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Archive for Abril, 2016

O título do post resulta dos dados estatísticos do mês de março do INE, onde uma redução de 1200 postos de trabalho em Portugal aconteceu em simultâneo com a diminuição de 6600 desempregados no País.

Talvez não seja tão ilógico assim, houve provavelmente muito mais pessoas que se reformaram do que os postos de trabalho destruídos, deixando um nicho para a entrada de alguns desempregados, mas não deixa de ser um sinal que algo vai mal na economia portuguesa, isto excluindo ainda a tão propagada ideia no passado de que continua a haver emigração e desempregados de longa duração que deixam de estar contabilizadas no centros de emprego.

Há assim motivos para um sorriso amarelo com estes dados estatísticos que cada um vai utilizar de acordo com os seus interesses.

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Longe vão os tempos em que se contestava qualquer mau resultado económico da gestão do Estado, agora com o Governo de António Costa em estado de graça deixou de ser preocupante o aumento do défice, agora é tudo rosas sem espinhos e assim será por algum tempo mais, mas se um dia estas murcharem veremos quem pagará a fatura.

A esperança de muitos é que doravante nunca mais a rosa murchará e poderemos viver com perspetivas otimistas para gerir o presente, mas quando é que eu já assisti a isto? No passado de Portugal com certeza e as consequências não foram agradáveis. Será que a história deixou de se repetir?

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Não basta mostrar descontentamento nas conversas, há que agir. As forças-vivas faialenses têm assistido ao esvaziar do aeroporto da Horta, até têm apresentado votos de protesto, mas esperam calmamente que o Governo dos Açores lhes atenda às suas reivindicações e nós já sabemos que o executivo regional tem ativamente é enfraquecido a nossa ilha sem nunca ser penalizado por isso.

No Pico assistimos a uma estratégia cada vez mais reivindicativa, mas as suas forças-vivas são cada vez mais interventivas e, como é uma ilha com muito menos dependência dos serviços públicos, habituaram-se eles mesmos a arregaçar as mangas e a trabalhar para eles próprios alcançarem objetivos e procuraram na privada alguém com interesse em investir numa rota para a sua ilha. Os frutos estão aí, a Tui inaugura uma rota internacional entre o Pico e Amesterdão e os Picoenses olham esta ligação com uma visão de investimento no Triângulo.

Parabéns Picoenses por neste caso não baixarem os braços e trabalharem pela solução em vez de esperarem apenas protestando que o Governo dos Açores lhe faça por eles, uma iniciativa onde os tradicionais bairrismos concelhios não tiveram lugar e por isso alcançaram o que sonharam.

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Felizmente houve o 25 de Abril para podermos celebrar o ano inteiro a liberdade de expressão e a democracia.

É verdade que para alguns os valores de Abril são ideológicos, mas naquele dia de 1974, que nunca saiu da minha memória e nas imagens daquela data, nunca vi discutirem-se ideologias, apenas celebrava-se a libertação, a conquista da liberdade há muito perdida.

Na realidade, o 25 de Abril constrói-se mais com o bom-senso e cooperação, no sentido de se alcançar um futuro melhor e sustentável das condições socioeconómicas dos Portugueses e na tolerância para quem pensa ou é diferente, do que uns a exigir o insustentável ou outros a impor a injustiça.

Já houve no passado comemorações do 25 de Abril onde a esperança parecia mais atrofiada do que hoje, tal como já houve no passado comemorações do 25 de Abril onde as certezas da sustentabilidade da economia dos Portugueses pareciam mais seguras do que hoje.

É no equilíbrio entre a utopia do sonho sem limites por um mundo melhor e a razão do conhecimento da realidade confinada que se pode democraticamente alcançar um Portugal mais justo de modo a se construir a Justiça em Liberdade e é isto que me move e celebro no 25 de Abril.

