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Posts Tagged ‘Câmara do Comércio da Horta’

Esta semana o Conselho de Ilha da Terceira e a Câmara do Comércio de Ponta Delgada manifestaram-se contra o atual modelo de transportes marítimos de mercadorias. Conheço há muito a simpatia da Praia da Vitória e São Miguel pelas plataformas logísticas que se sabe prejudicarem o Faial. Isto é assustador para os Faialenses conscientes e decorre perante o silêncio da Câmara do Comércio da Horta.

É verdade que nenhum dos dois falou ainda do papão “plataformas logísticas”, mas seria um erro estratégico falar, alertaria logo os prejudicados com isso, mas suspeito que, mesmo sem falarem, a maldade está subjacente a esta tentativa de mudar o regime de transportes marítimos de mercadorias e até da ilha maior se falou contra o serviço público nesta matéria, para mim isto configura a habitual falta de solidariedade que nos acostumámos a assistir de grupos de pressão vindos do lado de São Miguel.

Por enquanto são só suspeitas o que tenho fruto das notícias, mas o alerta para que as forças-vivas do Faial estejam atentas aqui fica… mesmo que não saiba se a  Câmara do Comércio da Horta está viva ou moribunda para defender os interesses das ilhas mais a ocidente dos Açores… mas há outros legítimos representantes das gentes destas terras para lutarem por nós. Só desejo que o façam sem tibieza.

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A CCIH continua sem resolver o problema diretivo, contudo, qualquer sociedade e terra só é saudavelmente forte se as suas instituições representativas das suas entidades económicas, sociais, culturais, desportivas e recreativas estiverem organizadas e capazes de cooperar ou reivindicar com o poder político de modo eficaz e todos os setores civis que contribuam no progresso da comunidade. Assim, a inexistência de órgãos diretivos em pleno na Câmara do Comércio afeta pelo menos 4 ilhas, onde se inclui o Faial.

Não conheço tão em pormenor a realidade económica das outras três ilhas onde não moro, mas no Faial a perda acelerada do dinamismo económico é visível há anos,  mas se nas pescas e agricultura subsistem vozes autorizadas para falar dos problemas que se têm agudizado nestes setores, se os sindicatos estão pujantes para falar dos trabalhadores por conta de outrém, tem se verificado um progressivo enfraquecimento da capacidade organizativa dos representantes dos comerciantes e industriais do Faial.

É verdade que este enfraquecimento também resulta das várias machadadas que o poder político tem dado à economia Faial, mas também é verdade que a união dos empresários nesta ilha daria força e capacidade reivindicativa para melhor enfrentar o abandono a que o Governo Regional nos relegou.

Espero, para bem não só dos empresários que estes sejam capazes de cooperar para que a Câmara de Comércio e Indústria da Horta volte a ter órgãos diretivos motivados e apoiados por uma classe unida vinda dos seus associados. Isto para defesa não só dos seus membros do Faial, mas também dos das outras ilhas que a CCIH representa, para bem de toda esta área geográfica dos Açores.

Se eu pressiono para que tenhamos políticos ativos, não acomodados ou subservientes a outros interesses que não sejam os do Faial, também desejo que os setores da sociedade civil Faialense sejam fortes por serem um contributo para o desenvolvimento socioeconómico do Faial, mas também do Pico, das Flores e até do Corvo.

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A Câmara de Comércio da Horta defendeu a abertura dos aeroportos do Faial e Pico a voos “low cost”, todavia, salvaguardou a necessidade de um regime apoiado pela Região. Efetivamente a experiência tem demonstrado que abrir algo à concorrência esperando que o privado aja em benefício das populações ao corrigir disfunções da administração pública em muitos casos resulta em prejuízo das comunidades mais desprotegidas com enviesamentos para o lucro fácil. Mas o poder público também é perito nesta subversão.

