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Posts Tagged ‘estatística’

O meu artigo de hoje no diário Incentivo:

JOGO INDECENTE COM NÚMEROS IMAGINÁRIOS CONTRA O FAIAL

A escalada do debate contra o Faial por várias estruturas que defendem o poder regional entrou numa fase onde nem a coerência nem o pudor da decência já limitam do seu discurso no ataque a esta ilha. O que importa é arranjar desculpas, criar números imaginários, para não assumir o que os Faialenses justamente reivindicam ou para negar a realidade que estes sentem na pele.

Quando, baseado nas estatísticas oficiais, se diz no Faial que o número de passageiros no aeroporto da Horta está a crescer pouco devido à falta de disponibilidade de lugares nos aviões e escassez de voos do grupo SATA, logo o Presidente desmente porque, segundo números secretos da empresa, esta transportou mais gente que vinha para a nossa ilha… só que não desembarcou aqui!

Mesmo sem se falar das questões de carga de que há muito a reivindicar e contam para a ocupação dos aviões, quando os Faialenses justificam com o aumento do número de passageiros para a Horta para pedir mais voos para aqui, por haver insuficientes nos meses de maior tráfego. Calma aí! diz o mesmo Presidente: a ocupação dos voos baixou. Vejamos, há mais passageiros que os Faialenses nem contam mas a SATA diz existir, só que, agora, tais passageiros fazem é descer a taxa de ocupação dos aviões. Incrível!

O mais grave é que dizem isto descaradamente, sem corar e impunemente em direto na televisão, mas perante tais contradições indecentes nada lhes acontece, pois falam com números secretos que nem respeitam as regras da matemática. Sabemos que esta situação não é possível com números reais, só com números imaginários e a realidade desmente tal como os Faialenses sentem na pele.

Só que quando esta situação de números imaginários parecia um exclusivo do “argumentário” da administração da SATA, eis que sou surpreendido por declarações do Grupo Parlamentar do PS-Açores na ALRAA.

Assim, perante a verificação real no terreno pelos Faialenses da estagnação económica nos últimos anos no Faial, que se sentia ainda mais intensa quando os locais visitavam muitas outras ilhas dos Açores, onde era visível o contraste resultante do crescimento económico e os investimentos nessas terras, o referido deputado em causa, descaradamente, diz: a Horta cresceu 17% entre 2012 e 2016, muito acima da média regional que foi de 9%.

Assim, enquanto as maiores empresas privadas da ilha faliram, a cooperativa de laticínios definhava, a rádio naval saía da Horta, a TAP desistia desta terra e o PS-Açores acusava Passos Coelho da crise que então atingia a ilha, eis que agora, num repente, afinal o Faial tinha uma pujança, um crescimento e um desenvolvimento enorme, quase na mesma ordem de grandeza dos da China, Hong-Kong, Malásia, Singapura e o dobro dos Açores e, se os números fossem reais pelo seu peso na média regional, bem acima de São Miguel. Claro que, novamente, aquele senhor estava a usar números imaginários ou estatísticas cozinhadas, o que na prática é a mesma coisa.

Agora talvez se perceba porque o Governo dos Açores estrangulou o IMAR, deve ter sido para ver se com os despedimentos do seu encerramento a economia do Faial cresce mais ainda. Haja um mínimo de decência quando falarem do Faial e do que os Faialenses sentem na realidade.

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Durante anos só se ouviu do poder no Faial que não havia dinheiro devido à austeridade da República. Agora o Grupo Parlamentar do PS-Açores diz que a economia da Horta cresceu 17% de 2012 a 16 contra os 9% da média Regional. Não sei se foi com a saída da Rádio Naval, se com a redução e cancelamentos dos voos, se com a falência de grandes empresas da ilha, mas a Estatística aqui é válida, no caso da SATA é  que não.  Mas pergunto: Que setores cresceram na ilha? Alguém deu por essa pujança económica? Quem anda a enganar os Faialenses?

Por este andar, qualquer dia vão dizer que é o Faial que está a puxar a economia Açoriana para justificar mais desvios de dinheiro para grandes ilhas que, coitadinhas, parece não estarem a crescer como o concelho da Horta.

