Já fui sinistrado de uma catástrofe, sei bem o que é ficar dependente da solidariedade para comer, vestir, fazer a higiene e voltar à normalidade, no meu caso e para alguns em Pedrógão, apenas reconstrução da habitação quando não se perde o emprego, mas há os que perderam até as condições da sua vida profissional. Nesta página não faltam contas para encaminhar donativos financeiros.
Ao olhar tanta diversidade surge a dúvida, qual dará melhor uso do meu donativo, uma IPSS, um banco ou um evento cultural solidário?
Não sei a resposta. Assumo.
Sei que quando fui sinistrado também recebi ajuda de várias formas, assisti a vias de ajuda financeira direta aos afetados pelo sinistro, outras através da entrega de bens para repor equipamentos perdidos identificados em inventários dos prejuízos, também havia alimentos e roupa via banco alimentar que não sei se foram sempre obtidos por doações em géneros ou por aquisições a partir de contas solidárias e mais tarde os paoios oficiais resultantes do planeamento dos serviços público, após o fim da emergência e recomeço da reconstrução dos quais não sei a fração resultante da solidariedade particular.
Na altura estava no campo das vítimas, não percebi então a dificuldade de escolha de quem quer ser solidário, só espero que este embaraço não seja motivo para entrave de doações e faço votos ainda para que no fim todos os donativos sejam bem aplicados, pelo menos a intenção da minha opção é boa e não me deixo atar pela dúvida e espero que todos dentro das duas possibilidades ajudem quem agora tanto perdeu vítima de uma catástrofe de que é inocente.
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