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Posts Tagged ‘investimentos’

Meu artigo de hoje no jornal diário Incentivo:

DO HOTEL DO CARMO AOS SISMOS NO FAIAL

  1. Faz agora três anos que aqui no Incentivo escrevi “Outra notícia promissora que ouvi… foi a celebração de um protocolo de cedência do Quartel do Carmo pela Secretaria de Estado da Defesa ao Ministério da Economia, para no âmbito do programa Revive se disponibilizar aquele imponente imóvel a investimentos na área do turismo… fico aguardar o evoluir da situação,esperando que se concretize.

Levou três anos para se perceber o episódio seguinte: O Grupo Lux Hotels apresentou na passada semana os traços gerais da transformação do antigo convento e quartel do Carmo num hotel de cinco estrelas com 98 quartos, 173 camas e um salão de congressos para cerca de 250 pessoas.

Este projeto ainda não se concretizou, mas o anúncio aumentou em muito a esperança numa solução condigna para aquele magnífico conjunto patrimonial da Horta, cheio de história, que já esteve para ser demolido no século XIX por falta de uso e destino, mas tal como a Fénix da mitologia que renascia das cinzas, tudo aponta que aqueles imóveis em degradação também voltem a ter vida.

Como já então era evidente, congratulo-me por este passo por vários motivos: a reabilitação do espaço, a nova oferta de alojamento turístico para um nicho de clientes diferentes e a criação de uma zona de congressos, pois a do Teatro Faialense não possui as condições adequadas para este fim. Apesar de alguns não gostarem que se diga esta verdade de facto.

Assim, além de desejar que esta pretensão não volte atrás, espero que também se encontre uma solução de reabilitação e transformação do uso que concilie e integre o que for possível recuperar ao nível do património histórico daquelas estruturas para preservar a memória do que aquele espaço já foi: convento religioso e quartel militar, ambos importantes para contar o passado da Horta.

  1. Há cerca de um mês que a calma dos Faialenses tem sido perturbada por uma crise sísmica centrada a cerca de 30 km para oeste dos Capelinhos, como geólogo da área de riscos acompanho estes fenómenos e não vejo agora nada de novo: já há muito que é conhecida a agitação daquela zona e, felizmente, nunca em anteriores crises conhecidas dali resultaram danos graves para o Faial e, até ao momento, nada está a ser distinto para se suspeitar que seja diferente.

As pessoas estão assustadas, pois além dos quase 30 sismos sentidos num mês também vão aos sites da internet e descobrem que já são muitas centenas de eventos registados nos sismógrafos, mas isto nas últimas década não é novo: os comunicados falavam das crises depois de tremores sentidos, mas sempre houve muitos mais abalos registados e a relativa grande distância ao Faial, apesar das incertezas da natureza, não indicia nada de pior face às anteriores crises já ali localizadas.

Assim, além das habituais medidas preventivas das pessoas dadas pela Proteção Civil, que nunca devem ser descuradas por quem reside nestas ilhas, o mais importante é no tempo de acalmia fazer os trabalhos necessários: os reforços de resistência sísmica nas habitações já existentes em vez da mera cosmética nas fachadas; não construir ou ir viver para as áreas de risco, por norma mais perigosas mesmo para as novas casas; não ter nas habitações objetos pesados que possam cair sobre locais onde se dorme e se colocam as crianças; no interior das moradias definir zonas de abrigo e caminhos de refúgio até elas e esperar que tais obras, ordenamento seguro e atitudes nunca sejam testados num grande terramoto, mas nos Açores é provável que um dias surja essa oportunidade.

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Meu artigo de hoje no diário Incentivo:

DE MERCADO A CENTRO EMPRESARIAL

Participei em décadas de debate na Assembleia Municipal sobre a necessidade da Câmara revitalizar o Mercado. Foram muitos anos de promessas da reformulação desta estrutura nas propostas dos manifestos eleitorais autárquicos e foi muito tempo a assistir-se ao declínio deste histórico Mercado.

