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Posts Tagged ‘Exemplos’

fgeorge

Habituámo-nos a ver Francisco George como diretor-geral da Saúde desde 2005, ocupou o cargo com governos do PS, PSD-CDS e agora da geringonça, sem a normal mudança de Boy do partido. Não sei se era o melhor na administração para o cargo, sei que mostrou competência e na saúde enfrentou momentos difíceis, a confiança que nos dava era uma garantia rara de se ver no setor público, tivesse a Administração Interna visto este exemplo e talvez hoje mais Portugueses tivessem sobrevivido aos fogos do verão e não a acusássemos de ter mudado lugares por mera politiquice para incompetentes.

A administração pública deveria ser assim, os políticos mudam em função da vontade eleitoral, mas os técnicos apenas para dar lugar aos melhores e sem estarem dependentes da ganância dos boys por oportunismo politico.

Reformou-se Francisco George por ter 70 anos mas uma cara que representou como deve ser resiliente a administração pública à partidocracia  que os boys dão ao setor público, só por isto valeu a pena conhecê-lo.

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Merece ser noticia alguém hoje em dia nos Açores ter coragem de recusar um subsídio público quando tudo parece refém do dinheiro do Poder para as suas atividades, mas a Associação MiratecArts recusou um subsídio da Câmara Municipal das Lajes do Pico após as denúncias desta não acautelar o bem-estar de cães vadios que recolheu. Ser coerente muitas vezes tem custos, neste caso há que louvar quem preferiu perder dinheiro a fechar os olhos, continuar a lutar pelo que acredita.

Não vou discutir a ação da Câmara neste post, o que quero destacar é a coragem de haver ainda alguém hoje em dia nos Açores capaz de dizer não ao dinheiro político para ir em frente com os seus projetos, preferindo perder subsídios a se calar ou a não ser coerente com a sua consciência.

Quantos se calam? e quantos depois de se calarem por um subsídio são capazes ainda de votar em quem lhes compra com dinheiros públicos a sua consciência?

Penso que os Açores e sobretudo as ilhas mais pequenas como o Faial e o Pico estariam bem melhores que atualmente estão se fossem muitos mais os que não se deixam vender por um apoio público, que ainda por cima não é dado com dinheiro do político que o anuncia, mas sim  retirado da saco que se enche com os nossos impostos.

A falta de ética e de moral não é um mal exclusivo dos políticos, é também resultado daqueles eleitores que compactuam com essa falta de ética e de moral, tornando o mal benéfico para quem o pratica, fazendo perpetuar no poder quem compra as consciências dos cidadãos.

Os bons exemplos são para de louvar e divulgar nem que seja para ver se conseguimos que frutifiquem na nossa sociedade e daqui o meu louvor à coragem da MiratecArts

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A forma como foi programada a realização de visitas com descida ao fundo da Caldeira devidamente acompanhada por guias habilitados para o efeito de modo a dar a conhecer o espaço e a garantir a proteção do património natural levou a que o Parque Natural da Ilha do Faial recebesse mais um prémio de reconhecimento da gestão desta área protegida: Experiência da Natureza.

Saber colocar as características naturais desta ilha ao serviço do turismo, da economia e das populações sem prejuízo da conservação do património natural e de forma integrada com os residentes da ilha e fomentando emprego tem sido uma linha de referência neste Parque que dignifica o Faial e melhora a qualidade da oferta a potenciais interessados a esta terra.

Nem todas as boas ideias são caras e implicam grandes verbas, embora possam gerar receitas e eis um bom exemplo. Parabéns!

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Ontem a RTP-Açores noticiou um protocolo para uma redução significativa do preço de fornecimento de água pela Câmara Municipal à Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial (CALF), em primeiro lugar louvo o apoio da Autarquia a esta unidade fabril, pois sempre tenho defendido que um dos principais papeis do poder local é defender, incentivar e dinamizar a economia na sua zona de intervenção, sem se substituir ou concorrer com iniciativas dos seus munícipes, só que, infelizmente, senti que no passado tem havido mais implementação de políticas lúdicas do que económicas, enquanto as empresas da ilha vão definhando, falindo e desaparecendo.

Na sequência da mesma notícia uma peça falava do prémio de melhor queijo nacional para a marca Ilha Azul produzido nesta fábrica, para logo depois sermos informados que o seu preço de venda é abaixo do custo de produção e como tal, deduzia-se, a CALF continuará numa situação de exploração financeira deficitária. Isto demonstra que algo está errado na estratégia desta Cooperativa.

Assim, ou o queijo premiado é de um tipo em que há saturação no mercado e de uma variedade demasiado banal cuja qualidade não é o mais importante para o consumidor, de modo que não se cria para esta tipologia nichos de consumo dispostos a pagar pela excelência do produto, ou, em alternativa, a distribuição está a falhar na colocação de tais queijos nos locais certos comprometendo, não só o escoamento, como também o seu preço justo.

Não sei qual é a causa principal destas duas ou se são mesmo as duas em simultâneo, sei que insistir numa estratégia que reconhecidamente está a comprometer o futuro da CALF é um erro e há que mudar.

O Faial viu nos últimos anos jovens empreendedores apostarem na produção de queijos diferentes e, sozinhos, sem a ajuda, para alguns duvidosa, da Lactaçores, progredirem no mercado local, regional, nacional e já com exportação internacional assegurada, demonstrando deste modo que havia alternativas à seguida pela CALF, vias que se distinguiram por ter sido capazes de resultar em produtos de excelência, distintos daqueles em que o comércio estava saturado, onde a qualidade é valorizada de forma a assegurar um preço sustentável não só à manutenção mas até à expansão das vendas e ao crescimento dessa produção.

Uma coisa é certa, algo tem de mudar na CALF, pois se é assumido publicamente que se está a vender abaixo do preço de produção, não há protocolo que assegure o futuro desta unidade fabril nesta situação deficitária… que a diferença da estratégia daqueles jovens seja uma lição aproveitada aos responsáveis estrategas da Cooperativa Agrícola de Lacticínios Faial.

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Foto extraída daqui

Açoriano de nascimento e de crescimento até à juventude, resistente à ditadura antes do 25 de Abril, militante socialista desde que foi estudante universitário, deputado pelos Açores após a Revolução dos Cravos e mais tarde por Lisboa, várias vezes ministro: Administração Interna, Negócios Estrangeiros e de Estado; por último Presidente da Assembleia da República, o segundo lugar mais elevado da hierarquia de Portugal.

Praticamente 40 anos de vida política de um homem que nunca ouvi ter-se envolvido em escândalos de abuso de poder, de corrupção ou de falta de caráter. Um ideólogo de centro de esquerda que discutia ideias, mesmo dentro do seu partido, sem desrespeitar os adversários, provavelmente não foi perfeito em tudo, mas  Jaime Gama é um bom exemplo de que é possível intervir-se na vida de Portugal e exercer-se atividade política ativa mantendo-se a dignidade e elevação no comportamento.

Gostava que houvesse muitos mais homens assim à frente da nação e nos vários partidos nacionais. Jaime Gama acaba de abandonar a vida política, mas já deixa saudades e, sobretudo, deve ser uma referência daquilo que o PS já foi no passado e espero que um dia volte a ser, pois Portugal e a democracia só ficam a ganhar sempre que existem cidadãos de valor à frente das suas várias forças políticas, pois só assim estas podem lutar convenientemente em benefício da Pátria

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