O PS ganhou, teve um resultado melhor que a média nacional e conquistou a maioria das ilhas, mesmo assim não esmagou as oposições, com estes resultados não sei como ficaria em termos de maioria absoluta na ALRAA, mas perderia muitos lugares face a 2012 e o cabeça de lista fora presidente do Governo dos Açores durante 16 anos, quase sempre com vitórias arrasadoras e era agora o número dois do PS nacional, mas também é verdade que ultrapassou o obstáculo tradicional das eleições regionais serem ganhas pelo PS quando o PSD ganha ao nível nacional.
O PSD perdeu mas não saiu esmagado, apesar do apelo patético de César aos sociais-democratas com quem nunca cooperou na região e das críticas da fação de Mota Amaral que até na véspera espetou mais uma lança através de Maria do Céu Patrão Neves, o que não a prestigiou aos meus olhos, alguém que antes passara de desconhecida para uma pessoa que eu passara a admirar. O PSD melhorou face às últimas legislativas regionais, mas piorou significativamente face às últimas eleições lideradas por Mota Amaral, que foi um adversário neste ato eleitoral. Mesmo assim acabou-se a tradição de o PSD vencer nos Açores quando vence ao nível nacional.
O BE foi sem dúvida a força política que mais cresceu nas ilhas e se fossem eleições regionais suspeito que cresceria significativamente na ALRAA, pois praticamente duplicou em termos de votos face a 2011 e triplicou face a 2012.
O CDS, que na região tem sido mais inimigo do PSD do que adversário do PS, apesar de no Continente estar coligado com o seu inimigo de estimação regional, desceu tanto nas legislativas dos Açores como nas últimas nacionais, sem dúvida que não sai beneficiado por se colar preferencialmente ao PS o que é de facto uma opção contranatura. É cada vez mais um partido da Terceira e se tivesse havido PàF na Região os resultados não teriam implicado mudanças em termos de eleição de deputados.
A CDU que por norma resiste em termos percentuais e eleitorais, não cresce em percentagem, tem uns escassos votos a mais em urna, como é hábito só assume vitórias mesmo quando perde, este ano não parece ter sido diferente.
Por fim o Faial apesar do crescimento do PS face a 2011, comparando com os valores regionais de 2012 recua forte enquanto o PSD recua perante 2011 e resiste a 2012 e fica-se a uns escassos 28 votos do partido vencedor, a onda rosa no Faial começa a murchar. O BE sobe a grande velocidade à medida que recuam a CDU e o CDS, este que na ilha está autarquicamente coligado com o PSD, mas onde Félix Rodrigues era desconhecido e por isso tem mais significado a troca na extrema esquerda.
Assim, apenas o BE parece não ter razões preocupações para o futuro próximo, os restantes partidos têm muito para digerir para a legislativas regionais de 2016… mas o PS parte em vantagem
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