouco sobre grandes pensadores, as ideias subjacentes aos intervenientes que foram grandes estadistas ou motores no moldar o mundo e até sem conhecimento da história. Henry Kissinger, não só foi um importante agente da história na décadas de 1960/70, como Secretário de Estado de Nixon e de Ford, como foi prémio Nobel da paz em 1973.

Assim, Kissinger é uma pessoa que fala com conhecimento de causa sobre os problemas globais de hoje que colocam em risco a paz mundial e aponta aspetos a ter em conta para se encontrar um equilíbrio duradouro no entendimento dos povos e culturas à escala global, alertando para comportamentos de hoje que dificultam não só a perceção do problema como para a definição de entendimentos que urgem ser feitos antes que seja tarde.

Este livro faz uma excelente análise do mundo de hoje, embora não isenta, pois é vista na perspetiva de um político norteamericano arreigado aos ideais do seu país e aos interesses do mesmo. Mas Kissinger também mostra abertura suficiente para reconhecer outras realidades e assumir que apesar dos Estados Unidos deverem ter um papel crucial nesta matéria, também não podem impor os seus valores e objetivos ao mundo e por isso a conciliação implica aceitar e equacionar soluções onde todos se sintam devidamente representados e não subjugados a uma cultura, religião ou mentalidade de outra parte de que não a sua, onde o seu legado histórico e mentalidade é simplesmente menosprezado.

Um livro que vale a pena ler por quem se interessa em compreender como este mundo foi estabelecido e como pode ser destruído de uma forma avassaladora se não atendermos a pormenores essenciais que sustentam este civilização global.

A obra está disponível aqui.

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Seja qual for a ideologia, crença ou outro motivo é sempre de condenar o ataque a pessoas inocentes que na vida social são agredidas na tática dos terroristas. Honrar e chorar por estas vítimas é o mínimo que se pode por elas fazer. Por isso, honra e paz aos mortos e feridos do atentado de ontem em Barcelona.

Agora o terrorismo islâmico eleva à categoria de mártir herói a morte em combate dos seus atacantes terroristas, sendo que para crentes religiosos a lógica laica materialista de que fogem à morte não se aplica. Para os crentes a vida não acaba na morte física. É verdade que após um atentado os terroristas parecem implementar sempre uma fuga, mas acredito que tal é mais para realizarem novos atos para alcançarem uma maior glória do que para escaparem aquilo que para eles é a honra do martírio.

Assim, se é difícil capturar em segurança os terroristas islâmicos, também me parecer que é fazer o jogo deles permitir atribuir-lhes as palmas do martírio face aos seus correlegionários ou eventuais candidatos ao radicalismo islâmico matando-os todas as vezes a seguir a um atentado.

Nos tempos que correm, com tanta tecnologia de combate ainda não percebi como as forças de segurança não mudaram a tática para os capturar e mantê-los vivos e cativos para interrogatórios com todos os meios legais, mesmo que as leis neste combate devam evoluir, e recolher informações de modo a que não fiquem honrados perante outros candidatos a práticas semelhantes.

Mesmo num quadro muito diferente, não foi matando cristãos que esta fé desapareceu, antes pelo contrário, o sangue dos mártires cristãos foi semente para novas conversões e por isso o cristianismo, fé que professo ainda hoje tem a dimensão que possui… mas pelos vistos a mentalidade laica não aprende com os casos do passado e não integra nos seus planos a força da fé que nos torna loucos aos olhos do mundo descrente.

Assim, penso que a tática de após um atentado acabar sempre por matar os terroristas me parece contraproducente no combate ao terrorismo islâmico e não  digo isto por qualquer compaixão por estes…

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A vontade  do populista islâmico Erdogan reforçar o seu poder ganhou por escassa margem na Turquia, mas perdeu nas maiores cidades do País, indicando que os turcos não temeram concentrar num só homem o domínio simultâneo sobre a justiça, o parlamento e o governo, algo típico de estados totalitários, pode ser perturbante, mas assustador é a aceitação deste caminho de poder sobremusculado ter tido maior aceitação nas comunidades dos seus emigrantes em estados democráticos defensores da divisão de poderes residentes na Alemanha, França e Holanda.