Longe, mesmo muito longe, o tempo das memórias do Mercado Municipal cheio de vida, azáfama de fregueses entre as lojas com vendedores residentes no Faial e a complementar, mais do que a competir, os vendedores vindos do Pico que enchiam todas as bancas ali existentes e onde se comprava, sobretudo, produtos destas duas ilhas.

Ainda me lembro da anterior grande reformulação do Mercado Municipal da Horta, onde a madeira deu lugar ao cimento e as condições ficaram modernas à luz daqueles anos do século XX e a atividade dentro daquele espaço manteve-se viva e dinâmica.

Lembro-me dos partidos agendarem quase em simultâneo ações de campanha para o Mercado Municipal, seguros que ali encontrariam sempre numerosos eleitores a cativar e, apesar dos adversários se encontrarem no mesmo espaço, o espírito democrático e a exposição pública criava a oportunidade de um são convívio entre opositores, população e comerciantes, por vezes temperadas com alguns jargões e ironias para vincar as posições de cada um, as diferenças entre eles e as acusações de falhas de quem estava no poder.

Depois o Mercado Municipal transformou-se num espaço triste, praticamente vazio de clientes, quase sem produtos locais, várias lojas fechadas e bancas vazias. Lembro-me da última campanha eleitoral em que lá estive praticamente só havia a possibilidade dos candidatos dos vários partidos trocarem manifestos entre si, pois clientes eleitores eram mesmo muito escassos.

Foram muitos anos de declínio e inoperância, mas a partir de hoje surge a oportunidade de assistir à segunda grande reformulação do Mercado Municipal da Horta que começa a ser inaugurada neste dia e que espaço passará a ostentar o nome de Centro de Acolhimento Empresarial da Horta. Após tantos anos, a promessa eleitoral de reformulação de Mercado Municipal inúmeras vezes repetida em manifestos eleitorais finalmente se concretiza e congratulo-me por isso.

Não conheço ainda o interior novo espaço, o que sei são as imagens divulgadas e o que se observa do exterior, tenho recebido informação de empresas que ali se instalarão, tenho ouvido dificuldades de outros e já me comunicaram o desinteresse de alguns em passar a sua atividade do antigo mercado para as estruturas reformuladas. É normal, o declínio arrastou-se por muito tempo e seguramente fez vítimas inocentes que agora já não conseguem ultrapassar o pesado fardo apesar da renovação e da esperança daquele espaço.

Agora o que mais desejo, depois de tanto esperar, é que o Mercado Municipal após esta reformulação, independentemente do nome de Centro de Acolhimento Empresarial da Horta, fique mesmo revigorado, seja um sucesso, contribua para a revitalização daquela zona do centro histórico da Horta e dinamize a produção e o comércio local para bem das pessoas e da economia do Faial.

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Pelo anúncio de João Castro a privada Vinci investirá 10 milhões de euros nos 90m das RESA da pista e fiquei muito contente. Após anos de reivindicação para que o poder público ampliasse a pista… e nada! A partir da privatização este poder passou a responsabilizar o privado. O privado já deu um contributo importante, continua a faltar o assumir dos dois governos da suas partes para se atender à reivindicação dos Faialenses.

Não sendo um neoliberal, não sou também um grande defensor de privatizações de empresas públicas, mas também não sou um adversário nato e muito menos uso isso só para desresponsabilizar o poder político que nunca assumiu as suas responsabilidades e não investiu como setor público durante mais de uma década através da pública ANA e governos  do Continente e dos Açores com tutelas na área.

Agora sei, foi mais rápido a privatizada ANA como Vinci investir nesta pista do que os governos da república e regional disponibilizaram dinheiro para atender à maior causa dos Faialenses.

Antes de os políticos tentarem receber louros por investimentos privados, está na hora de conseguirem o desembolso do dinheiro dos governantes do setor público para que uma obra de interesse público não fique a meio novamente por culpa daqueles que se fartaram de culpar a privatização para se desresponsabilizarem do projeto de ampliação da pista da Horta.

