Sim, faz hoje 18 anos que, num repente de segundos, quase toda a população da Ribeirinha, cerca de 500 habitantes, e muitos outros distribuídos por outros locais do Faial, num total de cerca de 2500 em 15000 residentes, viram as suas casas destruídas ou muito danificadas e ficaram desalojados, catástrofe que também atingiu, embora em menor grau, alguma famílias no Pico e São Jorge, enquanto 8 pessoas morriam, 5 delas na freguesia da Ribeirinha, a mais atingida pelo sismo.
18 anos e praticamente todos os sinistrados já foram realojados condignamente, mas não todos, ainda ontem me cruzei com pessoas da minha rua que, por vicissitudes várias, continuam em pré-fabricados e barracas que se destinavam ao acolhimento temporário até ao final do processo de reconstrução.
Infelizmente, os problemas económicos até já conduziram a que alguns dos já realojados condignamente tenham voltado à condição de desalojados das suas novas moradias, este é um problema que mostra que não basta um Estado social que dá para desatar os nós dos problemas financeiros das pessoas, pois alguns deixam-se atar para nunca mais se conseguirem libertar em definitivo, mas esta é outra questão que fere a solidariedade na sociedade e merece também reflexões no seio dos governantes.
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