Apenas ouvi em diferido e através de excertos a Comunicação ao País do Presidente da República sobre o Orçamento de Estado de 2016, nesta foi evidente a manutenção do tom professoral de Marcelo Rebelo de Sousa, agiu de modo a evitar conflitos institucionais entre órgãos de soberania de Portugal ou forças políticas nacionais e não se comprometeu com nenhuma parte, muito menos com o próprio OE2016 que aprovou.
Marcelo Rebelo de Sousa não assume nem a desgraça que a oposição vê com a aprovação deste orçamento, nem os benefícios que resultarão da aplicação do mesmo que o executivo e os partidos que o apoiam anunciam. O Presidente da República, tal como eu, espera para ver. Por agora dá o benefício da dúvida e deseja o fim da crispação que há muito tem envenenado a política portuguesa.
Na realidade, goste-se ou não do atual Governo de Portugal, o importante é que este tenha de momento condições para trabalhar e oportunidade para demonstrar a validade do seu modelo. Desejo que corra bem, pois isto é benéfico para o País e consequentemente para os Portugueses, se correr mal, ninguém beneficia com isso e fica debilitada a teoria da coligação de esquerda. Até lá é o momento de esperar e fez muito bem o Presidente da República em agir em conformidade com estes princípios, afinal ele é Presidente de todos os Portugueses e a sua capacidade interventiva está, sobretudo, relacionada com a capacidade que ele terá em fazer com que a maioria dos cidadãos se sintam que ele os representa e age em prol do bem de Portugal quando em momentos difíceis tiver de tomar uma opção em momento de divisão e crise.
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