Se a privatizada ANA em pouco anos já disponibilizou verbas para obras nesta infraestrutura é porque o aeroporto da Horta tem potencial para crescer ao contrário do que se deduz da pública SATA sobre as rotas para este destino não serem rentáveis e está na hora dos governos também cumprirem a sua parte de contributo público como parece já ter começado a cumprir a privada.

Todos juntos é possível eliminar muitos dos bloqueios ao desenvolvimento do Faial. Espero que nenhuma parte fuja à sua obrigação.

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Não temo a comparticipação da U. Europeia, preocupa-me é quem assume a outra parte. Agora todos dizem que seja o outro: a Região que seja o Estado; para este é uma questão regional, logo os Açores; a esquerda, como a gestão é privada, que seja a ANA/Vinci; a direita que os custos não compensam a empresa que seja o Estado/Região. Ninguém fala de um contributo nacional de todos, certo é que, no fim, o Faial lixa-se sempre.

Estou convicto que neste diferendo sobre quem paga, a União Europeia, seja no que for em termos de investimentos, é a que ao longo das últimas décadas menos tem fugido a contribuir com fundos para o que é que seja. São sim os políticos nacionais, regionais e locais que, por norma, fogem às suas responsabilidades financeiras nos projetos reivindicados pelas populações.

Na questão do aeroporto da Horta ao longo de décadas apenas assisti ao atirar culpas para a outra parte, tanto seja ideológica, autárquica, regional ou nacional sem nunca uma única ter arregaçado as mangas e avançado com a obra por sua iniciativa, conta e risco.

Assim, não se vai lá!

O problema não está na comparticipação europeia.

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Após a desistência do vencedor do anterior concurso às obras de remodelação do Hospital da Horta, diz-se por dificuldades no Tribunal de Contas, estas agora voltam a concurso com um valor mais elevado (5,9 milhões de euros). Esta obra, ao contrário da última inauguração para repor os danos do sismo de 1998 que inutilizou o antigo bloco C, é o primeiro grande investimento em saúde no Faial desde o centro de hemodiálise que não resulta de uma reposição.

Lendo o resumo desta intervenção, verifico que também assistiremos a uma grande remodelação ao nível do modo como os serviços de saúde são prestados na ilha, embora ainda não saiba o que acontecerá às atuais instalações da Vista Alegre do USIF, este migrará para Santa Bárbara e ficará contíguo ao hospital, parece-me bem a possibilidade de sinergias que por aqui se podem criar.

Apesar disso, espero que a obra não seja apenas para encher o olho enquanto as valências e os especialistas vão diminuindo no Faial, quem tem obrigação de fiscalizar tudo isto não pode deixar que o fogo de vista cegue e não deixe ver o que se passa ao nível do serviço global prestado pelo Hospital da Horta.

Pela obra, mérito a quem investe, pela diversidade de serviços de saúde prestados no hospital da Horta, há um silêncio que me assusta, até porque os habituais arautos dos sucessos do governo andam calados nesta matéria… e também os que devem fiscalizar o tema não têm dito nada.

 

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O Presidente do Governo dos Açores, hoje, em visita às obras da Escola do Mar no Faial, estimou que esta entre em funcionamento em 2019. Espero que a previsão se concretize. Mas, não me esqueço que esta escola nasce por nos terem tirado a Rádio Naval e as obras decorrem quando na Horta o IMAR fechou e despede pessoas e a COFACO do outro lado do canal despediu os seus trabalhadores. O preocupante é que este projeto é acompanhado de desinvestimento na área do mar nesta zona dos Açores.

Não sei de quem é a culpa, mas que há algo de estranho em todas estas coincidências, lá isso há. Sem as conserveiras no canal que fecharam, com redução de investigadores nas ciências do mar, com uma frota de pesca que deixa de ter razões para abastecer a indústria de transformação de pescado agora inexistente e aviões penalizados para exportar a carga da pescada, sem dúvida que os muitos sinais no setor da economia do mar no Faial e Pico são muito maus por agora e exigem uma atenção redobrada para compreender a crise que de facto se está a passar aqui no Canal.