Esta maior aceitação de um regime musculado pelos emigrantes em Estados, onde a liberdade e a laicidade são das suas maiores bandeiras, evidencia o elevado desfasamento existente nas comunidades turcas em relação aos países de acolhimento, assemelhando-se a guetos não integrados nas nações onde vivem diariamente o que mostra grande dificuldade para sarar qualquer ferida aberta por diferenças de cultura e para aceitação do pensar distinto do outro, algo muito perigoso para o futuro desta Europa.

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Enquanto em França estala a polémica da proibição legal do uso de burquinis em praias daquele país por mulheres muçulmanas com direito a multas, no Canada e na Escócia legislam e criam fardas para mulheres-polícia muçulmanas com o uso do hijab. Tanto num caso, como no outro, estamos perante situações excessivas de intolerância ou de cedência a culturas estrangeiras.

No primeiro caso é sem dúvida um abuso um Estado laico impor ou proibir o uso de roupas a mulheres ou multar mulheres pelo uso do burquini, limitando a forma como a mulher considera adequado a exibição do seu corpo segundo a sua consciência individual ou social.

No segundo caso, tratando-se de um estado laico e ocidental, é sem dúvida uma cedência exagerada a uma cultura estrangeira imigrante e não fundadora do País legislar sobre sobre trajes exóticos oficiais, porque, neste caso, deve permitir também o nudismo a polícias filhos de imigrantes da amazónia, o turbante do hindu e um nunca mais parar de trajes tradicionais e costumes exóticos, ou a tolerância é enviesada e merece ser diferente apenas quando se está perante muçulmanos?

Assim, em França proíbe-se o uso ostensivo de um traje que indicia uma cultura e uma religião provável, no Canada acata-se a vontade de uma cultura e religião provável se ostentar num traje oficial de uma força do Estado.

Nem tanto ao mar nem tanto à terra.

ADENDA

Felizmente o bom senso no Conselho de Estado de França põe travão a esta onda de interdição do burquini.

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Meu artigo de hoje no diário Incentivo.

DA PEQUENA LOUCURA DOS POKEMONS AO TERRORISMO RECENTE

Os verões costumam ser caracterizados pelo aparecimento de fenómenos de massa, muitas vezes demonstrativos da irracionalidade ou de histeria que passou a habitar nas pessoas do mundo atual e evidenciam que, apesar de alguém da nossa espécie nos ter classificado cientificamente como: Homo sapiens, ou seja, de ser sapiente ou sábio, e de se estar na denominada era do conhecimento e da informação, a loucura e a alienação dominam cada vez mais o Homem contemporâneo no lugar da sapiência.

Já tivemos um verão em que quase só se brincava com ioiôs, novos e velhos a lançar o seu disco pela fieira e uma manada a tentar o sobe-e-desce daquela roda que arreliava muitos nos mais variados espaços públicos. Tivemos outro estio com a moda da canção “Marcarena” e a sua coreografia, desde a praia à televisão um rebanho exibia os seus dotes de dançarinos em corpos bem ou mal definidos ao som de uma música irritante que saturava quem apreciava a arte de Orfeu. O ano passado veio a onda de filmar o derramar baldes de água fria sobre a cabeça e exibir a cena nas redes sociais e nesta molha alinharam desde simples cidadãos anónimos, a líderes políticos e da cultura de massas. Este ano o calor trouxe a loucura dos Pokemons à sociedade da massificação dos smartphones e da histeria dos jogos nestes aparelhos, que pretendiam prolongar as capacidades de inteligência e de comunicação das pessoas, mas que, em vez disso, se têm tornado, sobretudo, em objetos para ampliar a loucura e o isolamento do homem na era da informática.

O homem, que deveria distinguir-se pela sua sapiência e racionalidade, está cada vez mais atraído por fenómenos de histeria coletiva que bestializam a mente e os torna membros de rebanhos onde impera a loucura e facilmente manipuláveis. A onda dos Pokemons é o exemplo mais recente desta realidade e se os casos citados parecem ser inofensivos, de facto, o mundo virtual leva ao isolamento de uns e à bestialização e à alienação de outros, isto, misturado com a injustiça e a presença de mensagem de oportunistas malfeitores, amplificadas pelas redes sociais, abre portas para que pessoas teoricamente racionais se tornem suscetíveis a apelos para comportamentos desviantes e perigosos.