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Mente Livre não é de literatura, mas sim de análise social e política, por isso os livros que aqui falo não são de ficção. Ao longo do último ano um livro me ensinou muito sobre o diferendo entre o Ocidente e o mundo islâmico e ainda a questão dos refugiados, daí a minha recomendação no Dia Mundial do Livro: “O Islão e o Ocidente – A grande discórdia” de Jaime Nogueira Pinto. Um obra bem atual que explica a fundo as caudas desta problemática civilizacional.

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O meu artigo desta semana no diário Incentivo:

A CULPA DA SITUAÇÃO É APENAS DOS POLÍTICOS!?

À medida que vou amadurecendo e faço uma retrospetiva cada vez mais longa do evoluir dos problemas de Portugal, dos Açores e do Faial ao longo das últimas décadas cada vez se torna mais evidente que as crises que assolam este País, Região e Ilha não têm como culpados apenas os políticos.
É verdade que nos habituámos a ver a desresponsabilização dos governantes pelo seu mau modo de governar, mas também é verdade que tal só foi possível porque a sociedade portuguesa, açoriana e faialense se acomodou na conversa fácil de dizer mal dos políticos sem nunca ter contestado seriamente o rumo que os problemas iam seguindo.
Não é politicamente correto dizer que muitos cidadãos têm culpa por os políticos nos terem desgovernado como nos desgovernaram, mas é verdade que houve quem alienasse as suas obrigações cívicas, considerando deste modo limpa a sua consciência por deixar os dirigentes públicos gerirem o erário público ao seu bel-prazer, refugiando-se na abstenção, como se isto não fosse um modo de, por falta de comparência, abrir caminho a este estilo de desgovernar.
Igualmente houve quem votasse em qualquer desgoverno desde que as consequências financeiras deste erro fossem compensadas a curto-prazo com uns subsídios ou umas obras mal projetadas e sem rendibilidade económica, como se isto não fosse uma forma de não serem apenas os políticos a se renderem à salvaguarda dos seus interesses e de não se preocuparem com as consequências coletivas a longo-prazo das más opções.
Também houve aqueles que, embora descontentes com quem nos desgovernava, temeram a mudança e optaram por não arriscar em tirar os que criaram raízes e vícios no poder, mesmo sabendo que estes não eram capazes de resolver nada de importante, pois contentavam-se em dar pão e circo para disfarçar o mal, como se isto não fosse um modo de compactuar com tal forma de não resolver os problemas.
Se os abstencionistas não fazem medo aos maus governantes, pois é uma forma cobarde de desistir e de delegar nos outros a decisão eleitoral, nesta Região, os dois últimos grupos, que votam e decidem, têm permitido maus governos e devem ter um peso muito grande para que o atual presidente do Governo dos Açores sinta que pode dizer impunemente, após vinte anos de governação do Partido Socialista e em congresso do PS, que pretende concretizar agora “uma estratégia regional de combate à pobreza e à exclusão social”, como se isto não fosse um assumir publicamente do falhanço neste campo após tantos anos a governar. Falar de solidariedade é mais fácil que saber tirar as pessoas da pobreza e este Governo dos Açores já demonstrou que não sabe.
Só um governante que sabe que pode assegurar votos com subsídios se permite propor, como forma de enfrentar a crise do leite e das pescas nos Açores pelo fim das cotas leiteiras e das restrições piscatórias, a distribuição dos habituais subsídios e, inclusive, apoiar os agricultores a abandonarem a sua produção. Pior, isto acontece sem se ter ouvido, nos últimos anos ou mesmo décadas, uma única medida inovadora e eficaz para tornar os laticínios açorianos competitivos no mercado das exportações regionais e continuar sem propor nada reformista para o setor. Distribuir dinheiro obtido ao abrigo do estatuto da Autonomia é bem mais fácil que saber resolver os problemas dos Açores e este Governo dos Açores já demonstrou que não sabe.
Só um Governo que consciente que o anúncio de obras é suficiente para se preservar no poder justifica que todos os dias se ouçam Secretários Regionais a publicitarem projetos futuros sem anunciarem reformas a sério na educação e na saúde, onde, apesar de tanto “paixão pela educação” nunca os Açores deixaram de ter as mais elevadas taxas de insucesso escolar do País, mesmo construindo boas escolas, nem se resolveu o problema das listas longas e demoradas de espera para consultas de especialidades e cirurgias neste Arquipélago, até estão cada vez mais longas apesar da modernidade das infraestruturas hospitalares. Obras para um setor são bem mais fáceis que saber reformá-lo e este Governo dos Açores já demonstrou que não sabe.
Só um Governo que viu que os ataques ao Faial saem impunes permite que daqui se tenham tirado valências da Rádio Naval, só não foram mais porque a mudança não teve os resultados esperados em termos de operacionalidade; se tenha desmembrado a Escola do Mar com uma extensão em São Miguel ainda antes desta abrir; se tenha engavetado a segunda fase da Variante após um projeto quase pronto; se continue sem avançar com a segunda fase do projeto de reordenamento do Porto da Horta retardado com protocolos sobre a frente marítima da cidade da Horta; e até diga que a administração da Atlanticoline está no Faial e, como este jornal há poucos dias demonstrou, é só fachada, pois esta de facto decide e anuncia a sua atividade em Ponta Delgada. Atacar o Faial é algo que de facto este Governo dos Açores sabe que não lhe tira votos.
Sim, anúncios de novas obras para o futuro não faltam, já listei onze. O que falta é a execução das muitas prometidas no passado que se eclipsaram sem qualquer penalização dos faialenses que à mesa do café e em surdina reconhecem que o Faial se esvazia, que os projetos agora prometidos surgem porque estamos em ano de eleições, mas que no fim, por um motivo ou outro, deixam que o Governo dos Açores trate assim a nossa ilha e depois dizem que a culpa é só de quem nos governa!?