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O mal de uns, por vezes é o bem dos outros, a política mais pacifista de Obama era bem-vistas, mas diminuía a importância da base das Lajes e os Açorianos temiam isso, agora as ideias de reforçar o papel mundial da América de Trump e os sinais de agressividade bélica que ele tem mostrado levam a que o papel desta base cresça e os benefícios financeiros deste reforço parecem bem recebidos nos Açores, que até esquecem o maior risco de guerra mundial.

Quando a base das Lajes era de facto considerada como uma estrutura fundamental dos EUA nos Açores e sem perspetivas de esvaziamento, havia quem criticava a presença norteamericana na Região, mas quando houve o risco de saída de serviços militares, alguns destes começaram a fazer exigências daquele país para a Terceira, agora aguardo com curiosidade como reagirão se se seguir um reforço daquela presença fruto dos interesses estratégicos de Trump… o mundo dá mesmo muitas voltas e pode até ficar de pernas para o ar e por dinheiro muitos vendem não só a alma como a coerência!

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Meu artigo de hoje no diário Incentivo:

NOVA OPORTUNIDADE PERDIDA NO FAIAL

Não nego que neste momento não estejam várias obras em curso no Faial, mas entre aquelas que se concluíram há pouco tempo já é visível que quando se faz um investimento nesta ilha nunca se aproveita a oportunidade para resolver as coisas como deve ser.

Tem escassos meses a beneficiação da Estrada Príncipe Alberto do Mónaco, que entronca com as ruas Mestre Feijó e Ilha Azul nos semáforos, o local onde se se situa um dos cruzamentos mais movimentados da cidade e, sem dúvida, aquele que ao longo dos últimos anos tem apresentado os maiores problemas de fluidez de trânsito na Horta. Só que, apesar do ordenamento na envolvente do hospital e da intervenção nesta estrada regional, novamente se desperdiçou a oportunidade de se resolver ali os engarrafamentos e a insegurança, dado os acidentes que já fizeram história naquele local.

Infelizmente, neste momento a situação está mais emperrada junto àqueles semáforos do que antes das obras e não me venham dizer que é por causa da interrupção de trânsito na Rua Cônsul Dabney, o motivo principal foi o de não se ter aproveitado as várias recentes obras na zona para se corrigir a situação.

É má a desculpa de que as vias que ali se cruzam não têm largura suficiente para ter três faixas de modo a disponibilizar uma para quem vai virar à esquerda e os semáforos puderem, deste modo, regular bem esta mudança de direção sem impedir o avanço dos que pretendem ir em frente ou virar à direita, pois há terrenos da Região em duas das esquinas, pelo que se poderia ter criado uma solução segura e fluída para a circulação de viaturas e peões. Mas o Governo dos Açores, desde há muitos anos, quando investe no Faial faz sempre obra insuficiente com o mínimo de custos, embora com o máximo de gastos em propaganda, e este caso não foi diferente. Nada muda na forma de menosprezar os Faialenses! Infelizmente, as vozes no poder do Faial parecem ter todas mentes pequenas e não conseguem lutar por esta ilha com uma visão em grande e de longo prazo.

Fizeram obras bonitas para a circulação de passageiros no porto da Horta e criaram um cais norte, mas encolheram a sua baía para poupar dinheiro, ao mesmo tempo que investiam em grande numa infraestrutura de transporte noutra ilha. Perderam então a oportunidade de termos um porto à medida das necessidades futuras. Para Faialense encher os olhos, mas, como de costume, eles pensaram em pequeno para nós. Apesar disto não quiseram aprender com a asneira.

