Adequar a oferta de transporte aéreo à procura nas rotas inter-ilhas é intenção da Secretária Regional, à partida é uma boa ideia, mas conhecendo como o Presidente da SATA trabalhou a estatística da ocupação dos aviões para prejudicar o Faial, isto obriga a grande atenção para que não haja malabarismos que prejudiquem a Horta. Abrir a Azores Airlines a privados pode ser apetecível com uma gestão racional, mas difícil sem os caprichos centralistas do Governo dos Açores.
São estas as duas novidades ao nível da política de transportes aéreos regionais noticiadas hoje no jornal Incentivo. Contudo, as ressalvas que lancei acima são minhas, pois a experiência diz-me que neste domínio o Governo Regional há muito que toma medidas moldadas de forma a prejudicar o Faial e também por vezes o Pico em matéria de acessibilidades para servir outros interesses bem distantes do Triângulo.
Na abertura do capital da empresa do grupo SATA é lógico que disponibilizar rotas ao exterior do Arquipélago fora do serviço público e rentáveis pode também requerer o recurso a medidas de desfavorecimento das ligações entre outros aeroportos açorianos de menor tráfego e o exterior da Região para viabilizar as centradas no aeroporto de Ponta Delgada e o já muito propalado “hub” a colocar naquela infraestrutura para centralizar os passageiros ali independentemente de serem de São Miguel ou não.
Tentativas de concentras a circulação dos Açorianos no João Paulo II já não são novas e com esta intenção de envolver privados esta tentação aumenta exponencialmente.
Assim, tendo em conta os riscos que interesses políticos ocultos pode envolver estas ligações todo o cuidado é pouco para os Faialenses, Picoenses e outros Açorianos não serem de novo ludibriados.