O conflito devido ao peso excessivo de Isabel dos Santos dentro de BPI que o Banco Central Europeu não aceita, por tornar a instituição demasiado exposta a uma entidade exterior à eurozona, teve a entrada direta de um novo beligerante: o Estado de Portugal. Apesar de António Costa negar, na política negam-se descaradamente verdades evidentes, de facto a nova Lei aprovada pelo Governo contra a blindagem de estatutos em instituições financeiras, que fazia com que determinados acionistas tivessem um poder de bloqueio superior a seu peso em ações, é descaradamente uma arma disparada contra a filha do Presidente de Angola.
Não sei como acabará a guerrilha, mas um conflito com Isabel dos Santos com intervenção do Governo de Portugal deve conduzir também à entrada do conflito do Presidente de Angola com todo o seu poder de uma “democracia musculada”, onde ninguém lhe pode fazer frente e até ler livros sobre como mudar o regime leva a condenação dos leitores como associação de malfeitores.
Assim, num País onde quem Governa, pode e manda, vai ser interessante ver como retalia José Eduardo dos Santos a esta medida de António Costa, sabendo nós que Portugal se expôs excessivamente ao poder de Angola, não acredito que não haja contra-ataque e veremos se não será doloroso para o Estado Português.
Na verdade foi Portugal que se pôs a jeito, deixando toda a sua capacidade de independência económica refém de estrangeiros, tanto Angola, como União Europeia, Euro, Chineses, etc. tudo isto a troco de benefícios de curto-prazo que permitiram os governantes manter-se no poder sem atender às consequências a longo prazo, disfarçada com o sobre-endividamento ou a venda do nosso património empresarial e financeiro aos exterior. Agora guerra económica… é guerra, e desconfio que somos o elo mais fraco.
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