Quando ouvi o DAESH, que alguns denominam de Estado Islâmico, reconhecendo assim um estatuto jurídico a este grupo que não se lhe deve conceder, apelar para que todos os que se quisessem unir à sua guerra contra as sociedades diferentes da fanática deles tomassem iniciativas de ataque nos países aonde viviam; logo me preocupei com a suscetibilidade de uns a se ligarem a rebanhos de fantoches de alienados manipuláveis e com os outros que se excitam com a violência da realidade virtual massificada mas confundem o mundo irreal com o verdadeiro e busca de sensações cada vez mais fortes. Fiquei com receio que tal apelo gerasse muitos aderentes a atentar conta a segurança das pessoas das formas mais diversas… depois bastaria um grito em nome de Alá para que os extremistas islâmicos reivindicassem esses atos de loucura como uma iniciativa sua e o terror se propagasse deste modo a partir de indivíduos singulares e alienados, mesmo sem qualquer laço efetivo com as organizações terroristas reivindicantes.

Infelizmente, a alienação tão diligentemente cultivada nos últimos anos por certos grupos económicos, políticos, cultura comercial e de comunicação social começou a virar-se contra as pessoas da sociedade onde esta foi semeada e deixou de se expressar de uma forma não inofensiva, para passar a atos criminosos de muçulmanos não praticantes das regras da sua religião, de cidadãos com problemas psicológicos, por filhos frustados de imigrantes contra o povo de acolhimento e sabe-se lá mais tipos diferentes surgirão. Criou-se assim uma tempestade difícil de controlar que poderá dar a sensação de que os extremistas estão a vencer e a alastrar-se no nosso meio, quando apenas são atos isolados de pessoas perturbadas  que atacam como zombies as populações ao sinal de um apelo feito por gente que sabe explorar para o mal o comportamento de marioneta de ums para a histeria e a irracionalidade tão bem plantada na nossa sociedade.

O que se passou em Nice, num comboio na Alemanha e depois num centro comercial em Munique são provavelmente atos desenraizados de qualquer organização terrorista, mas levados a cabo por pessoas que aderiram ao comportamento irracional que veem à sua volta e valorizados pelas redes de comunicação social e uma vez que a alienação procura emoções cada vez mais fortes, estas começam a ultrapassar os limites do razoável. Só que, entretanto, fantoches manipuláveis por marioneteiros tão mal intencionados como os anti-heróis dos filmes de super-heróis de Holywood que mesmo sem conhecerem os membros do seu rebanho alienado, vão assumindo a paternidade dos atos destes loucos para espalharem o pânico, isto com o mesmo à vontade com que criadores de jogos de alienação social arrebatam cidadãos a se exporem a fazer figuras ridículas e inofensivas, só que esta loucura abre caminho a outros perturbados e com efeitos colaterais que lesam significativamente a sociedade.

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A tentativa falhada de golpe de estado na Turquia levanta muitas questões: diplomáticas, éticas, políticas e geoestratégicas. Entre estas e sabendo que na diplomacia os interesses e aproveitamentos nacionais e regionais sobrepõem-se ao global, tem lugar a pergunta egoísta:

– O caminho que Erdogan está a trilhar presentemente poderá ou não reforçar a importância geoestratégica da base das Lajes nos Açores?

É verdade que ética e politicamente estou preocupado com o que se está a passar na Turquia, país que desejei visitar ainda este ano e foi a instabilidade e insegurança que senti existir ali que me levaram a optar pelos vulcões em torno de Nápoles. Neste momento é evidente que a tentativa de golpe de estado, quer tenha sido uma revolta intencional ou uma encenação para reforçar o poder do atual presidente da república, está a ser utilizada por Erdogan para eliminar adversários, impor restrições democráticas e efetuar desrespeitos às regras da justiça num estado de direito.

Uma coisa é prender revoltosos, outra é destituir juízes. Um golpe de estado é sempre fruto de um pequeno número de pessoas, se não perde-se o  secretismo que a ação requer para vingar, pelo que quando se prendem centenas, neste caso milhares de pessoas, já se sabe que se está a aproveitar a situação para se atingir adversários a coberto do acontecimento.