A seguir fizeram uma bela obra de substituição de um dos blocos do hospital danificado pelo sismo de 1998, mas em paralelo iam-se reformando especialistas e desperdiçava-se a oportunidade de negociar com outros para vir para cá. Assim, vamos ficando cada vez mais limitados a médicos que passam a residir noutras cidades. Novamente encheram os olhos dos Faialenses com a arquitetura de um bloco moderno, mas diminuíram os serviços de saúde prestados permanentemente aos habitantes destas ilhas de baixo. Como de costume, fizeram a mesma asneira.

Agora, no cruzamento dos semáforos da Príncipe Alberto do Mónaco, os atuais engarrafamentos são já a última prova de que nada mudou na forma como o Faial continua a ser desprezado mesmo com investimentos, outra oportunidade perdida por o Governo dos Açores insistir na mesma asneira de não fazer as coisas como devem ser feitas.

Apesar da denúncia desta situação ao longo de vários anos, a verdade é que os políticos no poder desta ilha insistem em desculpar esta forma de agir e não deixam de pensar em pequeno para o Faial. Contentam-se com intervenções diminuídas e insuficientes à nascença. Assim, vamos assistindo à continuada insuficiência ou inadequação dos projetos que se construem por cá e os líderes locais continuam a não aprender nada com os erros do passado. O problema deve estar mesmo em terem mentes pequenas, pois, após tantas décadas, ainda acreditam no “small is beautifull”, por isso continuam a desperdiçar oportunidades quando se investe nesta ilha e até nos mais recentes fazem fachadas bonitas que escondem a pequenez e a deficiência do que por cá se faz.

Infelizmente há gente que sabe explorar esta pequenez em líderes faialenses para prosseguir a decadência da ilha, disfarçada em obras que até lhes podem assegurar votos, mas que, ironicamente, eles sabem à partida que não irão resolver os problemas de fundo e antigos do Faial.

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Meu artigo de ontem no diário Incentivo:

COMPENSAÇÕES QUE SEMPRE PREJUDICAM O FAIAL

Não tenho interesses ligados à realização da Feira Açores, não pertenço ao setor de produção agrícola, nem ao comércio de equipamentos ou de mercadorias ligadas a este ou a outra área de compra e venda, mas este certame no Faial é importante para as pessoas da agropecuária, para os comerciantes e empresários de hotelaria e restauração e, sobretudo, para a valorização do tecido económico desta ilha no contexto regional.

Assim, é lógico que na sequência de um voto de protesto, apresentado pelo PSD na Câmara Municipal, contra a decisão unilateral do Governo dos Açores em não realizar a Feira Açores no Faial este ano, o voto tenha merecido o apoio unânime, incluindo do executivo socialista maioritário naquele órgão, pois, desde outubro último, os autarcas do PS-Faial têm tido uma postura de aceitação e até de propositura de críticas contra ações levadas a cabo pelo Governo dos Açores e empresas públicas regionais, nomeadamente SATA, que tenham implicações negativas na Ilha Azul.

Todavia, logo a seguir a esta unanimidade no protesto, o mesmo Presidente da Câmara esvaziou o seu voto oficial de descontentamento com declarações em que contradiz a sua insatisfação, usando o argumento “podemos ficar a ganhar se fizermos bem o nosso trabalho”, tendo ele em conta a compensação do aumento do apoio do Governo para a organização da Festa do Mundo Rural, um evento sub-regional que conta com a envolvência do Município, subsídio como contrapartida à retirada a esta terra da realização de um evento de âmbito regional: a Feira Açores.

Este comportamento volta a pôr a nu a tática do PS-Açores: comprar o esvaziamento do Faial negociando contrapartidas com os seus eleitos nesta ilha para ações de menor projeção. Até acredito que com mais apoio do Governo dos Açores este evento possa ter maior brilho, mas, na realidade, o somatório dos benefícios para a Horta resultante da realização, em simultâneo, de uma Feira Açores em 2017 e da Festa do Mundo Rural era maior e melhor para esta terra do que só a realização de um único evento de menor projeção e mesmo que ligeiramente ampliado não é de escala Regional.