A verdade é que a administração pública regional não está isenta destes enviesamentos, veja-se que na questão dos transportes as pressões políticas tem sido muitas vezes interesseiras à preservação dos eleitos dos seus cargos que estes não se têm furtado a prejudicar ilhas menos populosas como o Faial e o Pico em detrimento de outras onde esperam cativar mais votos.

Por exemplo estratégia da empresa pública SATA só é possível por estar concertada com o Governo dos Açores, pois para fazer preços mais baixos a circuitos que passam por São Miguel e usam mais aviões e aeroportos para se chegar ao Continente do que ir diretamente para Lisboa num voo mais rápido e com menores encargos globais resulta de um enviesamento de não refletir no percurso indireto as despesas que resultam para a Região do uso um maior número de aparelhos e das taxas aeroportuárias das escalas pelas infraestruturas públicas regionais, ou seja: os Açorianos, inclusive os prejudicados, pagam pela calada estes encargos para a empresa pública favorecer a rota entre Ponta Delgada e Lisboa, aquela que descaradamente é referida na publicidade como Açores, para deste modo também intencionalmente apagar a existência de outras gateways no Arquipélago.

A tentativa que o Governo Açores teve em vender as plataformas logísticas no transporte de mercadorias é outro caso evidente de como o setor público também não é garante de defesa dos mais fracos se outros interesses mais altos se levantarem aos políticos.

Assim, sou favorável à abertura defendida pela Câmara do Comércio da Horta, mas as forças vivas do Faial, Pico e mesmo de São Jorge terão de acompanhar e analisar muito bem a solução a encontrar para no fim não nos venderem com grandes parangonas publicitárias nos mídia, para tirarem proveitos pessoais, um outro cavalo de Tróia que nos prejudicaria ainda mais a seguir.

Igualmente mantenho que a articulação no transporte inter-aeroportos e inter-ilhas é outra peça a estudar para garantir a unidade do Triângulo, pois deficiências neste sistema apenas servem para serem oportunisticamente exploradas por adversários da união entre o Faial, Pico e São Jorge.

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baiasul

Após a derrota do PS-Faial em outubro último, este corrigiu o seu comportamento ao nível da SATA e da pista e passou a estar do lado das reivindicações da população, mas continuou a comportar-se como era habitual no que se referia à segunda fase das obras do porto da Horta, por isso se viu os seus dois deputados visitar o dono da obra numa subserviente sessão que só serviu à Portos dos Açores para defender o seu projeto em vez de serem aqueles eleitos a defender o Faial.

Contudo, desde a manifestação sobre o aeroporto e SATA em setembro de 2016 a sociedade civil Faialense ficou desperta, deu sinal de estar indignada e desconfiada com o poder executivo e concluiu que sem uma ação sua, pública e forte na sociedade não acreditava que os governantes e representantes políticos do Faial que apoiam os poderes executivos fosse possível defender convenientemente os interesses da ilha.

Assim, não admira que enquanto os deputados socialistas do Faial prossigam silenciosos sobre as intervenções previstas para o porto, a Mesa de Turismo da Câmara do Comércio e Indústria da Horta comunique publicamente as suas preocupações sobre as obras pretendidas para a baía sul do Porto da Horta, prova evidente que desde setembro passado o Governo e a Câmara Municipal deixaram de poder contar com a subserviência e passividade dos Faialenses e de muitas das estruturas sociais e económicas da ilha.

No que se refere ao aeroporto e SATA os movimentos cívicos têm mostrado que continuam ativos e acredito que desconfiados da mudança de comportamento de alguns políticos desde outubro, talvez receando de que se trata de apenas de uma manobra eleitoral inconsequente antes das próximas autárquicas e depois tudo fique na mesma, infelizmente, a dualidade de critérios entre porto e aeroporto da Horta no PS-Faial indiciam que de facto há muitos motivos para se desconfiar dos seus eleitos por esta ilha.

(Montagem da foto retirada do site do Tribuna das Ilhas)

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