Quando se destitui milhares de juízes, percebe-se que se está a atacar a isenção da justiça para a colocar ao serviço do poder executivo e lá se vai um pilar da democracia moderna.

Quando se pretende alterar a lei para impor punições agravadas com efeitos retroativos, neste caso a pena de morte para os revoltosos, acaba-se com uma das regras fundamentais do estado de direito.

Erdogan dialoga com o ocidente e os radicais islâmicos, agora sobe as suas exigências às democracias da Europa e EUA e torna-se mais radical, usa e abusa de crenças religiosas na população para fins políticos e lá se vai a laicidade do estado.

Curiosamente Erdogan tem uma popularidade enorme e usou-a em proveito próprio em pleno curso do golpe de estado, quando o bom-senso apelaria a que os líderes evitassem envolver civis para não causar mortes inocentes, assim aproxima-se das táticas dos radicais islâmicos.

Agora provavelmente a confusão aumentou no próximo a médio-oriente, o islamismo radical talvez tenha ficado com mais uma porta aberta para se aproximar do ocidente, o equilíbrio de forças na região pode estar mais periclitante e a segurança mundial, sobretudo na Europa, cada vez pior e o risco de expansão de conflitos e do terrorismo a crescer.

Porque em todas as crises houve sempre Estados que saíram beneficiados da situação de forma indireta, novamente a pergunta egoísta: a base das Lajes continuará com a mesma importância neste novo quadro de instabilidade no limite oriental do Mediterrâneo?

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Mesmo sem ter sido declarada de forma habitual oficialmente, a Europa está em guerra com um grupo de pessoas radicais que também retaliam de modo não tradicional nem convencional, mas sem dúvida é uma nova forma de fazer guerra cuja forma de atacar e de a combater um dia abrirá mais um capítulo na história da arte de fazer guerra.

Nice desta vez foi o local do ataque e novamente foram civis o alvo do atacante, característica inerente a esta nova forma de guerra e mais uma vez o atacante utilizou um novo modus operandi para surpreender a defesa do Ocidente, a inovação também tem sido uma característica nesta guerra.

Neste conflito uma das partes não é um Estado com território reconhecido por nenhum País ou uma pátria que se quer libertar de um ocupante, mas há uma área que serve de base que usurpou terrenos pertença de outros. DAESH. Não é uma Nação com identidade definida, nem é uma religião concreta, mas há uma crença distorcida radicada num credo que não forma um povo mas cria uma pertença de grupo: Radical Islâmico. Não há uma geografia onde uma das partes seja originária e encontram-se dispersos pelo mundo, preparando combates na sombra e no seio das pessoas: Células Terroristas. Não há uma ética de combate, mas há uma imaginação para encontrar em contínuo novos modus operandi de implementar o conflito com ataques surpresa fora de frentes específicas que é uma certeza e uma das marcas mais terríficas deste conflito cujos alvos não são militares, nem infraestruturas bélicas, mas sim cidadãos inocentes, mesmo pacíficos ou pacifistas cuja única acusação que se pode fazer a alguns é de terem deixado os líderes dos seus Países declararem guerras à distância, fora dos seus territórios nacionais e onde os seus cidadãos viviam em paz e alheios ao que se passavam lá longe como se nada fosse com eles e a beneficiar dos interesses financeiros e económicos das maiores forças da sua sociedade livre e democrática. Essa mesma parte que retalia de forma não convencional também não tem  um inimigo único, são todos os povos, crentes ou não crentes que simplesmente não façam parte do seu grupo restrito de radicais islâmicos disperso pelo mundo, por isso é uma guerra contra a Humanidade e a Diferença.

Agora há que reconhecer foi sobretudo o Ocidente rico, egoísta e indiferente às desgraças do resto do mundo que criou condições para o nascimento deste conflito original, pois além da injustiça e conflitos que alastravam pelo então denominado Terceiro Mundo, a Europa e a América do Norte não teve pudor e semeou mais discórdias, mais injustiças mais vítimas nesses territórios longínquos para tirar dividendos com os despojos dessa situação, permitindo a revolta de muitos oprimidos e na miséria face à ostentação do mundo rico ocidental.