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Um dos receios que afetou os Faialenses associado ao fim da ligação da TAP ao aeroporto da Horta, que já de si foi motivo de descontentamento, seria a desistência da extensão do projeto europeu RISE destinado a melhorar as condições de operacionalidade na aproximação de aviões em condições de menor visibilidade que se iria implementar nesta infraestrutura numa pareceria da Airbus com a transportadora aérea nacional.

Felizmente soube-se que a SATA, que ficou com as ligações entre a Horta e Lisboa, assinou agora uma parceria com a Airbus no sentido de se continuar a assegurar a implementação do projeto RISE nos seus aviões que operam no Faial.

Apesar de ainda lamentar o abandono da Horta pela TAP, do mal o menos, congratulo-me por este acordo da SATA, que é sem dúvida uma boa notícia, embora não se alcance a solução ideal do ILS neste aeroporto, ao menos manteve-se uma solução intermédia e melhor que a situação atual em termos de segurança que poderá reduzir o número de cancelamentos na rota Lisboa-Horta-Lisboa.

Sem dúvida um boa notícia para o Faial.

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Após ter sido anunciado pelo Governo dos Açores em janeiro de 2012 que o Matadouro do Faial que avançaria naquele ano de eleições regionais, como aqui falei para memória futura, o matadouro desapareceu do orçamento regional em 2013 após as eleições, como denunciei neste blogue, para ser reanunciado como adjudicado em 2015, como então referi, agora, com um atraso de 4 anos, a obra finalmente começou em ano de outras eleições regionais.

Embora o atraso da obra pelo Governo dos Açores, congratulo-me com o arranque desta infraestrutura importante para o setor agropecuário, sobretudo  da fileira da carne, este é um investimento reprodutivo por aumentar o rendimento dos agricultores que dele se servirão.

