Nada tenho contra a pessoa em si, mas torna-se suspeito um vereador entre 2013 e meados de outubro de 2017, mal sai da Câmara é nomeado logo Vice-Presidente da Proteção Civil dos Açores. Certo que como autarca tinha este pelouro, mas é licenciado em algo que nada tem a ver com a matéria e só agora está a frequentar uma pós-graduação no assunto, logo nem a acabou, mas já é Vice-presidente da Proteção Civil. A Catástrofe das nomeações à pressa no Continente não serviu de lição nos Açores.
No curriculum de proteção civil do novo Vice-Presidente, que o Governo empola sempre quando nomeia um boy, verifica-se que ele nunca enfrentou nenhuma situação grave em concreto no terreno, “fez” planeamento de âmbito municipal. Mas em escassos dias de saída de um cargo político eleito logo tem uma nomeação, isto numa região altamente exposta a terramotos, vulcões, vendavais, inundações, maresias, movimentos de massa, tsunamis, etc. é muito pouco para que alguém que ainda nem acabou a sua única formação superior em proteção civil seja logo nomeado Vice-Presidente de uma área onde qualquer deslize pode matar muita gente.
Em alternativa a proteção civil pode mesmo ter estado à espera que ele acabasse o seu mandato para lhe dar o lugar e durante esse tempo os Açorianos estiveram à mercê da falta de um boy num lugar tão importante para a proteger as pessoas felizmente não aconteceu nada de grave neste período.
Agora que esta rápida nomeação de um político acabado de sair do seu mandato é um indício muito suspeito de que se está a brincar com a Proteção Civil… lá isso é.
Apesar dos maus indícios que tal nomeação apressada represneta, espero que ele seja mesmo muito competente e, sobretudo, que não haja nenhuma catástrofe que o venha pôr à prova, pois nestes casos, melhor que a prevenção é mesmo que os acidentes e catástrofes não ocorram e não seja necessário testar a competência da Proteção Civil, como se viu no Continente este verão.
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