Muitos dirão: Ah, mas muitos pertenças deste grupo já nasceram entre nós usufruem de muitas das nossas condições, só não quiseram integrar-se. Será que não quiseram ou foi o Ocidente que lhes abriu as portas e os acolheu-os servindo-se deles como mais um despojo de guerra? Recebeu-os para serem mão-de-obra fácil e barata nos trabalhos que não valorizavam os seus realizadores num racismo chauvinista tolerado mas que serviu de semente para germinarem na segunda geração a sensação de filhos de uma sociedade e cultura inferior.

Aviões como mísseis contra arranha-céus, pessoas como bombas em aeroportos e comboios, camiões que transformam ruas em valas comuns, tudo serve numa guerra cujo ocidente não perspetivou e não sabe como será o modus operandi do próximo ataque, a Europa tem sido mais fustigado que os Estados Unidos até agora, mas, infelizmente desconfio que este conflito estender-se-á por todos os territórios do Mundo Desenvolvido e este não sabe como enfrentar esta guerra.

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A crise económica e política dos últimos anos faz encaminhar o mundo para opções ideologicamente mais radicais. Se nos Estados Unidos o partido Democrata vê a força da esquerda radicalizar-se em Sanders, o partido Republicano esta encostado à extrema-direita pelo xenófobo e isolacionista Trump, que até já lidera sondagens nacionais. Em Espanha o Podemos, coligado com a Izquierda Unida, também começa a aparecer na preferência dos Espanhóis.

Na Áustria, a pátria de Hitler, foi por um unha negra que o povo não elegeu um presidente da extrema-direita, em França a ameaça de uma vitória Le Pen nas próximas presidenciais é real, o Brasil anda a ferro e fogo sem qualquer bom-senso na guerrilha política, a Venezuela é mesmo quase uma situação de guerra civil e de ditadura e o peso da extrema direita sente-se na União Europeia através da Hungria, Polónia e ameaças económicas do norte da Europa aos países endividados do  sul.

A continuar assim, qualquer dia não há diplomacia e política que controle este barril de pólvora… Hitler também chegou ao poder democraticamente… agora até a maior economia do mundo não está livre de eleger um radical colado à extrema direita e Putin não é um exemplo de democracia saudável ou seja a as maiores potências económicas e militares estão a cair em regimes de democracia muito frágil… para além da Primavera Árabe estar a levar para um inverno de horrores uma fração muito significativa de muçulmanos.

Este mundo está a ficar mesmo muito perigoso!

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Mente Livre não é de literatura, mas sim de análise social e política, por isso os livros que aqui falo não são de ficção. Ao longo do último ano um livro me ensinou muito sobre o diferendo entre o Ocidente e o mundo islâmico e ainda a questão dos refugiados, daí a minha recomendação no Dia Mundial do Livro: “O Islão e o Ocidente – A grande discórdia” de Jaime Nogueira Pinto. Um obra bem atual que explica a fundo as caudas desta problemática civilizacional.

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Não acredito que deste atentado em Bruxelas e reivindicado pelo Daesh alguém tire algum benefício: os refugiados enfrentarão maior hostilidade ao acolhimento; o Daesh enfrentará um ataque mais cerrado do Ocidente; os povos da Síria e Iraque continuarão a viver num caos cada vez mais instável; os Europeus viverão com mais medo e muitos apoiarão políticas extremistas e radicais que o passado tem mostrado nunca desembocam em nada de bom no futuro.

Infelizmente, neste confronto entre Ocidente e luta islâmica radical não vejo ninguém aprender com os erros cometidos, procurar mudar de atitude e tentar construir um mundo melhor; nem que fosse de forma indireta, dando condições de vida aos povos dos países desestruturados no médio oriente para que pudessem ser felizes na sua terra e as razões que alimentam os ódios escasseassem e estes mirrassem na construção de um mundo mais justo e Humano. Há culpados do lado de cá, mas do outro lado também há culpados que não se podem considerar coitadinhos.

Assim, infelizmente, só vejo ódio a continuar a ser alimentado pela desumanidade da nossa civilização global, por muita banda desenhada que a partir de Bruxelas nos faça sorrir. É Pena!

Um lamento pelas vítimas inocentes ou apenas culpadas pela indiferença e ingenuidade com que assistem a este conflito que mina a Civilização.

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