Só agora foram marcadas as eleições legislativas dos Açores, 16 de outubro. Mas o espetáculo de propaganda já há muito que começara. Após o período de anúncios de projetos, entrámos na fase do lançamento das primeiras-pedras, muitas vezes no dia seguinte fecha-se a obra e fica o cartaz exposto a publicitar a construção que está parada, mas já houve a reportagem nos noticiários da televisão e dos jornais e servir o objetivo de campanha eleitoral.
Há que reconhecer que a máquina de campanha no Governo dos Açores demonstra-se bem oleada e existe uma cooperação entre todas as instituições nas mãos do PS-Açores. Vasco Cordeiro até tem poucas inaugurações a fazer, pois poucas obras fez neste seu mandato, mas tem muitos anúncios de projetos futuros (veja-se o prometório na coluna à direita só para o Faial) e lançou nestes últimos dias muitas primeiras-pedras, certo que algumas até o portão está fechado todo o dia pois não há obra, mas há a estratégia de parecer que há.
Igualmente a administração regional e empresas públicas regionais estão saturadas de pessoal colocadas em programas ocupacionais que até dá a ideia que têm emprego, muitos destes têm prazos que terminam depois das eleições, nessa altura logo se vê o que se faz com esta gente, mas por agora até parece que não existe desemprego real nos Açores.
O Tribunal de Contas denunciou as dívidas das empresas, mas por enquanto o Governo nega e até parece que os Açores tem uma economia saudável, sustentável e sem défices.
Unidades fabris estão preclitantes: CALF no Faial, SINAGA e São Miguel, mas ora com um anúncio de reformulação ora com silêncio, até parece que não são bombas relógio a estoirar depois das eleições.
Assim se tornou a política na nossa Região e País, uma arte de enganar e de parecer que se vai no bom caminho.
No parido da Maioria, só um em cada 5 votaram no PS, relativamente a Universo eleitoral de 228, 160, dá um percentagem de nem chega a 20%- Preocupante para a democracia…