O discurso do Presidente da Câmara demonstra o que há muito denuncio na política regional: sempre que o Governo dos Açores dá ao Faial tira sempre algo mais importante para que no saldo final esta ilha acabe sempre a perder. Para esta estratégia, o Executivo Regional contou durante muitos anos com a complacência e anuência dos socialistas faialenses. A desculpa agora apresentada pelo líder do Município da Horta sobre o ganho que se poderia vir a ter num evento menor mais não é que a continuação desse vício, evidenciando que o apoio ao protesto apenas foi estratégico, para não se dizer que voltavam a votar contra uma crítica referente a uma decisão que prejudicava esta terra. Mas logo a seguir veio a desculpa e a minimização do ataque ao Faial

O susto de outubro último obrigou a disfarces nos autarcas rosas do Faial, mas parece mesmo que eles têm de desculpar os ataques que o Governo dos Açores faz à nossa ilha ou então é mais forte a sua vontade em agradar ao PS-Açores do que a coragem em assumir com todas as consequências a defesa do Faial. Eles não se curam deste tique de branquear os ataques ao Faial quando há uma negociação cujo saldo final é prejudicial a esta ilha. Tenho pena, mas é assim que agem.

Para termos um novo cais de cruzeiros na Horta (mesmo que encolhido), não concluíram a variante. Para se ter a Escola do Mar, tiveram que tirar a Rádio Naval da Horta. Concluíram o Bloco C do Hospital, mas não foi uma ampliação, apenas tiveram de demolir uma parte antiga devido aos danos do sismo de 1998 e há muito fechada, mas deixaram de negociar a vinda atempada de substitutos a tempo inteiro para vários dos médicos especialistas que, entretanto, se foram reformando. Para se ter a nova escola da Cônsul Dabney negociaram o encerramento de muitas escolas nas freguesias rurais da ilha. Quando compraram os novos aviões à SATA escolheram equipamentos que não operassem na Horta e puseram os seus autarcas do Faial a justificar esta política da empresa que nos prejudica e continuam sem se comprometer com o aumento da pista. Infelizmente havia ainda mais casos para esta lista, mas este artigo tornava-se demasiado longo.

É a sina que estes líderes rosas traçam para o Faial, sempre que se investe em algo por cá ou se aumenta um apoio, há como contrapartida a retirada de algo maior e há sempre uma desculpa para disfarçar esse esvaziamento progressivo da importância da Horta no contexto dos Açores. Agora para se ter um melhor subsídio à Feira do Mundo Rural teve-se que perder a Feira Açores 2017… o costume!

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Desde o início do atual mandato que defendi na Assembleia Municipal na Horta, em nome da bancada que integro, um Orçamento Participativo aberto a toda gente, apesar das justificações em contrário da Câmara que agora faz bandeira por abrir à participação de todos os cidadãos do Faial a escolha do destino de parte dos dinheiros a executar nas suas contas de 2017. Foi mais tarde do que eu desejei, mas ainda bem que ela aderiu a este modo de envolver os cidadãos.

Não me devo pronunciar pessoalmente por nenhum projeto, mas estar aberto à vontade dos Faialenses na escolha das alternativas disponíveis e em coerência apelar a que todos participem de acordo com a sua ideia de ser o melhor para o Concelho.

Assim, através da divulgação desta página Orçamento Participativo, mais não faço que também convidar todos os Faialenses para que se envolvam nesta ferramenta permitida pela democracia, se não tiverem uma satisfação absoluta por nenhuma das alternativas disponíveis, se considerarem que deveria existir um outro projeto, escolham aquele que  agora preferirem entre as possibilidades existentes e talvez para o ano haja a possibilidade da ideia que sonharam surgir e vir a ganhar.

O importante agora é participar e dar força a esta iniciativa a que finalmente a Câmara aderiu, de modo a que a consciência da importância da mesma cresça ao nível dos autarcas e os cidadãos se sintam ativos e envolvidos na gestão da sua terra através do espírito da democracia.

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