Na política pode-se ouvir de tudo, acredite quem for crédulo.

 

 

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Tirando o turismo, não vejo mais nenhum setor a dar sinais de recuperação nos Açores: a fileira do leite está a definhar, os pescadores só falam da sua crise, no comércio veem-se mais lojas a fechar que a abrir e não há construção civil de monta. Mesmo assim, a estatística diz que estão menos pessoas desempregadas e isso é uma boa notícia. Como o turismo conseguiu absorver 3499 pessoas num ano não percebi ou então a disfunção do sistema está disfarçada com trabalhadores ocupados no Governo dos Açores que mascaram a realidade.

Contudo é bom haver uma percentagem cada vez maior de Açorianos  a receber um salário… só não sei em que condições de estabilidade e de produção para a economia Regional.

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Há qualquer coisa de estranho quando saem estatísticas sobre a economia nacional, pois não batem coerentemente entre si, mas que são explicáveis nos Açores.

A economia em Portugal quase não cresce, o que pela lógica não gera empregos, mas o desemprego baixa significativamente. Então em que setores estão a ser gerados novos empregos?

Crescemos economicamente bem menos que a Europa, mas a indústria sobe mais do esta. Então onde está a haver decréscimo económico para anular o efeito desta subida?

Se há áreas que decrescem estas não podem ter muita mão de obra, mas devem ser muito significativas em termos de peso económico, pois pesam negativamente mais no crescimento da economia do que a indústria a crescer com certa força, só que tal diminuição económica não contribui para pesar no desemprego.

A dívida pública continua num crescendo e muitos dizem que cada vez mais insustentável, mas, de forma incoerente, os juros que refletem o risco da dívida pública a 10 anos continuam a baixar.

Ao nível Regional ao menos percebo que o desemprego baixe sem grande crescimento económico, basta pensar no peso dos programas ocupacionais e sem dúvida que o Turismo em São Miguel cresceu muito e deve estar a empregar muito mais gente agora, o que não compensa a crise que afeta as pescas e os laticínios, mas os pescadores e agricultores normalmente não vão para os centros de emprego pedir trabalhos, mas sim para as suas Direções Regionais solicitar subsídios para enfrentar a crise, isto explica muito bem as contradições nos Açores.

Todavia, no Continente há algo contraditório nos resultados estatísticos ou alguns destes refletem mal o que se está a passar no terreno ou então algo de estranho nestas contradições.

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Os dados estatísticos referentes ao desempenho orçamental do primeiro semestre de 2016 do Governo de António Costa são bons e ponto final.

Se houve ou não alguma cosmética, não sei. Se a situação resulta de uma contenção do investimento que o PS assumia ser necessária para relançar a economia e não fez, talvez seja verdade. Se a situação conseguida é fruto de um esforço que não se pode manter para disfarçar perigos no presente, é algo que todos os executivos fazem quando é politicamente conveniente à sua sobrevivência.

Que houve um aumento de impostos cobrados sem uma correspondência a um crescimento económico, então também é verdade quando se dizia que este executivo aumentava a carga fiscal e o mesmo negava, mas para o objetivo orçamental as coisas entretanto resultaram e há que reconhecer o facto.

Se o segundo semestre vai continuar a ser assim, para Portugal seria bom, se é o que vai acontecer é esperar para se saber, não vale ameaçar com fantasmas antes do tempo.

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Uma das minhas preocupações na estratégia de fazer crescer a economia pelo consumo era que as importações crescessem mais que as exportações aumentando assim o défice  comercial nacional e a dependência do exterior.

O que eu não esperava era a combinação das exportações diminuírem também enquanto as importações aumentavam, infelizmente é o que as estatísticas de hoje dizem que está a acontecer em Portugal.

Penso que ainda é cedo para se saber se o consumo cresceu muito mais nos produtos de produção nacional do que no das importações, pois só neste cenário tal pode levar a um aumento do PIB com maiores lucros das empresas e mais impostos que se reflita positivamente nas contas públicas que compensem em parte este défice comercial, mas se os Portugueses aumentarem o seu consumo sobretudo no que importamos penso que estamos mesmo num trajetória perigosa da economia nacional, algo que obriga ao atual Governo a ter que pensar como evitar este perigo.