Odeio que os governantes descaradamente sejam capazes de adiar obras em prejuízo do Faial para momentos em que o discurso de propaganda eleitoral lhes é mais favorável, até porque se a obra tivesse arrancado a tempo também estava viabilizada a propaganda, pois agora Vasco Cordeiro, em vez de divulgar o arranque da construção do matadouro, estaria a cortar a fita da inauguração e os Faialenses já teriam ao seu serviço esta infraestrutura que prejudicava as finanças dos produtores de carne desta ilha, mas também sei que muitos não terão inteligência para ver a maldade politiqueira do executivo regional, entretanto esse dinheiro que estava antes previsto para esta terra serviu para investir noutras ilhas que não o Faial. Mesmo assim, digo: Finalmente!

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O conflito devido ao peso excessivo de Isabel dos Santos dentro de BPI que o Banco Central Europeu não aceita, por tornar a instituição demasiado exposta a uma entidade exterior à eurozona, teve a entrada direta de um novo beligerante: o Estado de Portugal. Apesar de António Costa negar, na política negam-se descaradamente  verdades evidentes, de facto a nova Lei aprovada pelo Governo contra a blindagem de estatutos em instituições financeiras, que fazia com que determinados acionistas tivessem um poder de bloqueio superior a seu peso em ações, é descaradamente uma arma disparada contra a filha do Presidente de Angola.

Não sei como acabará a guerrilha, mas um conflito com Isabel dos Santos com intervenção do Governo de Portugal deve conduzir também à entrada do conflito do Presidente de Angola com todo o seu poder de uma “democracia musculada”, onde ninguém lhe pode fazer frente e até ler livros sobre como mudar o regime leva a condenação dos leitores como associação de malfeitores.

Assim, num País onde quem Governa, pode e manda, vai ser interessante ver como retalia  José Eduardo dos Santos a esta medida de António Costa, sabendo nós que Portugal se expôs excessivamente ao poder de Angola, não acredito que não haja contra-ataque e veremos se não será doloroso para o Estado Português.

Na verdade foi Portugal que se pôs a jeito, deixando toda a sua capacidade de independência económica refém de estrangeiros, tanto Angola, como União Europeia, Euro, Chineses, etc. tudo isto a troco de benefícios de curto-prazo que permitiram os governantes manter-se no poder sem atender às consequências a longo prazo, disfarçada com o sobre-endividamento ou a venda do nosso património empresarial e financeiro aos exterior. Agora guerra económica… é guerra, e desconfio que somos o elo mais fraco.

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O cidadão comum desconhece por dentro o caso Banif que levou à resolução deste banco pelo Governo de António Costa em dezembro último e à sua venda por tuta-e-meia ao banco espanhol Santander, deixando um montão de Portugueses financeiramente lesados, aumentando a dívida pública nacional e impedindo o cumprimento do limite do défice orçamental de 2015.

  • Várias vezes ouvimos acusações contra o Banco de Portugal, ora de incompetência, ora de má condução do processo e parece que Carlos Costa mentiu na Comissão de Inquérito da Assembleia da República.
  • Várias vezes ouvimos acusações contra o Ministério das Finanças atual, ora de beneficiação do Santander, ora de culpado da resolução por subserviência ao BCE e parece que Mário Centeno mentiu na Comissão de Inquérito da Assembleia da República.
  • Várias vezes ouvimos acusações contra o anterior Governo, ora de inoperância, ora de pressionar o Banco de Portugal para não se resolver o caso antes do processo Novo Banco e se por enquanto ainda ninguém acusou Maria Luís Albuquerque de ter mentido nesta na Comissão de Inquérito da Assembleia da República, esta já fora alvo de acusações do género no passado.

Uma vergonhosa demonstração de como todas as partes se comportaram neste processo e um espelho da má gestão que se pratica normalmente em Portugal nas altas esferas de quem detém o poder político e o controlo financeiro do País.

Todos se acusam uns aos outros sem se aperceber que com isto mostram que estão todos sujos, sem verem que atirar lama ao adversário não lava a lama que o atirador entretanto recebe do outro.

Uma nojeira total!

Neste lodaçal, no fim cabe ao cidadão comum Português pagar a fatura da limpeza e dos culpados ninguém vai preso!

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