O meu artigo de hoje no diário Incentivo:
ACESSIBILIDADES AO FAIAL E TRIÂNGULO: DE MÁS A PIOR
Não haja dúvida, no que se refere à questão das acessibilidades do exterior ao Faial e no Triângulo o Governo dos Açores, através das suas empresas SATA e ATLANTICOLINE, demonstra uma linha estratégica de degradação contínua dos serviços de transportes que presta a esta Terra que ao longo dos últimos anos não muda: é sempre a piorar de ano para ano.
Podem até mudar as Administrações das empresas regionais, mas o Governo dos Açores não muda a sua estratégia: servir cada vez pior estas ilhas. Sobretudo no verão, para que, de uma forma ou de outra, quem nos visite considere preferível recorrer ao aeroporto em São Miguel do que se arriscar a ficar retido em Lisboa, na Horta ou no Pico se optar por uma ligação direta.
Contudo, se antes no Triângulo já não bastava a má prestação da SATA e a recusa do Governo dos Açores em desbloquear a sério a execução de um projeto de ampliação da pista da Horta, nos últimos anos este executivo decidiu adicionar também o caos na programação e nas ligações marítimas inter-ilhas.
Quem diria que após tantos anos de gestão de transportes, concursos públicos de aluguer de navios, compra de aviões ou a contratar trabalhadores, o Governo dos Açores passasse a ter falta de tudo: não chegam a tempo os navios para navegar, há carência de aviões para voar para os aeroportos da Horta e Pico e são insuficientes as tripulações para os equipamentos de transporte disponíveis. Depois do presidente da SATA tanto falar da pouca procura da rota do Faial e sua rentabilidade, mesmo quando não havia lugares disponíveis a meses de distância, agora passou a faltar tudo o que compete ao Governo Regional assegurar, menos a única coisa que não estava nas mãos do Poder: passageiros para voar. Mas se dependesse dele, suspeito que até faltariam!
É um obra monumental: o Governo dos Açores e as suas empresas com gestores de confiança política conseguiram desaires em todas as frentes nas acessibilidades ao Faial e ao Triângulo!
Nos transportes marítimos, como não se venderam os navios com mais de um quarto de século, do tempo de Mota Amaral, eis que devido à incompetência governativa que se instalou no século XXI nos Açores, aquelas velhinhas embarcações vieram socorrer a má gestão de hoje em dia.
Nos transportes aéreos, a verdade é que antes a SATA era pequenina, certinha e sabia negociar com a TAP para que com muito menos recursos no Governo Regional as programações, embora sem serem ideais, fossem de confiança. Depois optou-se pela megalomania sem visão das reais necessidade dos Açorianos. Compraram-se aviões gigantes que foram um fiasco, pois não servem para voar para estas ilhas e foram convidar passageiros de longe que não quiseram vir nas quantidades rentáveis à estratégia, pelo que estes aparelhos deram um prejuízo financeiro monstro enquanto se deixavam mal servidos os passageiros que queriam vir para o Faial, o Pico e outras parcelas do Arquipélago que não São Miguel.
Após tanta propaganda do Governo dos Açores, agora além de não haver um número de ligações suficientes para o Faial e o Triângulo, estas poucas até deixaram de ser de confiança: ora por falta de equipamentos, ora por falta de tripulação, ora por falta de condições na pista por falta de quem tem o poder na Região assumir as suas responsabilidades em resolver a sério esta situação.
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