O pior que nos pode acontecer é mesmo as perspetivas altas que nos incutiram com o fim da austeridade desembocasse noutra crise de austeridade.

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O título do post resulta dos dados estatísticos do mês de março do INE, onde uma redução de 1200 postos de trabalho em Portugal aconteceu em simultâneo com a diminuição de 6600 desempregados no País.

Talvez não seja tão ilógico assim, houve provavelmente muito mais pessoas que se reformaram do que os postos de trabalho destruídos, deixando um nicho para a entrada de alguns desempregados, mas não deixa de ser um sinal que algo vai mal na economia portuguesa, isto excluindo ainda a tão propagada ideia no passado de que continua a haver emigração e desempregados de longa duração que deixam de estar contabilizadas no centros de emprego.

Há assim motivos para um sorriso amarelo com estes dados estatísticos que cada um vai utilizar de acordo com os seus interesses.

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Num conjunto de 52 países, Portugal obteve uma classificação modesta no barómetro da inovação, ficando em 29.º lugar, mesmo assim a subir e a ultrapassar a Espanha: o que para quem diz que estamos sempre piores que os nossos vizinhos já é um feito alcançado em período de recessão.

Todavia o que é mais chocantes é a alcunha atribuída a Portugal “País cigarra” por apesar de ter condições propícias para a inovação, não conseguir produzir impacto económico com negócios inovadores.

Infelizmente, esta conclusão para mim já era evidente noutros setores para além da área da inovação e tecnologia, basta só pensarmos no desenvolvimento que se dizia vir atrás das SCUT, outras PPP, dos investimentos nas renováveis, no crédito, etc. cujas dívidas que deixavam atrás de si se pagavam com o crescimento económico que daí mesmo resultava.

Afinal as dívidas ficaram para pagarmos, mas o impacte positivo da riqueza daí resultante não apareceu e estamos cada vez mais pobres depois de tanto cantarmos que as obras e o crédito traziam dinheiro e quando chegou o inverno da fatura ficámos como a cigarra sem comida, um sinal de que o mal tem sido transversal a muitos dos investimentos que se fazem em Portugal, algo que importa corrigir e defeito que está em nós e não noutros países que até muitos invejam ou criticam.

 

 

 

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Há muito que é evidencio nalguns OCS a tendência de espelharem a ideia do jornalista ou das redações numa notícia sem ser um artigo de opinião em detrimento de retratarem a verdade dos factos. Isto muitoas vezes é feito descaradamente pela título dado à descrição do acontecimento ou facto.

Hoje o Expresso mostra como se desvirtua um facto exato numa previsão do autor do artigo e se cria no leitor uma ideia diferente dos dados apresentados. Ao fim de quase 2 anos sempre com subidas mensais do desemprego, pela primeira vez houve uma descida. Sabe a pouco: é verdade e pode ser meramente conjuntural; mas este título não pode ser considerado um bom exemplo de isenção e respeitador da ética que os jornalistas dizem pautar quando dão notícias.

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Ao fim de 11 meses de contínuas subidas de inscrições nos centros de emprego em Portugal, no passado mês de abril a situação inverteu-se, com um queda de 0,8% face ao mês de março.

À primeira vista trata-se de uma boa notícia, mas tal como nos Açores, não existem quaisquer sinais de retoma da economia que justifiquem aumento da oferta de empregos, antes pelo contrário.

Assim, tudo indica que cada vez mais os critérios das estatísticas oficiais afastarão os dados de mostrar a realidade e o desemprego real será cada vez mais distante daquele que  o INE, ao nível nacional, ou o SREA, ao nível regional, começarem a indicar. Os primeiros sinais da desadequação dos valores divulgados surgiram ontem nos Açores, ao nível do País surgem hoje.

Estatísticas marteladas ou com critérios que os tornem infieis ao retrato da situação no terreno foram uma das técnicas típicas da Grécia e o desfecho está à mostra, espero que Portugal não venha a enveredar pelo mesmo caminho…

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